Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Montadoras

- Publicada em 07 de Janeiro de 2016 às 21:23

Nissan vai investir R$ 750 mi em SUV no Brasil

 Chairman, president and CEO of Nissan Motor Co., Ltd., Carlos Ghosn, speaks during a press conference at the company headquarters in downtown Rio de Janeiro, Brazil on January 4, 2016. Ghosn said that despite the economic crisis that faces the government of President Dilma Rousseff, Nissan will maintain its investments in 2016. AFP PHOTO/VANDERLEI ALMEIDA  	Comentário:

Chairman, president and CEO of Nissan Motor Co., Ltd., Carlos Ghosn, speaks during a press conference at the company headquarters in downtown Rio de Janeiro, Brazil on January 4, 2016. Ghosn said that despite the economic crisis that faces the government of President Dilma Rousseff, Nissan will maintain its investments in 2016. AFP PHOTO/VANDERLEI ALMEIDA Comentário:


VANDERLEI ALMEIDA/AFP/JC
Apesar das perspectivas pouco animadoras para o mercado automotivo nacional neste ano e das dúvidas de seu principal executivo sobre uma recuperação em 2017, a Nissan anunciou, na semana passada, um plano de investimento de R$ 750 milhões até 2018 para avançar no segmento de utilitários esportivos (SUVs, na sigla em inglês) - um dos poucos que cresceram em meio à recessão.
Apesar das perspectivas pouco animadoras para o mercado automotivo nacional neste ano e das dúvidas de seu principal executivo sobre uma recuperação em 2017, a Nissan anunciou, na semana passada, um plano de investimento de R$ 750 milhões até 2018 para avançar no segmento de utilitários esportivos (SUVs, na sigla em inglês) - um dos poucos que cresceram em meio à recessão.
O projeto é lançar, ainda neste ano, o Nissan Kicks, que será produzido na fábrica de Resende (RJ), no lado fluminense do Vale do Paraíba. O novo plano de investimento representa uma redução em relação aos R$ 2,6 bilhões de 2011 a 2015, que incluíam a construção da fábrica, inaugurada em 2014. Com o novo veículo, a montadora japonesa prevê adicionar 600 empregos à atual equipe de 1,5 mil funcionários.
O anúncio pode parecer um contrassenso diante do cenário atual do mercado automobilístico brasileiro. No ano passado, até novembro, a produção nacional amargava queda de 22,3% em relação a igual período de 2014, segundo dados da Anfavea, entidade que representa os fabricantes. Na mesma comparação, as vendas tombaram 25,2%. Nas projeções da consultoria Tendências, haverá nova queda, de 17%, nas vendas em 2016 e ligeira alta (de 1,3%) em 2017.
Segundo o presidente mundial da Renault Nissan, o brasileiro Carlos Ghosn, a Anfavea estima nova queda na produção em 2016, de 5%, mas o próprio executivo duvida que seja só isso. "Eu, pessoalmente, acho um pouco otimista. Se o mercado contrair 5%, seria uma boa notícia", afirmou Ghosn. A entidade que representa as montadoras informou, depois, que espera, para este ano, nova queda de 7,5% nas vendas.
"Seria uma enorme surpresa se o mercado voltasse a crescer em 2016 ou mesmo em 2017", completou o executivo. Segundo o presidente da Nissan, o investimento da montadora não é um contrassenso, porque a crise passou longe do segmento de utilitários esportivos e do que o mercado chama de "crossovers compactos".
São carros de passeio espaçosos, com porta-malas grandes, que podem ser usados tanto na cidade quanto em estradas de terra, pois costumam apresentar versões com tração nas quatro rodas. "É um segmento dinâmico no Brasil e na América Latina. Mesmo com as condições desafiadoras de hoje, o segmento cresceu 20% no mercado brasileiro em 2015 em comparação com 2014. Brasileiros gostam de carros versáteis, com alta qualidade", afirmou Carlos Ghosn.
Antes dominado pelo Ford EcoSport, o segmento ganhou concorrência do Honda HR-V, do Peugeot 2008 e do Jeep Renegade, primeiro veículo produzido na nova fábrica da Fiat Chrysler em Pernambuco, que se tornou sucesso de vendas.
Para este ano, além do Nissan Kicks, o mercado brasileiro está aguardando os lançamentos da picape média Fiat Toro e do Renault Captur. Em julho do ano passado, a chinesa Chery anunciou investimento de R$ 400 milhões para a produção do SUV Tiggo 5.
O Kicks da Nissan já havia sido apresentado como um carro-conceito em salões de automóveis em São Paulo e Buenos Aires. Na semana passada, Ghosn explicou que a companhia japonesa estudou o mercado brasileiro e que o projeto é tornar o modelo um carro global, começando pelo Brasil e por outros mercados da América Latina.
Segundo o economista Rodrigo Baggi, da consultoria Tendências, as categorias de veículos de mais alto padrão, como os SUVs e os automóveis de luxo, ficaram "blindadas" durante a recessão. Para Baggi, o consumidor de renda mais elevada é menos suscetível aos efeitos da piora do mercado de trabalho e deterioração das condições de crédito. Enquanto as vendas de carros populares recuaram 25% até novembro do ano passado, na categoria de SUVs houve uma alta de 4%, conforme a Fenabrave, entidade que reúne revendedores de veículos. "Faz sentido as empresas direcionarem investimentos para as categorias que tenham um crescimento mais forte", afirmou Baggi.

Carro inteligente domina feira eletrônica

 Descrição:         LAS VEGAS, NV - JANUARY 05: Ford Motor Co. Group Executive Vice President, Product Development, and Chief Technical Officer Raj Nair (L) and President and CEO of Ford Motor Co. Mark Fields speak during a press event for CES 2016 at the Mandalay Bay Convention Center on January 5, 2016 in Las Vegas, Nevada. CES, the world's largest annual consumer technology trade show, runs from January 6-9 and is expected to feature 3,600 exhibitors showing off their latest products and services to more than 150,000 attendees.   Ethan Miller/Getty Images/AFP

Descrição: LAS VEGAS, NV - JANUARY 05: Ford Motor Co. Group Executive Vice President, Product Development, and Chief Technical Officer Raj Nair (L) and President and CEO of Ford Motor Co. Mark Fields speak during a press event for CES 2016 at the Mandalay Bay Convention Center on January 5, 2016 in Las Vegas, Nevada. CES, the world's largest annual consumer technology trade show, runs from January 6-9 and is expected to feature 3,600 exhibitors showing off their latest products and services to more than 150,000 attendees. Ethan Miller/Getty Images/AFP


ETHAN MILLER/AFP/JC
A montadora Ford e a gigante da internet Amazon anunciaram, na semana passada, uma parceria para permitir que as pessoas possam controlar, a partir de um carro, os recursos da casa e vice-versa. Utilizando a Amazon Echo, caixa de som que recebe comandos de voz lançada pela Amazon em 2014, será possível dar partida e checar a bateria de carros elétricos estacionados na garagem de casa. Do automóvel, será possível ligar luzes e televisores, assim como abrir a porta da garagem. A parceria foi anunciada na semana passada, na véspera da abertura da CES (Consumer Eletronics Show, na sigla em inglês), feira que acontece em Las Vegas e que é uma das mais importantes do mundo no mercado de tecnologia.
O evento, que abriu para o público na quarta-feira, dia 6, em Las Vegas, deve ter como destaque a indústria automobilística e de transportes, com seus carros elétricos, tecnologias de direção autônoma e integração com a casa. Companhias como Kia, Toyota, General Motors e Volkswagen também estão presentes no evento.
A BMW informou, por exemplo, que está trabalhando em aplicativos para permitir que os motoristas ajustem os termostatos de seus lares na temperatura ideal para o momento de eles chegarem. No carro-conceito iVision, a companhia mostrou um sistema em que seria possível acionar comandos do painel usando apenas gestos, sem precisar tocá-lo.
"Eu prevejo que 2016 vai ser um ano revolucionário para a indústria automobilística e de transporte", disse o diretor executivo da Ford, Mark Fields, na abertura de sua apresentação. Apostar na internet das coisas, com objetos conectados à rede, é uma das estratégias da montadora para expandir os negócios nas próximas décadas.
A ideia, de acordo com Fields, é que a empresa se transforme, por meio da tecnologia, em uma companhia automobilística e de mobilidade, incentivando o uso compartilhado de automóveis e a integração de diversas modalidades de transporte urbano. Além disso, a Ford quer aumentar a participação no setor de transportes, que inclui táxis, ônibus e outras modalidades urbanas. Segundo Fields, o setor automobilístico global vale atualmente US$ 2,4 trilhões, dos quais a Ford participa com 6%. A indústria de mobilidade vale, segundo o executivo, US$ 5,4 trilhões.
Há também na CES novidades na área de direção autônoma, que tem atraído empresas de diversas indústrias, como a gigante Google e a Nvidia, mais conhecida como fabricante de placas de vídeo para profissionais e gamers hardcore - a companhia anunciou a criação de um supercomputador para carros com poder de processamento de 150 MacBooks.
O sistema, que será testado pela Volvo, poderá ver as imagens, ler os sinais de trânsito, identificar pedestres e processar essas informações. A ideia é que o veículo autônomo seja mais capaz de decidir como lidar com as situações que enfrentar no trânsito.