Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Economia

- Publicada em 06 de Janeiro de 2016 às 20:39

Famílias de baixa renda foram as mais castigadas pela inflação no ano passado

As famílias de baixa renda foram as mais castigadas pela inflação em 2015. É o que revela o Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1), calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), que informou que o indicador avançou 11,52% em 2015, a maior alta da série (iniciada em 2004). A inflação dos mais pobres subiu mais do que o IPC da FGV, que mede a média dos preços ao consumidor e avançou 10,53%. Neste ano, os mais pobres devem ser novamente penalizados pelo aumento no custo de vida, que deve atingir itens importantes no orçamento desses consumidores.
As famílias de baixa renda foram as mais castigadas pela inflação em 2015. É o que revela o Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1), calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), que informou que o indicador avançou 11,52% em 2015, a maior alta da série (iniciada em 2004). A inflação dos mais pobres subiu mais do que o IPC da FGV, que mede a média dos preços ao consumidor e avançou 10,53%. Neste ano, os mais pobres devem ser novamente penalizados pelo aumento no custo de vida, que deve atingir itens importantes no orçamento desses consumidores.
O IPC-C1 mede a movimentação de preços sentida por famílias com renda mensal até 2,5 salários-mínimos, aproximadamente R$ 2,1 mil. A diferença em relação ao índice médio se deve à cesta de consumo, que é diferente em cada faixa de renda. Quem ganha menos, por exemplo, gasta uma fatia maior do salário com transporte e alimentação do que alguém de classe A, que consome mais itens de lazer.
Foram justamente os itens básicos que tiveram as maiores altas de preços em 2015. Só a energia elétrica ficou 46,76% mais cara no ano passado. O ônibus urbano, por sua vez, avançou 14,6%, enquanto o gás de botijão subiu 21,6%. Em comum, eles têm o fato de serem mais demandados pela baixa renda e de terem preços regulados pelo governo.
Além disso, os alimentos subiram 13% em 2015, uma despesa adicional considerável diante do peso no orçamento dos mais pobres: 32%. Na média dos brasileiros, o gasto com alimentação representa 25% do total. "Qualquer aumento nos alimentos acaba pesando mais no bolso da baixa renda", afirma o economista André Braz, pesquisador da FGV.
O problema é que essas famílias não terão trégua em 2016, nem depois do sufoco vivido em 2015. Neste ano, a baixa renda deve ser novamente a mais penalizada pela alta de preços, avalia Braz. "As fontes de pressão, apesar de menores que em 2015, continuam sendo administrados e alimentação, que consomem grande parte do orçamento dessas famílias", explica.
Uma prova disso veio já no início deste ano. Pelo menos quatro cidades (São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Belo Horizonte) já anunciaram ou colocaram em prática reajustes em tarifas de ônibus urbano. A maior preocupação dos economistas é com o impacto social de se ter a inflação pressionando justamente uma classe de famílias já vulneráveis. "Esse era o grande problema dos anos 1980 e ele volta agora. A inflação acelera o processo de desigualdade de renda. Então, o ajuste sem dúvida é mais penoso para essas pessoas. Com o crescente desemprego, o indicador de desconforto social pode ser explosivo", afirma o economista Thiago Biscuola, da RC Consultores.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO