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Esportes

- Publicada em 12 de Janeiro de 2016 às 22:39

'Meta do Brasil é audaciosa, mas viável', diz Adriana Behar

Ex-jogadora é gerente-geral de Planejamento Esportivo do Comitê Olímpico do Brasil (COB)

Ex-jogadora é gerente-geral de Planejamento Esportivo do Comitê Olímpico do Brasil (COB)


CRIS PORCELLI/INOVAFOTO/COB/DIVULGAÇÃO/JC
Juliano Tatsch
A menos de sete meses do início dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, a preparação dos atletas que representarão o Brasil nas disputas já está na reta final. Ex-jogadora de vôlei de praia e medalhista olímpica nos Jogos de Sydney/2000 e Atenas/2004, a atual gerente-geral de Planejamento Esportivo do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Adriana Behar, enxerga as Olimpíadas como a oportunidade para o País construir um modelo de desenvolvimento e formação de alto rendimento esportivo.
A menos de sete meses do início dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, a preparação dos atletas que representarão o Brasil nas disputas já está na reta final. Ex-jogadora de vôlei de praia e medalhista olímpica nos Jogos de Sydney/2000 e Atenas/2004, a atual gerente-geral de Planejamento Esportivo do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Adriana Behar, enxerga as Olimpíadas como a oportunidade para o País construir um modelo de desenvolvimento e formação de alto rendimento esportivo.
Jornal do Comércio - Como está a reta final de preparação dos atletas brasileiros? Está como o planejado pelo comitê?
Adriana Behar - Está sim, dentro do que foi planejado no início do ciclo considerando os resultados históricos, os atuais e o cenário externo de cada modalidade. Os investimentos foram feitos e continuam sendo feitos. Mais do que nunca, pensamos nos serviços que são oferecidos para os atletas, equipes, suportes, preparação mental, serviços de bioquímica, biomecânica, e a questão do monitoramento de lesões. E pensamos também não só oferecer os serviços, mas também em monitorar os atletas para que permaneçam em seu processo crescente.
JC - A expectativa do COB continua a de ficar entre os dez primeiros no quadro geral de medalhas?
Adriana - Essa é a meta. Historicamente, os países que alcançaram essa posição conquistaram 27, 28 medalhas. É uma meta audaciosa e alta, mas viável. É claro que sabemos que, não só o resultado de medalhas é importante, mas também ter um número maior de atletas finalistas nas provas, cada atleta ter o melhor resultado na sua participação. Essa meta é desdobrada não só em quantidade de medalhas, mas na participação final do Brasil nos Jogos.
JC - Podemos ter surpresas com algum esporte sem tradição de medalhar?
Adriana - Trabalhamos justamente para não termos tantas surpresas. O que temos são possibilidades, perspectivas possíveis. Nosso monitoramento está em analisar, periodicamente, os resultados passados, os atuais, e onde nos encontramos no cenário internacional, tendo, assim, expectativas coerentes. Ninguém tem bola de cristal. É claro que, durante os Jogos, sempre há a possibilidade de ultrapassarmos as expectativas, assim como existe a de não chegarmos a elas.
JC - Você já esteve em duas Olimpíadas como atleta. Agora, como gestora, como vê a estrutura que o Brasil irá apresentar ao mundo em 2016?
Adriana - A minha geração não teve esse suporte, a presença próxima aos atletas, os serviços oferecidos, esse planejamento muito mais bem elaborado, o acompanhamento, a ação direta quando existe qualquer tipo de desvio dentro do que foi planejado. Acho que isso é o grande ganho que o esporte tem hoje. E os resultados aparecem. Não podemos só pensar que isso irá trazer as medalhas, pois temos concorrentes do outro lado que também investem muito, que têm programas específicos para as modalidades. Então, a briga é grande. A concorrência é enorme e os investimentos de outros países são fantásticos. Agora, essa evolução nos últimos anos é muito clara. Vemos melhores resultados dos atletas brasileiros em várias áreas, que começam a ser reconhecidos como ícones de suas modalidades. Até pouco tempo atrás, não tinha isso. É um cenário novo para várias modalidades e vários atletas. E isso nos desafia a ter um número maior de modalidades com medalhas e manter as mesmas possibilidades, obviamente aumentando-as, de modalidades que já trouxeram medalhas.
JC - Espera-se que os bons resultados, se vierem, se mantenham para os próximos ciclos olímpicos?
Adriana - Falamos muito que o esporte do Brasil não acaba em 2016. É um grande ponto de mudança de visão, de investimento de trabalho para o esporte, entendendo que todas as fases desse processo de desenvolvimento são fundamentais para você chegar, por exemplo, nos Jogos Olímpicos e ter possibilidade real de resultado.
JC - Como o COB vê o legado que os Jogos irão deixar para o esporte brasileiro?
Adriana - É fantástico termos instalações de alto nível, onde várias modalidades podem ser centralizadas em um ambiente de alta qualidade não só de estrutura e equipamento, mas de profissionais. Tudo próximo, você mora, se alimenta, treina e estuda lá. É uma grande oportunidade de poder ter um modelo próprio de desenvolvimento e formação de alto rendimento esportivo, na qual se consiga concentrar essas cestas de serviços para que o atleta tenha acompanhamento diário permanente.
 
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