Mergulhada em sua pior crise de corrupção e com suas contas no vermelho, a Fifa anunciou que vai inaugurar um museu em Zurique, na Suíça, no qual investiu US$ 140 milhões (cerca de R$ 564 milhões). O valor é superior ao gasto em alguns dos estádios brasileiros e supera a promessa de fundos que a Fifa fez ao Brasil como legado da Copa do Mundo de 2014, avaliado em US$ 100 milhões (R$ 403 milhões).
O museu, que levou dois anos para ser construído, era o projeto de Joseph Blatter para concluir seus anos no comando da Fifa. Quando o dirigente anunciou sua saída, em junho, as obras foram aceleradas para que ele pudesse inaugurar o local ao final de fevereiro, antes das eleições. Mas, diante de um escândalo de corrupção, o suíço foi suspenso por oito anos do futebol.
O local será aberto ao público no dia 28 de fevereiro, dois dias depois das eleições para a presidência. O prédio foi inteiramente construído e renovado pela entidade, mas o local pertence à empresa Swiss Life, que aluga o edifício para a Fifa até 2055.
A entrada custará cerca de US$ 20,00
(R$ 80,00). A Fifa promete uma exibição em três andares, mais de mil objetos da história do futebol em um espaço de 3 mil metros quadrados. Eventos interativos estão sendo planejados, assim como mais de 60 telões. Um dos pontos centrais do museu, porém, será a réplica da taça mais cobiçada do mundo.
O local ainda terá espaço para eventos, seminários e uma biblioteca com mais de 4 mil livros sobre o futebol. Um bar também será aberto ao público. Blatter, mesmo afastado do futebol, não vai "desaparecer" da Fifa, já que sua imagem faz parte de um dos painéis da exposição.