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Economia

- Publicada em 18 de Janeiro de 2016 às 21:35

Ação da Petrobras cai para R$ 4,80

A Petrobras voltou ao nível de 1999 no mercado de ações. Os papéis preferenciais (PN) da companhia despencaram 7% ontem, para R$ 4,80. Ajustado pela inflação, o valor é o menor desde agosto de 1999. Sem considerar a inflação, as ações atingiram o menor patamar desde novembro de 2003.
A Petrobras voltou ao nível de 1999 no mercado de ações. Os papéis preferenciais (PN) da companhia despencaram 7% ontem, para R$ 4,80. Ajustado pela inflação, o valor é o menor desde agosto de 1999. Sem considerar a inflação, as ações atingiram o menor patamar desde novembro de 2003.
Desde o início do ano, a Petrobras perdeu 27% do valor de mercado. Esse desempenho tirou a estatal da lista de 500 maiores empresas de capital aberto do mundo, elaborado pela Bloomberg. Também é a primeira vez, desde 1999, que a Petrobras não aparece nessa relação.
As ações ordinárias (ON) da estatal, com direito a voto, encerraram o dia a R$ 6,30, queda de 6%, e contribuíram para a desvalorização de 1,64% do principal índice da Bolsa. O Ibovespa encerrou o pregão, esvaziado devido a um feriado nos Estados Unidos, aos 37.937 pontos, o menor patamar desde março de 2009. No mês, acumula perda de 12,48%. O giro financeiro foi de R$ 4,833 bilhões, dos quais R$ 1,925 bilhão refere-se ao exercício de opções sobre ações.
O preço do petróleo, que nesta segunda chegou a ser cotado abaixo de US$ 28 em Londres, teve a principal influência sobre as ações da companhia no último pregão. Além de reduzir a receita com exportações de óleo bruto e com a venda de derivados com preços internacionais, como nafta e querosene de aviação, o petróleo barato torna ainda mais duvidoso o futuro da companhia, pois inviabiliza novos projetos de exploração e produção. Também afugentam os investidores dúvidas sobre uma possível capitalização da companhia e a eficácia dos cortes de investimentos e das vendas de ativos já anunciados.
As incertezas mais recentes somam-se a outras notícias que já vinham depreciando a empresa: o escândalo de corrupção revelado pela Operação Lava Jato, seu alto endividamento e a desvalorização cambial, que encarece mais a sua dívida, e processos judiciais nos EUA que podem resultar no pagamento de indenização bilionária. "Com o petróleo abaixo de US$ 30, os investidores reduzem sua exposição ao setor. Neste momento, procuram se desfazer das piores ações - e a Petrobras é hoje uma das piores", diz Flavio Conde, analista do site Whatscall.
Com a expectativa de alta nas exportações de petróleo do Irã após o fim das sanções econômicas ao país, o barril tipo Brent, referência no mercado, recuou 0,73% ontem, para US$ 28,73. Em um ano e meio, a commodity já perdeu cerca de 75% de seu valor.
Com as ações da Petrobras em queda livre, quem investiu parte do FGTS nos papéis da estatal há mais de 15 anos já perde para aqueles que preferiram não aderir ao investimento, diz Mario Avelino, do instituto FGTS-Fácil. Desde agosto de 2000, o FGTS rendeu 103,71%. No mesmo período, as ações ordinárias da estatal renderam 46,26%, já contando os 20% de desconto que o trabalhador teve direito para comprá-las.
Os fundos FGTS-Petrobras, utilizados para a aplicação, têm um retorno ligeiramente diferente porque podem aplicar até 5% do patrimônio em outros papéis, além de descontar custos com taxa de administração.
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