Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Crédito

- Publicada em 21 de Janeiro de 2016 às 20:05

Brasileiros acumulam R$ 255 bi em dívidas

 CARTÃO DE CRÉDITO E CARTÃO DE DÉBITO.

CARTÃO DE CRÉDITO E CARTÃO DE DÉBITO.


MARCO QUINTANA/JC
A lista de inadimplentes do Brasil começou o ano com 59 milhões de pessoas, de acordo com levantamento feito pela Serasa Experian. O total das dívidas chega a R$ 255 bilhões. Em janeiro do ano passado eram 54,1 milhões de consumidores nessa situação. A principal causa para a inadimplência é o desemprego, apontada por 26% dos 8.288 entrevistados em novembro do ano passado.
A lista de inadimplentes do Brasil começou o ano com 59 milhões de pessoas, de acordo com levantamento feito pela Serasa Experian. O total das dívidas chega a R$ 255 bilhões. Em janeiro do ano passado eram 54,1 milhões de consumidores nessa situação. A principal causa para a inadimplência é o desemprego, apontada por 26% dos 8.288 entrevistados em novembro do ano passado.
Segundo a pesquisa, o descontrole financeiro é admitido como responsável pelas contas atrasadas por 17% dos consumidores. O esquecimento dos compromissos financeiros (7%), empréstimo do nome para terceiros (7%) e despesas extras, com educação, saúde e outros serviços (7%) foram outras razões mencionadas para o não pagamento das dívidas.
De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada no último dia 15 de janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a taxa de desemprego subiu a 9% no trimestre encerrado em outubro, o maior percentual da série iniciada em 2012. No trimestre encerrado em julho, a taxa foi 8,6% e, no período entre agosto e outubro de 2014, chegou a 6,6%.
Segundo os economistas da Serasa Experian, a alta da inadimplência, crescente deste o início de 2015, é causada pelo cenário econômico bastante adverso à quitação das dívidas do consumidor: desemprego, taxas de inflação e juros em alta. "A inflação corrói a renda e o desemprego destrói, o que é pior", argumenta o economista da Serasa Experian Luiz Rabi sobre os efeitos da crise.
A entidade orienta aqueles que continuam empregados a ter cautela com o crédito e fazer uma reserva financeira. Para os que ficaram desempregados, a não entrarem em pânico e tentarem se organizar do ponto de vista pessoal e financeiro. Além disso, deve-se procurar os credores de financiamentos para expor a situação e alongar prazos, além de pensar em vender alguns bens, como o carro.

Total de cheques devolvidos por falta de fundos atinge o maior nível desde 1991

O percentual de cheques devolvidos pela segunda vez por falta de fundos ficou em 2,25% do total compensado em 2015, de acordo com a Serasa Experian. Trata-se do maior nível anual desde o início da série histórica, iniciada em 1991.
Em 2014, o nível de cheques devolvido foi de 2,04%. O total de cheques compensados no ano passado foi de 755,8 milhões, dentre os quais 15,4 milhões foram devolvidos.
Já na comparação mensal, o mês de dezembro teve um percentual menor de devoluções (2,42%) em relação a novembro (2,61%), embora tenha sido o maior percentual para um mês de dezembro desde 1991. No último mês de 2014, o volume havia sido de 1,94%.
Para os economistas da Serasa Experian, a escalada da inflação e das taxas de juros aliada ao aprofundamento da recessão econômica foram os fatores que impulsionaram a inadimplência com cheques no ano passado.