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Infraestrutura

- Publicada em 12 de Janeiro de 2016 às 22:19

Sulgás amplia malha de gasodutos no Estado

 OBRAS DA SULGÁS NA AVENIDA BENTO GONÇALVES, ENTRE AS FACULDADES DE AGRONOMIA E VETERINÁRIA, SENTIDO BAIRRO-CENTRO. EXPANSÃO DA REDE DE GÁS NATURAL EM DIREÇÃO A VIAMÃO.

OBRAS DA SULGÁS NA AVENIDA BENTO GONÇALVES, ENTRE AS FACULDADES DE AGRONOMIA E VETERINÁRIA, SENTIDO BAIRRO-CENTRO. EXPANSÃO DA REDE DE GÁS NATURAL EM DIREÇÃO A VIAMÃO.


FREDY VIEIRA/JC
Mirando adiante, a Companhia de Gás do Estado do Rio Grande do Sul (Sulgás) pretende ampliar a sua rede e passar do patamar de 1 mil quilômetros em gasodutos ainda em 2016. Atualmente, a distribuidora conta com uma malha com 947 quilômetros de extensão e a meta é agregar mais 90 quilômetros somente neste ano. "Estamos projetando muito trabalho para nos prepararmos para 2017, quando realmente deve haver a retomada da economia, do aumento do consumo de energia", enfatiza o presidente da empresa, Claudemir Bragagnolo.
Mirando adiante, a Companhia de Gás do Estado do Rio Grande do Sul (Sulgás) pretende ampliar a sua rede e passar do patamar de 1 mil quilômetros em gasodutos ainda em 2016. Atualmente, a distribuidora conta com uma malha com 947 quilômetros de extensão e a meta é agregar mais 90 quilômetros somente neste ano. "Estamos projetando muito trabalho para nos prepararmos para 2017, quando realmente deve haver a retomada da economia, do aumento do consumo de energia", enfatiza o presidente da empresa, Claudemir Bragagnolo.
A expansão acontecerá, principalmente, em Porto Alegre, mas também em cidades como São Leopoldo, Novo Hamburgo, assim como na região da Serra e outros locais. Em 2015, a Sulgás incorporou cerca de 7 mil novos clientes, alcançando cerca de 26,5 mil consumidores. Para 2016, a expectativa é atingir um crescimento semelhante. Apesar dos números expressivos de novas ligações, o desempenho não implica despender enormes volumes de gás natural. A ampliação está ocorrendo, fundamentalmente, no segmento residencial, que é numeroso, contudo representa baixo consumo. Essa estratégia permite que a companhia incremente a carteira de clientes, mesmo com a limitação da oferta de gás natural.
Hoje, mais de 90% do gás natural da Sulgás já se encontra contratado. Outra dificuldade para elevar o fornecimento, em especial para grandes consumidores industriais, é que o gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol), única dutovia-tronco que traz o insumo importado usado no Estado, está praticamente com a capacidade esgotada, com o limite de cerca de 2,5 milhões de metros cúbicos diários.
O presidente da Sulgás ressalta que a distribuidora está procurando opções para aumentar a injeção de gás natural no Estado. Uma das soluções é o chamado biometano (biogás purificado, feito a parir de matéria orgânica, como dejetos suínos, por exemplo). Inicialmente, o governo gaúcho pretendia lançar no ano passado um projeto de lei para implementar uma legislação estadual para auxiliar o desenvolvimento do mercado desse combustível. No entanto, a ação foi postergada. Bragagnolo comenta que o projeto de lei de apoio ao biogás deve ser lançado ainda neste trimestre. Outra ideia de 2015 que deve ser retomada, é a realização de uma chamada pública, pela Sulgás, para contratar 200 mil metros cúbicos ao dia de biometano. A proposta deve ser confirmada neste primeiro semestre.
O diretor técnico comercial da distribuidora, Luís Felipe Espírito Basso Poli, recorda que, além do uso do biogás, é possível através de medidas, como intensificar o número de compressões, elevar o volume de gás que chega pelo Gasbol. O executivo ressalta que existem propostas como essa sendo debatidas pela Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG). "A gente aposta que é uma questão de tempo para esse projeto sair do papel e ampliar a capacidade do gás natural que chega no Sul", diz o executivo.
Na área comercial, Poli considera que há potencial de crescimento para o mercado de gás natural com clientes que desejem adotar a cogeração (produção de energia elétrica e térmica). Entre os consumidores vocacionados para essa atividade estão hospitais e shoppings centers. Hoje, adquirem combustível da Sulgás para esse processo a Ulbra, em Canoas, e a Braskem, em Triunfo. Quanto ao segmento de Gás Natural Veicular (GNV), Bragagnolo esclarece que a companhia está mapeando o Estado para identificar as oportunidades de abertura de novos postos e atendimento de frotas.

Distribuidora busca alternativa para futuro transporte de GNL de Rio Grante até a RMPA

 OBRAS DA SULGÁS NA AVENIDA BENTO GONÇALVES, ENTRE AS FACULDADES DE AGRONOMIA E VETERINÁRIA, SENTIDO BAIRRO-CENTRO. EXPANSÃO DA REDE DE GÁS NATURAL EM DIREÇÃO A VIAMÃO.

OBRAS DA SULGÁS NA AVENIDA BENTO GONÇALVES, ENTRE AS FACULDADES DE AGRONOMIA E VETERINÁRIA, SENTIDO BAIRRO-CENTRO. EXPANSÃO DA REDE DE GÁS NATURAL EM DIREÇÃO A VIAMÃO.


FREDY VIEIRA/JC
Apesar das ações envolvendo o biometano e de eventuais acréscimos na capacidade do Gasbol, a iniciativa que realmente pode mudar o perfil do setor de gás natural no Estado é a implantação de um terminal de Gás Natural Liquefeito (GNL), pelo Grupo Bolognesi, em Rio Grande. Com a perspectiva dessa nova fonte, a Sulgás já avalia possibilidades para levar o gás (em estado liquefeito) desse município até a Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA), antes mesmo da instalação de um gasoduto que ligue as localidades.
"A tendência é de que o gás liquefeito venha através de barcaças", afirma o presidente da Sulgás, Claudemir Bragagnolo. Com isso, teria que ser erguido um terminal de regaseificação na Região Metropolitana da Capital. O diretor técnico-comercial da companhia, Luís Felipe Espírito Basso Poli, acrescenta que a empresa está atrás de novas tecnologias para praticar esse transporte. Além da hipótese de deslocar o insumo pela hidrovia, serão estudados os modais ferroviário e rodoviário.
A capacidade do terminal da Bolognesi deverá ser de até 14 milhões de metros cúbicos diários de gás natural. Como a termelétrica do grupo terá um consumo de cerca de 6 milhões de metros cúbicos ao dia, sobrarão 8 milhões de metros cúbicos para serem comercializados. Por causa desse excedente, o segundo passo previsto será a construção de um gasoduto ligando a Metade Sul à Região Metropolitana de Porto Alegre. Pelo contrato firmado após o leilão vencido pela empresa, o fornecimento de energia da usina tem que ocorrer até 1 de janeiro de 2019.
Bragagnolo salienta que as obras do terminal e da usina devem começar ainda em 2016, mas admite que dificilmente o gasoduto estará pronto até 2019. Neste mês de janeiro, o dirigente informa que foi realizada uma reunião com o Grupo Bolognesi e a Shell (que será a fornecedora do GNL) para discutir os projetos de Rio Grande e as demandas da Sulgás.
O ano de 2019 também marcará o vencimento do atual contrato da distribuidora com o gás natural boliviano (hoje a Petrobras é a vendedora desse insumo para a Sulgás). Esse tema está sendo discutido com a Secretaria Estadual de Minas e Energia e com o Ministério de Minas e Energia. Nos próximos dias, deverá acontecer um encontro na Bolívia para tratar do assunto. Bragagnolo adianta que o modelo de fornecimento de gás natural para a Sulgás, com as opções do Grupo Bolognesi e da Bolívia, dependerá do tópico preço.
Antes de concluir o próximo acordo de abastecimento do insumo, a companhia deverá finalizar a construção de um gasoduto de cerca de 8,5 quilômetros ligando o terminal de GNL até a termelétrica do Grupo Bolognesi, em Rio Grande. Essa estrutura encontra-se na fase de projeto e licenciamento ambiental e as obras devem começar até o início de 2017. A perspectiva é de que o gasoduto possa operar a partir de maio de 2018. Além disso, com a chegada do gás no município, o interesse da empresa é expandir a sua rede de gasodutos nessa cidade e na vizinha Pelotas.