Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Empresas & Negócios

- Publicada em 08 de Janeiro de 2016 às 18:06

Telefônica Vivo quer impulsionar negócios

 Entrevista com o diretor regional da Vivo    na foto: Jackson Rodrigues

Entrevista com o diretor regional da Vivo na foto: Jackson Rodrigues


ANTONIO PAZ/JC
Patricia Knebel
Em junho de 2014, Jackson Rodrigues assumiu o que considera o maior desafio da sua vida profissional até hoje: a direção da Telefônica Vivo da regional Sul, responsável pelas operações no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná na empresa líder de telefonia do Brasil. A sua história na companhia começou há 15 anos, quando trabalhou na construção da carteira de clientes no Interior do Rio Grande do Sul. Depois, ele ficou um tempo na unidade de Porto Alegre e logo teve a oportunidade de liderar as operações da Vivo no Espírito Santo e Paraná. Rodrigues é formado em Administração de Empresas e tem especialização em Finanças, Recursos Humanos e Estratégica de Negócio. Gaúcho, sempre fez questão de levar a tradição do 20 de setembro para todas as cidades em que trabalhou. Na semana em que se comemora a Revolução Farroupilha, faz questão de andar pilchado e promover almoços e jantares típicos gaúchos. Aliás, a gastronomia está presente no dia a dia do executivo, que já fez diversos cursos e adora cozinhar para amigos e funcionários. "A culinária é uma forma de aproximar as pessoas que, junto com o conhecimento, são o ativo mais importante de uma empresa", comenta.
Em junho de 2014, Jackson Rodrigues assumiu o que considera o maior desafio da sua vida profissional até hoje: a direção da Telefônica Vivo da regional Sul, responsável pelas operações no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná na empresa líder de telefonia do Brasil. A sua história na companhia começou há 15 anos, quando trabalhou na construção da carteira de clientes no Interior do Rio Grande do Sul. Depois, ele ficou um tempo na unidade de Porto Alegre e logo teve a oportunidade de liderar as operações da Vivo no Espírito Santo e Paraná. Rodrigues é formado em Administração de Empresas e tem especialização em Finanças, Recursos Humanos e Estratégica de Negócio. Gaúcho, sempre fez questão de levar a tradição do 20 de setembro para todas as cidades em que trabalhou. Na semana em que se comemora a Revolução Farroupilha, faz questão de andar pilchado e promover almoços e jantares típicos gaúchos. Aliás, a gastronomia está presente no dia a dia do executivo, que já fez diversos cursos e adora cozinhar para amigos e funcionários. "A culinária é uma forma de aproximar as pessoas que, junto com o conhecimento, são o ativo mais importante de uma empresa", comenta.
JC Empresas & Negócios - A continuidade da crise no Brasil pode comprometer os investimentos em um setor cada vez mais estratégico, como a telefonia?
Jackson Rodrigues - O País teve um 2015 duríssimo. As questões institucionais e políticas estiveram muito presentes e, diante de cenários como esse, as pessoas e empresas freiam os investimentos. Mas, nós entendemos que nesse momento tem que continuar avançando e, por isso, seguimos investindo. São R$ 25 bilhões de investimentos nos período de 2015 a 2017, 30% a mais do que vinha sendo feito pela companhia. Já somos líder de mercado, temos a maior cobertura e, mesmo assim, em cenário adverso, estamos destinando cerca de R$ 8,4 bilhões por ano na nossa operação. No terceiro trimestre de 2015, o crescimento da nossa receita operacional líquida foi de 5,2% e, no Rio Grande do Sul, os índices foram até superiores (10%). Em 2016, o setor de telefonia e a nossa empresa devem seguir crescendo.
Empresas & Negócios - Como explicar que empresas como a Vivo continuem crescendo mesmo em um cenário tão adverso?
Rodrigues - Nascemos como uma operadora de telefonia e hoje somos impulsionadores da economia. As empresas se comunicam, fazem negócios e inovam a partir do nosso ambiente tecnológico. Então, esse setor se tornou imprescindível. Como a Vivo tem uma posição de liderança em marketshare, naturalmente absorvemos a maior parte dessa devolutiva que o mercado dá. Em momentos de contenção de custos, as corporações até deixam de realizar viagens de negócios, mas continuam fazendo reuniões por videoconferência, utilizando o e-mail e transacionando uma série de informações em sua base de dados. Este, certamente, é um dos fatores importantes que faz esse setor continuar crescendo. O outro é porque seguimos inovando para entender onde esse mercado está indo e, assim, conseguir atender as demandas dos consumidores.
Empresas & Negócios - Quais são os principais anseios dos consumidores pessoa física e corporativos na telefonia móvel?
Rodrigues - As empresas buscam soluções e custos. Querem inovação e que a comunicação seja uma impulsionadora dos negócios, mas dentro de custos aceitáveis. O consumidor pessoa física quer, prioritariamente, rede para poder se conectar em qualquer lugar e com uma velocidade atrativa. Para as operadoras, ofertar serviços que estejam alinhados com estes anseios é cada vez mais importante. Atualmente, 43 milhões dos nossos clientes possuem algum tipo de serviço que vai além dos pacotes de voz e dados. Isso mostra que pessoas querem estudar, pesquisar e navegar no smartphone. Diante disso, precisamos embarcar no aparelho o maior número de serviços possíveis.
Empresas & Negócios - Diante desse cenário, oferecer uma boa infraestrutura de dados acaba sendo decisivo para as operadoras aumentarem as receitas?
Rodrigues - Sim. Hoje em dia, mais de 50% do que se transaciona é dados. É uma tendência sem volta e, por isso, temos nos posicionado como uma telco digital que se pauta em ter inovação, propor experiências confortáveis aos clientes, pacotes com custo benefício satisfatório e investir em rede para suportar essa demanda. Em 2010, o terminal que mais trafegava dados era o iPhone, com 470 MB/mês. Hoje, os
smartphones trafegam em média 1.2 GB. As pessoas passam muito tempo conectadas ao celular falando e, principalmente, trafegando dados.
Empresas & Negócios - Como a Vivo se mantém na liderança do mercado de telefonia brasileiro depois de tantos anos?
Rodrigues - O primeiro ponto é respeitar o desejo do consumidor. Marketshare é consequência de um trabalho. Temos nos posicionado como telco, mas sem uma proposta varejista para ser dona do mercado. Hoje andamos em linha com mercado internacional em termos de lançamentos. Esse posicionamento faz com que as pessoas se mantenham fiéis e, assim, a gente se mantenha como primeira opção.
Empresas & Negócios - Você diria que esse segmento está mais maduro no sentido de não buscar apenas market share e, sim, propostas que possam garantir a sustentabilidade das suas operações?
Rodrigues - Esse sentimento está mais presente hoje do que no passado, mas, muitas vezes, sucumbe quando alguma operadora decida retomar essa estratégica de muita agressividade, que pode ser destrutiva para o setor. O mercado de telecom precisa investir muito em curtos espaços de tempo. Tudo que você faz hoje, em seis ou 12 meses pode não ter tanto efeito. Isso pede uma margem de rentabilidade alta. E como ainda tem WhatsApp, Facebook e Google desenvolvendo novos serviços a cada momento, não conseguimos prever o quanto isso vai demandar a mais de infraestrutura. Diante desse cenário, a nossa estimativa é que precisamos ter uma margem superior a 30% para poder manter capacidade de investimento superior a 20% da receita.
Empresas & Negócios - De que forma a Vivo está tentando melhorar a experiência pós-venda dos seus clientes?
Rodrigues - Essa é uma preocupação nossa e já temos algumas ações importantes sendo feitas. A GVT (empresa que foi adquirida pela Telefônica Vivo) tinha o call center 100% próprio, e incorporamos essa estrutura. Hoje, todo cliente de pós-pago é atendido por funcionários próprios, o que é um grande diferencial. Além disso, demos autonomia para diversos pontos, lojas e revendas atenderem reclamações de clientes e, em alguns casos, até rever valores que estão sendo contestados, sem necessidade de abrir processos. Também estamos investindo muito em TI para ter planos mais enxutos - o que reduz muito a possibilidade de problema. Claro que não é fácil, pois temos um número gigantesco de clientes para gerenciar (são 103,3 milhões entre Telefônica Vivo e GVT), mas, estamos avançando muito e os índices de satisfação dos clientes já refletem isso.
 
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO