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Política

- Publicada em 29 de Dezembro de 2015 às 21:55

Herói de Dilma, Brizola vira 'Herói da Pátria'

Leonel Brizola teve papel de destaque na Campanha da Legalidade

Leonel Brizola teve papel de destaque na Campanha da Legalidade


ARQUIVO/JC
Inspirador político da trajetória de Dilma Rousseff (PT), Leonel Brizola foi declarado ontem "Herói da Pátria". A presidente inclusive alterou a lei que rege a homenagem, que só permitia sua concessão 50 anos após a morte do laureado, para inscrever o nome do político no "Livro dos Heróis da Pátria". Agora, a carência caiu para 10 anos.
Inspirador político da trajetória de Dilma Rousseff (PT), Leonel Brizola foi declarado ontem "Herói da Pátria". A presidente inclusive alterou a lei que rege a homenagem, que só permitia sua concessão 50 anos após a morte do laureado, para inscrever o nome do político no "Livro dos Heróis da Pátria". Agora, a carência caiu para 10 anos.
Leonel de Moura Brizola morreu em 2004, aos 82 anos. Ex-governador do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro, Brizola foi um líder histórico do trabalhismo brasileiro e fundou o PDT com a abertura política no fim da ditadura militar, nos anos 1980.
Brizola teve papel histórico determinante na Campanha da Legalidade, que garantiu a posse do então vice-presidente João Goulart (PTB), seu cunhado, em 1961, e exilou-se quando o golpe de 1964 o derrubou. Firmou-se como liderança de esquerda e ficou em terceiro lugar na primeira disputa pós-redemocratização, em 1989.
Brizola teve participação expressiva na luta contra a ditadura militar e, após o golpe de 1964, viveu no exílio no Uruguai, nos Estados Unidos e em Portugal, até voltar ao Brasil com a Lei da Anistia.
Depois disso, entrou em progressivo ostracismo político à sombra do petista Luiz Inácio Lula da Silva, de quem foi candidato a vice-presidente no pleito de 1998.
Dilma fez sua carreira política associada ao PDT só filiou-se ao PT em 2000, entrando para o primeiro governo Lula como ministra das Minas e Energia em 2003. Ideologicamente, sempre foi vista mais como brizolista, defendendo um ideário nacional-desenvolvimentista na área econômica, ou seja, de forte intervenção estatal.
Tanto é assim que sempre que querem criticar a presidente, dirigentes do PT lembram a falta de identificação histórica dela com a sigla. O simbólico Ministério do Trabalho era feudo do PDT, e o neto de Brizola chegou a ser titular da pasta sob Dilma por um breve período no seu primeiro mandato.
Quando Brizola morreu, em 21 de junho de 2004, Dilma era ministra das Minas e Energia. Na ocasião, disse que ele teve um papel de destaque na vida social e política do País, "especialmente no movimento da Legalidade e no processo de redemocratização".
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