CBB comemora furo a boicote, com apresentação das líderes da seleção

A Confederação Brasileira de Basquete (CBB) acredita ter saído vencedora da queda de braço travada com o chamado "Colegiado de Clubes", formado agora por cinco dos seis times da Liga de Basquete Feminino (LBF) e que defendia o boicote à seleção feminina durante o evento-teste da modalidade. Apenas nove atletas se apresentaram ao técnico Antonio Carlos Barbosa na manhã de ontem.

No entanto, entre as que podem jogar o torneio, estão três das líderes do elenco: a ala Iziane e as pivôs Clarissa e Erika. "Elas estão aqui e isso me dá muita segurança de que nós estamos certos. Se tivesse alguma coisa errada, a Erika seria a primeira a colocar a boca no trombone, ela não é de ficar quieta", comemorou Vanderlei Mazzuchini, diretor de seleções da CBB.

Erika não estava na lista inicial do então técnico Luiz Zanon porque estava defendendo o Adana Aski, da Turquia, e os clubes não são obrigados a liberar suas atletas para o evento-teste, que começa dia 15. A veterana rescindiu seu contrato, se colocou à disposição para atuar e foi convocada.

A pivô Clarissa foi a única jogadora dos clubes da LBF que furou o boicote. A atleta de 27 anos, estrela do Corinthians/Americana, corre o risco de ser dispensada pelo clube, que teria exigido que ela, Damiris, Gilmara e Joice boicotassem a seleção. Damiris apresentou atestado médico apontando uma fratura por estresse na tíbia da perna esquerda e foi liberada. Joice enviou carta à CBB, pedindo dispensa por razões particulares. Gilmara alegou motivos familiares de foro íntimo.

A CBB fez questão de expor em seu site todos os pedidos de dispensa. Entretanto, a entidade conseguiu convencer os dirigentes do Sampaio Corrêa a também furarem o boicote. A seleção treina no Sírio, em São Paulo, até a próxima segunda-feira. O time fará amistosos no Rio contra Argentina (terça-feira) e Austrália (quarta-feira) antes de estrear no evento-teste na sexta-feira da semana que vem.