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Consumo

- Publicada em 19 de Janeiro de 2016 às 17:04

Desemprego é o vilão da inadimplência

 Eco - Endividamento. Crédito Visualhunt

Eco - Endividamento. Crédito Visualhunt


VISUALHUNT/DIVULGAÇÃO/JC
Com o aprofundamento da crise econômica no Brasil, o desemprego tem se tornado cada vez mais o principal motivo para que o consumidor deixe de pagar as suas dívidas. É o que aponta pesquisa feita no último trimestre de 2015 pela Boa Vista SCPC. Os resultados mostram que, no fim do ano passado, 41% dos inadimplentes citaram a falta de emprego como justificativa para atrasar o pagamento de suas contas, o maior nível desde o primeiro trimestre de 2012.
Com o aprofundamento da crise econômica no Brasil, o desemprego tem se tornado cada vez mais o principal motivo para que o consumidor deixe de pagar as suas dívidas. É o que aponta pesquisa feita no último trimestre de 2015 pela Boa Vista SCPC. Os resultados mostram que, no fim do ano passado, 41% dos inadimplentes citaram a falta de emprego como justificativa para atrasar o pagamento de suas contas, o maior nível desde o primeiro trimestre de 2012.
O desemprego é historicamente a principal causa da inadimplência entre os brasileiros, mas há quase quatro anos esta não superava o patamar de 40%. Além disso, é a sua segunda alta seguida, depois de ter registrado 35% no terceiro trimestre de 2015 e 31% no segundo. No último trimestre de 2014, era de 36%.
Se a falta de emprego cresce como justificativa, cai o descontrole financeiro, geralmente atribuído a quem deixa de pagar simplesmente porque não tem cuidado com seus gastos. Este saiu de 29% no terceiro trimestre para 23% nos últimos três meses do ano.
"Esse avanço, ao longo de 2015, da falta de emprego como causa da inadimplência reflete bem o que foi o ano passado, uma vez que o desemprego vem crescendo de forma ininterrupta desde janeiro", afirmou o economista-chefe da Boa Vista SCPC, Flávio Calife. "E a tendência é que isso continue em 2016, com a piora do mercado de trabalho e consequentemente o aumento da inadimplência", acrescentou. "Mas não como em 2015, será uma piora mais gradual", disse.
O levantamento aponta ainda que os mais jovens são mais afetados. Entre os entrevistados com idade até 25 anos, 51% deles citaram o desemprego como motivo do atraso das dívidas. Na faixa de 26 a 35 anos, o nível é de 54%. Daí em diante a taxa cai para 47% entre aqueles de 36 a 45 anos e para 30% na faixa de 46 a 55 anos.
"Os mais jovens são os que têm mais dificuldade de encontrar emprego e também são os que tomam menos crédito para comprar bens duráveis, ficam mais concentrados nas contas do dia a dia, por isso o desemprego acaba afetando-os mais fortemente", avalia Flávio Calife, economista da Boa Vista.
Na classificação por renda, os mais pobres são os que mais citam o desemprego. Entre os que têm renda familiar de até três salários-mínimos, a falta de trabalho é mencionada por 46%, quase o mesmo patamar observado na faixa de três a 10 salários-mínimos: 47%. Acima de 10 salários-mínimos, o nível é de 36%.
A forma de pagamento mais utilizada na compra que gerou a inadimplência foi o carnê/boleto, com 34% das citações, seguida por cartão de crédito (28%), cheque (14%), empréstimo pessoal (12%), cartão da loja (7%) e cheque especial (5%). Quanto ao valor das dívidas, 31% dos consumidores disseram que a soma das dívidas em atraso é de até R$ 500,00, enquanto 51% têm entre R$ 500,01 e R$ 5.000,00 e 18% devem acima de R$ 5.000,00.
O levantamento da Boa Vista SCPC mostrou também queda na intenção dos consumidores em realizar novas compras, após quitarem as dívidas: apenas 21% pretendem fazer novas compras depois de saldar seus compromissos - redução de 11 pontos percentuais em comparação com último trimestre do ano anterior. Segundo a pesquisa, 78% dos consumidores não pretendem realizar novas compras.

Intenção de consumo das famílias sobe 1,3% em janeiro

A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) começou o ano em alta, de acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Em janeiro, o índice subiu 1,3% em relação a dezembro, para 77,5 pontos, em um movimento generalizado entre as faixas de renda. No entanto, a ICF permanece abaixo de 100 pontos, o que indica persistência da insatisfação das famílias. Em relação a janeiro de 2015, houve recuo de 35,3%.
"A alta do índice foi influenciada pela melhora nas expectativas para os próximos meses, levando a um aumento da confiança em janeiro. Esse movimento, típico de início de ano, foi puxado principalmente pelos componentes relacionados às perspectivas profissionais e de consumo", explicou a assessora econômica da CNC, Juliana Serapio.
Todos os sete componentes da pesquisa registraram alta na comparação com dezembro, com destaque para a perspectiva profissional. Segundo a entidade, as expectativas em relação ao mercado de trabalho melhoraram 1,5% na passagem do mês e voltaram a ficar acima da zona de indiferença, com 100,3 pontos. A perspectiva de consumo, por sua vez, avançou 3,3%, enquanto o nível de consumo atual subiu 1,4%.
Juliana lembra que, apesar da evolução favorável de janeiro, a ICF está em nível bastante baixo em termos históricos e com tendência de queda quando observado em médias móveis trimestrais. Desde maio de 2015 o índice permanece abaixo dos 100 pontos. No confronto interanual, todos os componentes da ICF registraram queda. A maior delas foi no quesito momento para a compra de bens duráveis, com recuo de 50,1% no período. Segundo a CNC, 72,9% das famílias consideram o momento desfavorável para a aquisição de duráveis.
O nível de consumo atual é o segundo pior subíndice, com 55,3 pontos. Trata-se de queda de 45,1% em relação a janeiro do ano passado. O cenário atual e o dos meses anteriores foram marcados pela deterioração nas vendas do comércio. No acumulado de 2015, até novembro, foram fechadas 945 mil vagas formais de trabalho.
Analisando as condições atuais e as perspectivas futuras, a previsão da CNC é que as vendas do varejo caiam de 3,7% em 2016.

Senacom mantém multas de quase R$ 4,5 milhões a Itaucard e operadoras TIM e Vivo

A Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça (Senacon) negou recursos apresentados por TIM Celular, Banco Itaucard e Vivo e manteve multas aplicadas às empresas num valor total de quase R$ 4,5 milhões. A punição, formalizada em decisões publicadas no Diário Oficial da União (DOU), decorre de infrações das companhias ao direito de informação do usuário e violação aos princípios da boa-fé e da transparência, previstos no Código de Defesa do Consumidor.
A operadora Vivo recebeu a multa de maior valor, de R$ 2,260 milhões, por provocar engano nas promoções 'Vivo de Natal' e 'Final de Semana Grátis'. TIM Celular foi punida em R$ 1,654 milhão por provocar engano na promoção 'Namoro a Mil'. O Banco Itaucard terá de pagar multa de R$ 532 mil por envio de cartões de crédito sem prévia solicitação do consumidor. As empresas terão de recolher os valores em 30 dias ao Fundo de Defesa de Direitos Difusos, sob pena de inscrição do débito em dívida ativa da União.
A TIM esclareceu, em nota, que a multa recebida pela Senacon refere-se a uma promoção realizada pela operadora há mais de 10 anos, em 2004. A operadora ainda informou que aguarda ser intimada da decisão final do recurso para tomar as medidas cabíveis. Também reiterou "seu compromisso com a transparência no relacionamento com os clientes e com o cumprimento das normas consumeristas".

Feira do Material Escolar começa amanhã na Praça da Alfândega

Evento tradicional no período que antecede o ano letivo das escolas, a 26ª edição da Feira do Material Escolar será aberta oficialmente amanhã, às 10h30min, na Praça da Alfândega, no Centro Histórico. A solenidade terá a presença do titular da Secretaria da Produção, Indústria e Comércio (Smic), Antônio Kleber de Paula, e outras autoridades.
Numa estrutura de 600 metros quadrados, a feira, promovida pela prefeitura, será realizada até o dia 5 de março, com exceção de domingos e feriados. De segunda a sexta-feira, funcionará das 9h às 19h. Aos sábados, das 9h às 18 horas.
Representantes de 25 marcas do setor vão vender seus produtos a preços de 5% a 15% abaixo do mercado. Além das compras, os visitantes poderão participar de atividades pedagógicas e recreativas promovidas paralelamente ao evento. No ano passado, a Feira do Material Escolar recebeu 162.549 visitantes.
Serão oferecidos materiais escolares e papelaria, artigos de higiene e limpeza para uso dos estudantes, bolsas, mochilas, brinquedos didáticos, livros infantis, artigos de informática e materiais de escritório. Como nos anos anteriores, estarão à venda dois tipos de cestas básicas a
R$ 13,98 cada uma. O reajuste em relação ao valor de 2015 foi de 9,3%, abaixo do índice de inflação dos últimos 12 meses.