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- Publicada em 13 de Janeiro de 2016 às 22:20

Em crise, montadoras preparam novos lay-offs

 SÃO BERNARDO DO CAMPO, SP, 11.06.2015 - PROTESTO-SP - TRABALHADORES DA MERCEDES BENS QUE ESTãO EM REGIME DE LAY-OFF" (SUSPENÇÃO NO CONTRATO DE TRABALHO), PERMANECEM ACAMPADOS EM FRENTE DA FÁBRICA EM SÃO BERNARDO DO CAMPO NA MANHà DESTA QUINTA-FEIRA, (11). A MOBILIZAÇÃO COMEÇOU NA ÚLTIMA SEGUNDA-FEIRA (8), NA TENTATIVA DE REVERTER CERCA DE 500 DEMISSÕES ANUNCIADAS PELA MONTADORA EM MAIO. DESDE ENTÃO, OS METALÚRGICOS ORGANIZADO MOVIMENTOS COMO PARADAS EM SETORES DA PRODUÇÃO, MANIFESTAçõES E, AGORA, O ACAMPAMENTO. (FOTO: RENATO MENDES/BRAZIL PHOTO PRESS/FOLHAPRESS)

SÃO BERNARDO DO CAMPO, SP, 11.06.2015 - PROTESTO-SP - TRABALHADORES DA MERCEDES BENS QUE ESTãO EM REGIME DE LAY-OFF" (SUSPENÇÃO NO CONTRATO DE TRABALHO), PERMANECEM ACAMPADOS EM FRENTE DA FÁBRICA EM SÃO BERNARDO DO CAMPO NA MANHà DESTA QUINTA-FEIRA, (11). A MOBILIZAÇÃO COMEÇOU NA ÚLTIMA SEGUNDA-FEIRA (8), NA TENTATIVA DE REVERTER CERCA DE 500 DEMISSÕES ANUNCIADAS PELA MONTADORA EM MAIO. DESDE ENTÃO, OS METALÚRGICOS ORGANIZADO MOVIMENTOS COMO PARADAS EM SETORES DA PRODUÇÃO, MANIFESTAçõES E, AGORA, O ACAMPAMENTO. (FOTO: RENATO MENDES/BRAZIL PHOTO PRESS/FOLHAPRESS)


RENATO MENDES/BRAZIL PHOTO PRESS/FOLHAPRESS/JC
Após registrar queda de 26,6% nas vendas em 2015, a indústria automobilística brasileira inicia janeiro com novas medidas de corte de produção. Sem perspectiva de melhora no mercado, várias montadoras anunciam extensão de lay-off (suspensão temporária de contratos de trabalho), semana reduzida e programas de demissão voluntária (PDV).
Após registrar queda de 26,6% nas vendas em 2015, a indústria automobilística brasileira inicia janeiro com novas medidas de corte de produção. Sem perspectiva de melhora no mercado, várias montadoras anunciam extensão de lay-off (suspensão temporária de contratos de trabalho), semana reduzida e programas de demissão voluntária (PDV).
Na maioria das empresas, os funcionários ainda continuam em férias coletivas, e a retomada da produção está ocorrendo somente a partir desta semana. Na fábrica da Volkswagen em São Bernardo do Campo (SP), o retorno ocorreu na terça-feira, mas cerca de 1,7 mil trabalhadores entrarão em lay-off até maio.
Eles vão substituir parte dos 2,3 mil operários que retomarão suas funções após cinco meses de contratos suspensos. Na unidade da General Motors de São Caetano do Sul (SP), um grupo de 750 funcionários que deveria voltar ao trabalho nesta semana teve o lay-off prorrogado até março.
Na filial de Camaçari (BA), a Ford abriu, na segunda-feira da semana passada, um PDV direcionado especialmente aos cerca de 2 mil trabalhadores do terceiro turno, que será suspenso a partir de março. Já os operários da Caoa/Hyundai em Anápolis (GO) retomaram atividades na segunda-feira passada, após um mês de férias coletivas, mas só vão trabalhar quatro dias por semana. Não haverá expediente às sextas-feiras durante todo o mês de janeiro.
Em 2015, com exceção de Honda, Hyundai, Toyota e das recém-inauguradas BMW e Jeep (do grupo Fiat), as demais montadoras, principalmente as de maior porte, adotaram medidas de corte de produção durante o ano todo. O setor opera com metade de sua capacidade produtiva instalada, que beira os 5 milhões de veículos ao ano.
Até novembro, as montadoras demitiram 13,3 mil funcionários e novos cortes são esperados. Há exceções. A Jeep vai contratar, neste mês, 160 trabalhadores para a fábrica inaugurada no ano passado em Goiana (PE), que produz o utilitário-esportivo Renegade. A Nissan também anunciou que abrirá, ao longo do ano, 600 postos na unidade de Resende (RJ) para iniciar a produção do utilitário Kicks.
As montadoras venderam, no ano passado, 2,56 milhões de veículos, o mais baixo volume anual desde 2007, quando foram vendidas 2,46 milhões de unidades. O resultado é 26,6% inferior ao de 2014 - a maior queda percentual em 28 anos - e marca o terceiro ano seguido de retração no setor, que até 2013 vinha de nove anos seguidos de crescimento.
Por segmento, as vendas de automóveis e comerciais leves em relação a 2014 caíram 25,6% (para 2,48 milhões de unidades), enquanto as de caminhões despencaram 47,4% (72 mil unidades) e as de ônibus, 38,3% (16,9 mil unidades).
Só em dezembro, foram vendidos 227,8 mil veículos, 38,4% a menos que em igual mês de 2014, embora 16,7% melhor que novembro. Foi o pior resultado para meses de dezembro desde 2008. A alta verificada em relação ao mês anterior, na visão de Paulo Roberto Garbossa, da consultoria ADK, se deve a uma possível antecipação de compras para escapar dos reajustes de preços que devem ocorrer neste mês.
Na opinião de Garbossa, as vendas devem cair novamente entre 5% a 7% neste ano. "Enquanto não forem definidas medidas, como o ajuste fiscal, o mercado continuará parado, pois ninguém sabe o que fazer."
A Fiat encerrou 2015 como líder de vendas no mercado brasileiro pelo 15º ano, com 439,2 mil unidades. Contudo, o modelo de maior saída da marca, o Palio, caiu para o segundo lugar no ranking dos modelos mais vendidos, apenas um ano depois de ter desbancado o Volkswagen Gol, que ocupou o posto por 27 anos. No ano que terminou, o líder foi o Chevrolet Onix, com 125,9 mil unidades vendidas no País.
Entre as fabricantes, só a Honda registrou aumento de vendas em 2015, de 11,2% ante 2014. Volkswagen e Fiat caíram 37,6% e 37%, respectivamente, enquanto a GM caiu 32,9% e a Ford, 17,7%. A maior queda foi a da Citroën, de 41,4%. A queda é contínua desde 2012, quando 3,8 milhões de veículos nacionais e importados foram licenciados. As vendas caíram para 3,7 milhões de unidades em 2013, para quase 3,5 milhões em 2014 e não chegaram a 2,57 milhões no ano passado. Em três anos, o recuo é de 32,4%.

Uber busca oito executivos para o Brasil

 Encontro do diretor nacional do Uber com Prefeito de Porto Alegre e diretor da EPTC    na foto: Guilherme Telles (UBER)

Encontro do diretor nacional do Uber com Prefeito de Porto Alegre e diretor da EPTC na foto: Guilherme Telles (UBER)


JONATHAN HECKLER/JC
O Uber está de olho em novos talentos no Brasil. A empresa anunciou, na semana passada, em e-mail enviado aos usuários do aplicativo, a abertura de oito vagas para cargos de gerência e no departamento jurídico. No total, a empresa norte-americana oferece cinco vagas de gerente-geral - para o estado de São Paulo, regiões Nordeste e Sul, além das cidades de Recife (PE) e Porto Alegre (RS) -, uma vaga de gerente de operações para São Paulo e duas para advogados.
"No Uber, a disrupção está no nosso DNA. Nosso time é fenomenal, porque cada um se sente responsável por essa revolução", escreveu o diretor-geral do Uber no Brasil, Gui Telles.
As posições de gerente-geral anunciadas pela empresa são para locais onde o serviço de carona paga é considerado "ilegal" pelas autoridades públicas.
O reforço no departamento jurídico deve ajudar a empresa a enfrentar os desafios para operar no País. Na última semana, o Uber foi notificado pela Secretaria Nacional de Defesa do Consumidor (Senacon), órgão do governo federal, para explicar a polêmica em torno da tarifa dinâmica cobrada pelo serviço durante as festas de Réveillon.
No Brasil, de acordo com o Uber, o número de usuários do serviço chega a 700 mil pessoas, e mais de 7 mil motoristas compõem a frota do aplicativo.