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Economia

- Publicada em 19 de Janeiro de 2016 às 20:08

Brasil deve perder 700 mil empregos em 2016, diz OIT

 CADERNO CONSTRUÇÃO CIVIL,  OBRAS DO PRÉDIO PORTO ALEGRE INCOMPARÁVEL  DA CONSTRUTORA CYRELA.    NA FOTO: OPERÁRIOS NO CANTEIRO DE OBRAS.

CADERNO CONSTRUÇÃO CIVIL, OBRAS DO PRÉDIO PORTO ALEGRE INCOMPARÁVEL DA CONSTRUTORA CYRELA. NA FOTO: OPERÁRIOS NO CANTEIRO DE OBRAS.


ANTONIO PAZ/JC
O Brasil registrará o maior salto na taxa de desemprego entre as grandes economias do mundo em 2016 e, durante o ano, 700 mil brasileiros devem perder seus trabalhos. Os dados foram publicados pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), que, em seu informe anual, aponta para o aumento do desemprego no País para 7,7% e alerta que a crise econômica levará a uma "queda severa" no mercado de trabalho.
O Brasil registrará o maior salto na taxa de desemprego entre as grandes economias do mundo em 2016 e, durante o ano, 700 mil brasileiros devem perder seus trabalhos. Os dados foram publicados pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), que, em seu informe anual, aponta para o aumento do desemprego no País para 7,7% e alerta que a crise econômica levará a uma "queda severa" no mercado de trabalho.
O Brasil será responsável por um a cada três novos desempregados em 2016 no mundo. No total, 2,3 milhões de postos de trabalho serão destruídos no mundo. Desses, 700 mil no Brasil. O mercado brasileiro ainda responderá por mais de um terço de todo o desemprego latino-americano.
Em comparação a 2014, serão 1,2 milhão de novos desempregados no Brasil. "Essa é a maior elevação do desemprego entre as grandes economias", alertou diretor do Departamento de Pesquisas da OIT, Raymond Torres. Segundo a OIT, o Brasil "entra numa recessão severa", e nem mesmo as políticas sociais e de promoção de empregos implementadas nos últimos anos serão suficientes para frear o desemprego.
A taxa de desemprego passou de 6,8% em 2014 para 7,2% em 2015 e deve atingir 7,7% ao final de 2016. Para a OIT, essa é uma "alta significativa". Em números absolutos, a alta é de 7,7 milhões de desempregados no ano passado para 8,4 milhões de pessoas em 2016. Em 2017, a taxa deve ser de 7,6%.
Mas, ainda assim, os dois próximos anos terão taxas acima da média registrada entre 2008 e 2013. "Será um ano muito difícil economicamente para o Brasil, com uma recessão e, apesar de tudo o que foi feito no passado para a criação de empregos e dos mecanismos institucionais e políticas sociais, nada será suficiente para conter o aumento do desemprego", declarou Torres.
Além da crise interna, a exposição do Brasil ao mercado chinês também não ajudará. Com a pior taxa de crescimento em 25 anos em Pequim, as vendas nacionais devem sofrer e, uma vez mais, o impacto na criação de emprego será sentido, e o que mais preocupa a entidade é que a consequência será um freio no combate à pobreza.
Em 2015, 24% dos trabalhadores ocupava postos vulneráveis, sem garantias sociais e salários baixos. Essa taxa, porém, vai continuar pelos próximos dois anos. O número de pessoas ganhando apenas US$ 3,00 por dia também vai aumentar, depois de mais de uma década em queda. Em 2015, 5,1% dos trabalhadores recebiam salários miseráveis e, para 2016, a taxa passa a 5,2%.
O resultado, por enquanto, é que o desemprego no Brasil atingirá um nível bem superior à média mundial, que é de 5,8%. Ao final de 2015, 197,1 milhões de pessoas estavam sem trabalho no planeta, e a previsão é de que, em 2016, esse número chegue a 199,4 milhões.
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