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Conjuntura

- Publicada em 18 de Janeiro de 2016 às 19:05

Analistas preveem inflação a 7% neste ano


A pesquisa semanal feita pelo Banco Central (BC) com analistas do mercado financeiro elevou mais uma vez a previsão para a inflação deste ano, que deve fechar em 7% - 0,5 ponto percentual acima do teto da meta do governo. Para o ano que vem, a taxa esperada para o IPCA também subiu, passando de 5,20% para 5,40%.
A pesquisa semanal feita pelo Banco Central (BC) com analistas do mercado financeiro elevou mais uma vez a previsão para a inflação deste ano, que deve fechar em 7% - 0,5 ponto percentual acima do teto da meta do governo. Para o ano que vem, a taxa esperada para o IPCA também subiu, passando de 5,20% para 5,40%.
Na semana passada, o relatório Focus previa que a inflação ficaria em 6,93% neste ano. A alta, que já prevê a taxa em 7%, foi a terceira seguida. Em 2015, a taxa oficial foi de 10,67%, a maior em 13 anos e o primeiro estouro da meta desde 2003. O centro da meta do BC é 4,5%. A piora da previsão para 2017 afasta o resultado do alvo e o aproxima do teto de 6%, uma vez que a margem de tolerância estipulada para o ano que vem é de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
As expectativas de inflação acabam pressionando as previsões para os juros. Em relação a este ano, os analistas ouvidos pelo BC mantiveram a taxa Selic em 15,25% - um ponto percentual acima do atual nível, que pode ser mudado nesta semana, uma vez que o Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne pela primeira vez em 2016 hoje e amanhã. Para 2017, o Focus elevou a Selic pela terceira vez consecutiva, passando de 12,75% para 12,88%.
Economistas mantiveram a perspectiva de que a taxa básica de juros será elevada em 0,5 ponto percentual amanhã. No mercado futuro de juros, os DIs apontam chance de 61% de alta de 0,5 ponto. Apesar de críticas de que um aumento da Selic pioraria a crise fiscal e a recessão, pesquisa da Reuters apontou que 48 dos 59 economistas consultados esperam que o BC eleve a taxa em 0,50 ponto percentual, para o maior nível desde meados de 2006.
Depois de 14 semanas seguidas de piora nas previsões para o PIB deste ano, a taxa foi mantida igual à do relatório passado. Os analistas esperam que a economia recue 2,99%. Já para 2017, a pesquisa elevou a expectativa de alta de 0,86% para 1%.
A cotação do dólar no fim deste ano foi mantida em US$ 4,25. Já a previsão para o ano que vem foi elevada em R$ 0,07, passando de R$ 4,23 para R$ 4,30. Foi a segunda elevação seguida. O Banco Central tem se concentrado em rolar contratos de swap cambial, majoritariamente fechados no programa de ração diária iniciado em agosto de 2013 e encerrado no fim de março de 2015. Depois disso, o BC entrou no mercado em algumas situações específicas.

Previ registra um déficit de R$ 13 bilhões

A Previ (fundo de pensão do Banco do Brasil) fechou o ano passado no vermelho em R$ 13 bilhões pelo seu principal plano. O déficit se refere ao valor que faltava para o PB 1 (Plano de Benefícios 1) pagar todos os benefícios previstos até o seu último participante vivo nas próximas décadas.
O resultado chama atenção por trata-se do maior plano de pensão do País. O PB 1 tem investimentos de R$ 159 bilhões (em setembro). São 23.981 participantes ativos e 92.122 recebendo benefícios (aposentados e pensionistas). m 2014, o fundo dos funcionários do Banco do Brasil teve um superávit acumulado de R$ 12,5 bilhões. Este resultado já indicava uma piora no desempenho. No ano anterior, o superávit foi de R$ 25 bilhões. O mau resultado de 2015 está relacionado ao desempenho das ações na Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) e de títulos públicos prefixados. Estes papéis costumam perder valor em momentos de alta de juros.
Segundo a fonte, o déficit estava em R$ 12,5 bilhões até 18 de dezembro do ano passado. Com o desempenho ruim do mercado nos últimos dias do ano, a expectativa é que o déficit tenha chegado a R$ 13 bilhões.
Um dos maiores investimentos da Previ, por exemplo, são os papéis da mineradora Vale. O fundo de pensão tem 15,61% de participação direta e indireta na mineradora, segundo dados do site da Previ. Em 2015, a Vale foi a empresa que mais perdeu valor de mercado no país. O tombo foi de R$ 45,9 bilhões, segundo cálculos da consultoria Economatica. A mineradora fechou o ano valendo R$ 61,6 bilhões.
O próprio Banco do Brasil teve uma perda de 38% de valor de mercado em 2015.

Os 62 mais ricos do planeta têm mesma riqueza que metade mais pobre da população mundial

Os 62 indivíduos mais ricos do mundo têm uma riqueza equivalente à da metade mais pobre da população mundial, diz relatório divulgado ontem pela organização humanitária internacional Oxfam.
O documento indica que a concentração de renda se acelerou recentemente, já que em 2010 seria necessário reunir a riqueza dos 388 mais ricos para se equiparar à dos 50% mais pobres. O relatório, intitulado "Uma economia para 1%: como o privilégio e o poder na economia conduzem à desigualdade extrema e como isso pode ser detido", foi preparado para apresentação no encontro do Fórum Econômico Mundial, que começa amanhã, em Davos, na Suíça.
Segundo o sumário, "a desigualdade descontrolada criou um mundo no qual 62 pessoas têm tanto quanto a metade da população mundial" e que "esse número caiu dramaticamente de 388 em 2010 e 80 no ano passado". "O 1% mais rico agora tem mais riqueza do que o resto do mundo combinado", afirma o texto.
O documento diz que "a riqueza da metade mais pobre da população mundial - isso é 3,6 bilhões de pessoas - reduziu-se em US$ 1 trilhão desde 2010. Essa queda de 41% aconteceu apesar de a população global ter crescido em cerca de 400 milhões de pessoas durante o período. Enquanto isso, a riqueza dos 62 mais ricos cresceu em mais de meio trilhão de dólares, para US$ 1,76 trilhão. Apenas nove dos 62 são mulheres".