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Política

- Publicada em 27 de Dezembro de 2015 às 20:46

Fernando Baiano e Bumlai ficarão frente a frente na Polícia Federal

O pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Lula, e o lobista Fernando Baiano vão ficar cara a cara em acareação na Polícia Federal. É a primeira vez, desde que o pecuarista foi preso em novembro, que os dois vão se encontrar. Baiano aponta Bumlai como um intermediário do PT ligado ao Planalto no esquema de corrupção da Petrobras. A acareação será no início de janeiro, mas a data é mantida em sigilo.
O pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Lula, e o lobista Fernando Baiano vão ficar cara a cara em acareação na Polícia Federal. É a primeira vez, desde que o pecuarista foi preso em novembro, que os dois vão se encontrar. Baiano aponta Bumlai como um intermediário do PT ligado ao Planalto no esquema de corrupção da Petrobras. A acareação será no início de janeiro, mas a data é mantida em sigilo.
Em delação premiada, Baiano disse que repassou R$ 2 milhões ao pecuarista. Os recursos, segundo o lobista, teriam sido usados para pagar uma dívida imobiliária de um apartamento de uma nora de Lula. Bumlai nega que tenha pago alguma dívida de familiares do ex-presidente. Lula negou qualquer tipo de envolvimento e de seus familiares em transações financeiras com Bumlai e Baiano.
Além da divergência sobre o apartamento, os investigadores também querem saber quem está falando a verdade sobre o papel do ex-ministro Antonio Palocci em uma suposta transação de propina para a campanha da presidente Dilma Rousseff em 2010. Em depoimento à PF, Bumlai negou ter promovido uma aproximação entre Palocci e o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. Baiano diz que foi o pecuarista quem fez a ponte entre os dois.
À PF, o lobista disse que o pecuarista agendou a reunião em que Palocci teria pedido os recursos em troca do apoio do PT à permanência de Costa na diretoria da Petrobras. Bumlai nega ter operacionalizado o encontro. Ele disse que só se encontrou com o ex-ministro em reuniões do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), conselho ligado à Presidência da República, do qual é membro desde o primeiro governo petista.
Os dois serão ouvidos no inquérito que investiga o suposto pagamento de R$ 2 milhões a Palocci para abastecer a campanha presidencial do PT em 2010. O inquérito está em Curitiba desde março, quando o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki, remeteu as investigações para o juiz Sérgio Moro.
As suspeitas sobre Palocci no esquema de corrupção da Petrobras apareceram durante o depoimento, em delação premiada, do ex-diretor Paulo Roberto Costa. Ele afirmou que, em 2010, o doleiro Alberto Youssef intermediou, em nome de Palocci, a propina para a campanha. Os valores viriam da cota do PP no esquema. O doleiro Alberto Youssef negou que tenha intermediado a transação. Em depoimento à CPI da Petrobras, em maio, Youssef disse aos parlamentares que "um outro personagem" iria esclarecer o pagamento. Para PF, esse personagem é Baiano.
Desde o início das investigações, a defesa de Antonio Palocci vemnegando as acusações.
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