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Política

- Publicada em 15 de Dezembro de 2015 às 20:38

Bumlai confessa repasse ao PT de R$ 12 milhões, mas inocenta Lula

O pecuarista e empresário José Carlos Bumlai confessou ontem à Polícia Federal (PF) ter emprestado seu nome para que fosse retirado empréstimo de R$ 12 milhões no Banco Schahin para o PT. Por ser amigo do ex-presidente Lula, Bumlai afirmou que se sentiu "constrangido em negar", pois o PT tinha muita força no cenário nacional e "não queria se indispor" com seus representantes.
O pecuarista e empresário José Carlos Bumlai confessou ontem à Polícia Federal (PF) ter emprestado seu nome para que fosse retirado empréstimo de R$ 12 milhões no Banco Schahin para o PT. Por ser amigo do ex-presidente Lula, Bumlai afirmou que se sentiu "constrangido em negar", pois o PT tinha muita força no cenário nacional e "não queria se indispor" com seus representantes.
O pecuarista desvinculou o ex-presidente Lula de qualquer envolvimento com o negócio. Disse que Lula é seu amigo, que se encontravam nos fins de semana, mas que tinham como regra não falar de assuntos políticos ou econômicos. Negou que tenha pedido a Lula que mantivesse qualquer diretor da Petrobras no cargo, referindo-se às informações de que teria pedido ao presidente para manter Nestor Cerveró na área Internacional. Cerveró acabou saindo.
Disse ainda que recebia vários pedidos para repassar ao então presidente, mas nunca atendeu a nenhum deles. Ressaltou ainda que integrou o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social a pedido de Lula, porque tinha "conhecimento das questões agrícolas e de reforma agrária".
Ao iniciar o depoimento, Bumlai manifestou seu desejo em "confessar os fatos" e corrigiu parte das informações de seu primeiro depoimento, quando negou que o empréstimo tenha sido feito para o PT.
Sobre a carta de desfiliação do PT de seu filho, Maurício Bumlai, aprendida pela Polícia Federal, o pecuarista disse que não sabia da filiação, que pode ter sido um pedido de uma vereadora de Campo Grande. Ressaltou que a desfiliação foi feita logo depois e "que não haveria razão para um grande agropecuarista se filiar ao Partido dos Trabalhadores, especialmente por razões ideológicas".
Segundo Bumlai, os negócios do banco Schahin com o PT não se limitaram ao empréstimo de R$ 12 milhões retirado em seu nome. Ele acredita que outros empréstimos foram tirados em nome de laranjas com o objetivo de formar "caixa-2" para campanhas do partido.
O pecuarista disse que sabia que a "estrutura da Petrobras era do PT", ou seja, que o partido indicava grande parte dos nomes nos principais cargos. "Gostaria de reforçar que nunca procuraria o então presidente da República para que este interferisse nesta ou em qualquer outra questão comercial", concluiu Bumlai no depoimento à PF.
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