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Opinião

- Publicada em 22 de Janeiro de 2016 às 16:59

Antecipação de recebíveis torna-se alternativa para escassez de crédito

 Bruno Maggi é diretor financeiro da INTOO - divulgação INTOO

Bruno Maggi é diretor financeiro da INTOO - divulgação INTOO


INTOO/DIVULGAÇÃO/JC
Apesar de ser uma operação estratégica para empresas obterem capital de curto prazo, a antecipação de recebíveis ainda é vista com maus olhos por gestores financeiros. É um instrumento que possibilita a antecipação do recebimento de duplicatas e cheques pré-datados. Possui taxas muito inferiores às do cartão de crédito e do cheque especial, que têm juros de 41% a 216,7% ao ano, respectivamente, segundo dados do Banco Central. Também possibilita que os recursos estejam disponíveis em poucos dias. Ainda assim, é preterido por conta do estigma de que antecipar receitas e arcar com os custos de taxas de desconto é deixar de lucrar.
Apesar de ser uma operação estratégica para empresas obterem capital de curto prazo, a antecipação de recebíveis ainda é vista com maus olhos por gestores financeiros. É um instrumento que possibilita a antecipação do recebimento de duplicatas e cheques pré-datados. Possui taxas muito inferiores às do cartão de crédito e do cheque especial, que têm juros de 41% a 216,7% ao ano, respectivamente, segundo dados do Banco Central. Também possibilita que os recursos estejam disponíveis em poucos dias. Ainda assim, é preterido por conta do estigma de que antecipar receitas e arcar com os custos de taxas de desconto é deixar de lucrar.
Muitos gestores preferem entrar empréstimos ou financiamentos e arcam com juros altos e risco de uma possível inadimplência. Já no factoring, são usados os recursos da empresa. Para isso, paga-se uma taxa para antecipar o recebimento do título, sem que se contraia dívida ou se exponha o relacionamento com instituições financeiras.
A rapidez da operação possibilita otimizar recursos, diminuir o percentual de endividamento e até obter vantagens significativas na negociação com fornecedores, por meio da antecipação de pagamentos que, de modo geral, resultam em descontos que chegam a 10%. Ao pagar taxas que variam de 1,7% a 5%, a empresa ganha na diferença, o que possibilita manter as contas em dias e o fluxo de caixa saudável.
A antecipação também reduz a exposição à inadimplência de clientes. Ao antecipar um recebível, as instituições financeiras contraem esse risco antes que as duplicatas ou cheques sejam descontados.
O uso factoring também requer cuidados. As taxas são mais atrativas do que as praticadas em instrumentos tradicionais de crédito, mas diferem significativamente no mercado. Um levantamento realizado pela Intoo com base em dados do Banco Central mostrou que as despesas variam até 3.600% de acordo com a instituição financeira.
É preciso também saber quanto e quando antecipar. Deve-se ter uma projeção clara dos fluxos de caixa. Muitas empresas ignoraram isso, seduzidas pelas taxas da antecipação de recebíveis. O fim que tiveram gerou parte o preconceito atual. Mas, quando usado de forma planejada, o factoring é uma alternativa vantajosa para se obter fundos sem comprometer o caixa no longo prazo e sem aumentar o endividamento.

As vantagens de investir em imóveis

Investir em imóveis representa segurança e estabilidade. Independentemente da situação econômica, é uma excelente opção, pois é um bem material durável, com retorno em médio prazo. Além disso, de acordo com o local e tipo de imóvel, tem uma valorização superior aos demais ativos de mercado. Atualmente, é possível adquirir imóveis a um preço acessível e com uma taxa atrativa, com linhas de financiamento de até 80% do valor da obra. Inclusive, agora é um excelente momento para investir em imóveis.
Para 2016, os valores estarão mais elevados, pois haverá o repasse do aumento da matéria-prima utilizada numa obra, como tijolos, cimento, porcelanas, tintas, entre outras. Os imóveis novos ou que estão sendo finalizados ainda não sofreram esse reajuste, já que as construtoras adquiriram a matéria-prima antes da disparada dos juros e do aumento do dólar.
Com certeza, adquirir um imóvel na planta, seja para morar, vender ou locar, conta com muitas vantagens. Pode ser parcelado durante o tempo da construção, os valores das parcelas são alterados com base no Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), e é padrão a construtora oferecer um desconto caso o pagamento seja adiantado. Aqui, o ideal é saber de outras obras realizadas pela empresa, investigar a seriedade dela no mercado.
Veja algumas vantagens e dicas na hora de comprar ou investir em imóveis: é um investimento seguro com valorização superior aos demais ativos de mercado; no caso de locação, além da rentabilidade, há valorização do imóvel. Preste atenção na parte documental, leia sempre com atenção os contratos. Assegure que a empresa que está edificando ou edificou a obra tem boas referências e solidez no mercado. Dependendo do caso, se informe junto aos agentes financeiros sobre a situação da mesma. Visite outras obras entregues pela construtora que você vai negociar. Verifique toda a documentação da obra, liberações, incorporações. Leve em conta características do empreendimento, como portaria, garagem, aquecimento de água. E lembre: a aquisição do imóvel na planta é sempre mais rentável.

A complexa relação entre empresa e consultoria

Ao longo de 35 anos de atuação profissional, tenho acompanhado e assistido a muitos fatos e histórias, e até hoje fico sem entender o comportamento de alguns gestores. Além de enfrentarem dificuldades, às vezes naturais por falta de experiência, relutam às soluções que a consultoria empresarial leva até ele.
Inicialmente, cabe destacar que um grande universo de organizações sofre de carência de recursos para tocar a gestão dos seus negócios. Segundo, tenho constantemente assistido à relutância do empresário, de maneira geral, em reconhecer que tem deficiência de recursos humanos e conhecimento profissional para tocar sua empresa, que, na maioria das vezes, o empresário prefere não relevar esse assunto e segue com o seu negócio ao estilo "vamos tocar com o material que temos".
Outras vezes, tenho também assistido à divisão de dedicação que alguns empresários empregam em sua gestão, isto é, além de gestores da empresa, eles têm outras atividades, o que propõe a eles o desafio de se desdobrar em dois ou, às vezes, em até mais pessoas. Só que, muitas vezes, eles minimizam a consequência desse fato na vida e, portanto, na saúde da empresa. Em função disso e também devido ao enorme desafio a que as empresas estão hoje submetidas em muitas ocasiões, tanto a organização quanto o gestor recorrem ao auxilio de consultorias.
Quando chega a consultoria na empresa, inicia-se o processo de implantação de um plano de melhoria com o propósito de elevar o padrão e os cuidados com a gestão da mesma. Essa consultoria traz consigo uma exigência maior tanto por parte do empresário quanto da equipe interna, e logo percebo a dificuldade em levar adiante alguns projetos de melhorias e desenvolvimento.
O comportamento decorre dessa exigência maior, que coloca em xeque o estilo que muitos empresários adotam, isto é, a dedicação "parcial" à empresa, ou simplesmente a dificuldadede aceitar outros paradigmas.
Outro aspecto relevante é que, em um bom número de casos, as empresas costumam caracterizar o investimento com a consultoria como sendo muito elevado e, por isso, em algumas situações, abrem mão desse apoio profissional.
Mesmo que esse reforço de melhorias e evolução da gestão seja sempre evidenciado com os resultados, alguns empresários tendem a não considerar os aspectos positivos. Preferem ter a visão do curto prazo, esquecendo que uma empresa jamais terá sucesso se não trabalhar com uma visão de médio e longo prazo.
Se não adotar essa postura, sem dúvida, o tempo cobrará o preço da falta de preparo e adequação da empresa para fazer frente ao rigoroso ambiente empresarial competitivo de hoje. Além do que esquecem ainda que uma organização bem-preparada representa sempre uma oportunidade de atração de investidores nacionais ou estrangeiros. Portanto, a carência de recursos e a relutância podem deixar passar belas oportunidades de negócios. Preferem, assim, concentrar esforços no curto prazo e em um ambiente que não gere desafios e exigências além de seu comodismo.