Presidente do Grêmio reforça promessa de títulos nesta temporada

O presidente do Grêmio, Romildo Bolzan Jr., recebeu a imprensa ontem em um café da manhã no CT Presidente Luiz Carvalho. Ao lado do Conselho Gestor, o mandatário reforçou o desejo da torcida e disse que o Tricolor irá ganhar um título neste ano. "Nós seremos campeões gaúchos", avisou, lembrando ainda que o clube terá pela frente a Libertadores, a Primeira Liga e o Campeonato Brasileiro.

Bolzan também voltou a falar sobre a disciplina necessária para manter os avanços administrativos e financeiros. Mas o assunto mais discutido no encontro foi o veto da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) à realização da Primeira Liga. Enfático, o dirigente repetiu mais de uma vez que o torneio vai sair do papel.

Sobre uma possível punição aos clubes que irão disputar o torneio, também chamado de Copa Sul-Minas-Rio, o presidente gremista, assim como o departamento jurídico da Liga, acredita que os clubes não sofrerão sanções. "A Primeira Liga não é uma situação de jogo. Há um diagnóstico político e corporativo que precisamos para nos defender, e a nossa pauta é rigorosamente a mesma. Caso haja algum clube punido, todos os 15 que formam a Liga serão punidos", disse.

O único parêntese em relação a uma possível sanção ao torneio pode ser feita pela entidade máxima do futebol. "Pode acabar na Fifa, sim. Embora a legislação brasileira permita a formação de ligas independentes, a Lei Pelé faculta isso (a CBF recorrer à Fifa). E o futebol brasileiro é submetido às normas da Fifa. Dessa forma, não sei o que pode acontecer."

Já em relação às finanças do clube, Bolzan ressaltou que seguem os ajustes adotados no início de sua gestão, há um ano. O dirigente revelou que o Grêmio tem, hoje, 63.026 sócios, mas apenas 43 mil estão em dia. E é baseada nesse número que a direção trabalha para planejar os ganhos com os associados. "Assim que tivermos o primeiro superávit, esse valor será voltado para as questões estruturais e organizacionais das categorias de base", prometeu. Bolzan acredita que o Grêmio precisa de quatro anos para se reestruturar. "O que vai nos levar a isso é a disciplina", lembrou.

Uma questão levantada ao presidente foi o estádio Olímpico. A situação de abandono da área e a preocupação da vizinhança com o que está sendo feito na antiga casa tricolor foram esclarecidas. "Mantemos oito guardas patrimoniais durante 24 horas. O Olímpico é um local cercado e fechado. Quem vai para lá, pular muro, é para se esconder de algum delito. Volto a dizer, o estádio é um equipamento fechado e murado", explicou.

A tão sonhada aquisição dos direitos de administração da Arena segue "estacionada", conforme palavras do próprio mandatário. Como os trâmites com a construtora estão sub judice, não resta alternativa ao clube, apenas aguardar. "Não existe nenhuma data. Seria temerário prever algo", admitiu.

Bolzan também fez questão de explicar o processo de reapresentações de jogadores realizado no início do ano. Os atletas já estavam no clube, mas com o empenho da direção, os vínculos foram adquiridos em definitivo pelo Grêmio. "No caso do Maicon, por exemplo, nós desembolsamos R$ 7 milhões parcelados em uma negociação que exigiu muito esforço por parte de todos", citou. A única exceção foi o meia Douglas, que teve seu passe renovado por um ano.