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Governo Federal

- Publicada em 28 de Dezembro de 2015 às 23:20

Rui Falcão cobra de Dilma mudanças na economia

Petista publicou texto criticando cortes de investimentos e altos juros

Petista publicou texto criticando cortes de investimentos e altos juros


JOSÉ CRUZ/ABR/JC
O presidente nacional do PT, Rui Falcão, publicou, nesta segunda-feira, um texto intitulado "Uma Nova e Ousada Política Econômica para 2016", no qual diz que "chega de altas de juros e cortes de investimentos" e cobra a adoção de medidas para a retomada do crescimento no ano que vem.
O presidente nacional do PT, Rui Falcão, publicou, nesta segunda-feira, um texto intitulado "Uma Nova e Ousada Política Econômica para 2016", no qual diz que "chega de altas de juros e cortes de investimentos" e cobra a adoção de medidas para a retomada do crescimento no ano que vem.
Com o texto, Falcão se junta ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e movimentos sociais e sindicais como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), Movimento dos Sem Terra (MST), Central de Movimentos Populares (CMP) e Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), que cobram a adoção de medidas concretas para acompanhar a entrada de Nelson Barbosa no Ministério da Fazenda.
No texto divulgado ontem, Falcão fala em retomada da "confiança" diante da "frustração" causada pelo início do segundo governo Dilma.
"Entre o final de 2015 e o início de 2016, o governo da presidente Dilma Rousseff (PT) precisa se concentrar na construção de uma pauta econômica que devolva à população a confiança perdida após a frustração dos primeiros atos de governo", destacou Falcão.
O presidente do PT admitiu que a oposição partidária do quanto pior melhor também contribuiu para agravar os problemas (muitos deles, decorrentes da crise global do capitalismo), insistindo o ano todo com suas tentativas golpistas que desembocaram numa crise política.
Falcão citou que, "agora que o risco do impeachment arrefeceu, mas sem que as ameaças de direita tenham cessado, é hora de apresentar propostas capazes de retomar o crescimento econômico, de garantir o emprego, preservar a renda e os salários, controlar a inflação, investir, assegurar os direitos duramente conquistados pelo povo".
O petista defendeu que chega de altas de juros e de cortes em investimentos. Segundo ele, "nas propostas da Fundação Perseu Abramo e entidades parceiras, nos projetos da nossa bancada, da Frente Brasil Popular, da CUT, do MST, entre outras, há subsídios à vontade para serem analisados e adotados".
Ao tomar posse, na semana passada, o novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, afirmou que manterá os mesmos princípios da política econômica implantada pelo seu antecessor, Joaquim Levy. "Sabemos da competência, habilidade e capacidade de diálogo dos novos ministros Nelson Barbosa e Valdir Simão (Planejamento). Confiamos em que eles deem conta da tarefa, mudando com ousadia a política econômica", cobrou o presidente do PT no texto publicado na internet.

'As condições para sair da crise estão dadas', diz ministro

Um dos principais conselheiros políticos da presidente Dilma Rousseff (PT), o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo (PT), acredita que o governo terá, a partir de agora, condições para deixar para trás a pesada crise que enfrentou durante todo o ano de 2015.
Cardozo reconhece que a votação do Supremo Tribunal Federal (STF), estabelecendo ritos para o processo do impeachment, abriu espaço para que o governo possa se recuperar politicamente. Na sua visão, está cada vez mais claro para a opinião pública que o impedimento foi motivado apenas por um desejo de vingança do presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Para o ministro, as condições para um processo de saída da crise agora estão dadas. "É evidente que, muitas vezes, tanto no plano econômico, quanto no político, é impossível você controlar todas as variáveis. Mas acho que o ciclo da situação política determinando a crise econômica está claramente se interrompendo."
Segundo Cardozo, a realidade política começa a ser pacificada no País. Começa, cada vez mais, a se caracterizar a rejeição a um impeachment. "Ou seja, fica cada vez mais claro que o impeachment não é solução."
Para o petista, a própria oposição hoje se encontra numa situação difícil por insistir num impeachment, que tem pecado original mortal, que é ter sido desencadeado como uma retaliação, a partir de um presidente da Câmara dos Deputados que está sendo investigado (o deputado Eduardo Cunha) e contra o qual paira um pedido de afastamento.
O ministro lembrou que a oposição unificadamente começou a defender o impeachment num momento em que pode ser perverso para ela. Porque é um impeachment sem fato, que se mostra insubsistente.
"Quem defender o quanto pior melhor se colocará muito mal diante dos olhos da sociedade", alertou.