O semanário satírico francês Charlie Hebdo lançará, nesta semana, uma edição especial para marcar o primeiro aniversário do atentado a tiros contra sua sede. Na capa, será estampada uma charge de Deus ensanguentado portando um rifle, sob o título: "O assassino ainda está solto".
Em editorial, o novo diretor do semanário, Laurent Sourisseau, conhecido como Riss, faz um apelo ao secularismo e diz que o Charlie Hebdo continuará vivo porque sua equipe "nunca quis tanto quebrar a cara daqueles que sonham com sua morte". Riss é um dos sobreviventes do atentado.
Em 7 de janeiro de 2015, dois radicais invadiram a redação do semanário em Paris e mataram 12 pessoas, incluindo chargistas e outros funcionários. A filial da rede terrorista Al-Qaeda na Península Arábica reivindicou o atentado.
O veículo já havia sido alvo de outras ações após publicar charges polêmicas retratando Maomé, profeta do Islã. A tradição religiosa considera um pecado desenhá-lo. Mais de 1 milhão de cópias da edição especial irão às bancas amanhã.