A França não vai exigir devolução das isenções de impostos por baixas emissões da Renault após testes mostrarem que as emissões de alguns de seus carros excedem os limites, disse a ministra da Energia, Segolene Royal, ao jornal Le Parisien. "Isto não está sendo considerado no momento. Para isso, teremos que estudar em quanto exatamente os limites foram excedidos", disse Segolene.
Para ela, as emissões de cerca de 80 modelos de 11 montadoras, incluindo a Renault, ainda têm que ser testadas. "Sem esperar pelos resultados dos testes, a Renault deve agir agora para ter certeza que seus motores respeitam os limites de emissões", disse.
Investigadores teriam confiscado computadores em quatro prédios da companhia, incluindo a sede, localizada em Boulogne-Billancourt. Fiscais do escritório de fraude do Ministério da Economia francês estiveram nos locais que realizam testes padrões e emitem certificações, de acordo com informações de uma pessoa ligada ao sindicato da Renault.
A fiscalização sobre as montadoras se intensificou a partir de setembro de 2015, quando veio à tona que a Volkswagen teria utilizado dispositivo para fraudar os resultados dos controles de dados de emissões em milhões de veículos em todo o mundo, em várias marcas de seus automóveis, entre 2009 e 2015. A Renault disse que as investigações até agora não mostraram "evidência de utilização de um dispositivo fraudulento equipado em veículos da Renault".