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Aviação

- Publicada em 27 de Janeiro de 2016 às 22:03

Para baratear passagens, Anac quer reduzir direitos

 Brasília - Sem tumulto nem confusão, o aeroporto de Brasília registra um dia tranquilo, depois do Natal com filas pequenas e atendimentos ágeis  Foto Elza Fiúza  ABr

Brasília - Sem tumulto nem confusão, o aeroporto de Brasília registra um dia tranquilo, depois do Natal com filas pequenas e atendimentos ágeis Foto Elza Fiúza ABr


ELZA FIÚZA/ABR/JC
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) quer abrir, neste mês, consulta pública para que a população opine sobre a redução de alguns direitos dos passageiros para tentar reduzir o custo das passagens aéreas.
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) quer abrir, neste mês, consulta pública para que a população opine sobre a redução de alguns direitos dos passageiros para tentar reduzir o custo das passagens aéreas.
Um dos objetivos seria diminuir ou acabar com a franquia de bagagem, que hoje é de 23 quilos para voos nacionais e de até 32 quilos para internacionais. Também seriam criados sistemas como os do exterior, de empresas com modelo de baixo custo, que só permitem embarque com mochilas ou pequenas bagagens de mão.
A afirmação foi feita pelo presidente da Anac, Marcelo Guaranys. "Nós vemos que, em outros países, a flexibilidade de bagagem muitas vezes gera, de fato, redução do preço da passagem", comentou. Ele informou que outra proposta a ser discutida é o tipo de assistência que as empresas são obrigadas a oferecer aos passageiros. As obrigações impostas às empresas, lembrou, também têm impacto no preço da passagem.
Por exemplo, no Brasil, as empresas são obrigadas a dar alimentação e hospedagem para os passageiros mesmo em caso de cancelamento de voos por motivos alheios à sua gestão, como mau tempo. Guaranys citou como exemplo fechamento dos aeroportos pela nevasca nos Estados Unidos para dizer que "lá fora as empresas aéreas não precisam pagar assistência para estes casos". De acordo com Guaranys, "é importante reduzir os custos das passagens aéreas" para garantir que a população possa continuar voando. "Neste momento, a gente tem de verificar o que é possível fazer para reduzir custo desnecessário para a empresa e entendemos que existem determinados custos que podem ser aliviados", justificou.
A atual conjuntura brasileira, que tem, ao mesmo tempo, recessão e desvalorização cambial, é desfavorável para a aviação. De um lado, as empresas aéreas nacionais sentem um choque de custos, já que 60% das despesas são dolarizadas, como querosene de aviação e leasing de aviões. A reação natural no mercado seria repassar os custos para o preço das passagens, mas, em tempos de recessão, a demanda por voos esfria, e a alta de preços é inviável. Sem conseguir encher os aviões, as companhias partiram para as promoções e cortaram preços. Só a Gol reduziu em 9,3% o preço cobrado por quilômetro voado nos nove primeiros meses de 2015, na comparação com o mesmo período de 2014.
As empresas têm pressionado o governo a desonerar o setor, com redução de obrigações legais e unificação da alíquota de ICMS sobre o combustível de aviação, que hoje varia de 12% a 25% nos diferentes estados. "Se a cobrança for unificada em 12% isso pode gerar redução de até 10% no custo da passagem. O preço pode cair em até 10%", comentou. Guaranys disse que não há uma previsão ainda de quanto a redução da assistência ao passageiro poderia ter impacto no preço da passagem. Mas destacou que "a ideia não é acabar com assistência em hipótese alguma".

BB reduz mínimo para transferência de pontos para Smiles

A Smiles e o Banco do Brasil chegaram a um acordo para reduzir o piso das transferências do "Ponto pra Você", programa de relacionamento do banco para clientes Ourocard, para milhas Smiles. Em nota, a empresa de programa de fidelidade controlada pela Gol informa que o volume mínimo, anteriormente fixado em 10 mil pontos, será agora de 5 mil pontos. Segundo a assessoria da Smiles, a mudança se estenderá por um período inicial de seis meses. No passado, o Banco do Brasil já adotou o piso de 5 mil pontos durante períodos promocionais.
Este é o segundo acordo fechado pela companhia com instituições financeiras em 2016. No início do mês, o Itaú adotou a paridade na conversão de pontos entre o "Itaú Sempre Presente" e a Smiles, isto é, um ponto do programa do banco corresponderá, agora, a uma milha. O acordo anterior previa que cada 1,25 ponto poderia ser convertido em uma milha.
As alterações na relação com os bancos colocam a Smiles em uma posição de vantagem competitiva em relação aos outros programas de fidelidade. O Itaú, por exemplo, não fixou a mesma paridade em relação à Multiplus, que continua com a taxa de 1,25 ponto Itaucard para um ponto do programa de fidelidade. Situação semelhante será verificada no Banco do Brasil, uma vez que a redução ocorreu apenas para a Smiles - o mínimo de transferência do programa "Ponto pra Você" para a Multiplus continua em 10 mil pontos.