Ontem, a Primeira Liga, organizadora do torneio de mesmo nome também conhecido como Liga Sul-Minas-Rio , emitiu comunicado para rebater as acusações feitas na véspera pela Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro. Na segunda-feira, a entidade carioca tornou público um documento na qual reclama que a presidência da CBF não tem competência e não pode autorizar que seja realizada qualquer competição organizada pela Liga, pedindo que a entidade aplique as sanções desportivas pertinentes, comunicando à Fifa a violação do seu estatuto.
Em nota assinada pelos 15 clubes que compõem o novo torneio, os times dizem que seguiram estritamente todas as obrigações exigidas pela Lei Pelé, pelo Estatuto do Torcedor e pelo Código Civil. "A Primeira Liga, acima de tudo, é uma entidade legalista, no sentido jurídico da palavra. Quaisquer afirmações de que a Primeira Liga não teria obedecido a legislação brasileira não passam de retórica infundada, derivada exclusivamente do medo que impera em algumas entidades de que finalmente os clubes tenham o papel que lhes cabe na organização do futebol brasileiro", diz o texto.
O grupo, que pretende abrir a primeira edição do torneio já no dia 27, diz que os clubes são conhecedores da realidade do futebol e de seus problemas atuais e que fundar a Primeira Liga não foi apenas um ato para criar uma nova competição, mas também uma iniciativa que objetiva iniciar um novo processo de discussão dos problemas do futebol no Brasil.