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Protestos

- Publicada em 13 de Dezembro de 2015 às 22:10

Ato anti-Dilma vai às ruas com menos força

Manifesto pró-impeachment defronte ao Congresso Nacional em Brasília termina de forma pacífica

Manifesto pró-impeachment defronte ao Congresso Nacional em Brasília termina de forma pacífica


VALTER CAMPANATO/ABR/JC
Os protestos pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) retornaram neste domingo em, pelo menos, 100 cidades do País, em 19 estados e no Distrito Federal, após um intervalo de quatro meses. Eles reuniram menos pessoas do que os últimos, realizados em março, abril e agosto.
Os protestos pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) retornaram neste domingo em, pelo menos, 100 cidades do País, em 19 estados e no Distrito Federal, após um intervalo de quatro meses. Eles reuniram menos pessoas do que os últimos, realizados em março, abril e agosto.
Com enterro simbólico e queima da bandeira do PT no gramado em frente ao Congresso Nacional, milhares de pessoas, vestidas de verde e amarelo, encerraram a manifestação pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), ontem, em Brasília. O ato, que começou por volta das 11h, na Esplanada dos Ministérios, pediu ainda o fim da corrupção e a cassação do presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O protesto terminou por volta das 13h.
O ato na capital federal fechou as vias da Esplanada dos Ministérios e reuniu 7 mil pessoas, de acordo com a Polícia Militar (PM), e 30 mil, segundo os organizadores. Os manifestantes seguiram do museu da República até o Congresso Nacional, com faixas contrárias à política fiscal e também a favor da cassação de Cunha. Havia ainda bonecos infláveis do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e da presidente Dilma, representada com um nariz igual ao do personagem Pinóquio.
Uma das organizadoras Beatriz Kicis, integrante do movimento Revoltados Online e Resgata Brasil, disse que o ato foi a favor da democracia. "Marcamos dia 13, porque 13 é o número do PT, que é o partido que queremos derrubar", afirmou. A PM revistou os manifestantes na chegada à Esplanada, principalmente os que estavam com mochila. Embora os organizadores do ato em favor do impeachment da presidente estimassem a presença de 100 mil pessoas, em Vitória, contabilizaram a presença de 2 mil manifestantes.
Hoje, data de aniversário da presidente Dilma Rousseff, um grupo de militantes liderados pelo PT e por entidades que apoiam o governo organizam uma festa simbólica, em frente ao Palácio do Planalto, com direito a bolo e parabéns.

Em São Paulo, políticos sobem em carros de som com discurso pedindo saída do PT do poder

Em São Paulo, com discursos pedindo a saída do PT do poder, políticos de oposição compareceram à manifestação a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff neste domingo, na avenida Paulista.
Os senadores José Serra (PSDB-SP) e Ronaldo Caiado (DEM-GO) foram recebidos por lideranças dos grupos pró-impeachment assim que chegaram ao local. "Não podia ficar longe nesse momento. É a voz das ruas", disse Caiado, ao tirar selfies com integrantes do Movimento Brasil Livre (MBL).
Tido como próximo ao PMDB, Serra afirmou que a participação do partido em um eventual governo liderado pelo vice-presidente Michel Temer dependerá do que o partido dele apresentar como projeto para o país. "Mas agora é hora de falar de impeachment, depois falamos de governo", disse.
Em cima do carro de som do movimento Acorda Brasil, um dos pré-candidatos à prefeitura de São Paulo pelo PSDB, João Doria Jr., fez um discurso "pela limpeza pública". Após sua fala, Doria Jr. avaliou a mobilização como menor que o esperado, mas ressaltou que ela "representa a maioria do País".
No Rio de Janeiro, manifestantantes vestindo camisas verde e amarelas e levando faixas e cartazes contra o governo da presidente Dilma começaram a se reunir, na Avenida Atlântica, em Copacabana. O ato, a favor do impeachment da presidente, estava marcado para as 13h.
Por volta das 13h10min , movimentação na altura do Posto 5, na Praia de Copacabana já era grande para protesto pró-impeachment da presidente Dilma Rousseff.
O engenheiro Marcelo Medeiros, de 67 anos, defende o impeachment alegando que os brasileiros precisam de um governo transparente. "Dilma mentiu, mente e vai continuar mentindo para o povo. Qualquer um que assuma no lugar da Dilma é melhor que esse governo que está aí. Depois a gente cuida do Cunha, do Temer ou qualquer outro", disse.
Às 15h30min, os manifestantes começaram a dispersar quando chegaram em frente ao Copacabana Palace. O forte calor - a previsão para a tarde deste domingo era de máxima de 37°C - ajudou a dispersar o público. O ato terminou por volta das 16h.
Não houve consenso entre os organizadores da manifestação sobre a estimativa de público. De acordo com o movimento Vem Pra Rua, a manifestação reuniu 80 mil pessoas. Já o Movimento Brasil Livre estima que 100 mil pessoas compareceram ao ato. O Revoltados Online calculou um total de 60 mil manifestantes. A PM informou que não faz estimativas de público neste tipo de evento.
Em Curitiba, o ato pelo impeachment da presidente Dilma teve dois personagens como tema dos gritos de ordem: o juiz federal Sérgio Moro, responsável pelo processo da Operação Lava Jato, aclamado como herói, e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Edson Fachin, como vilão. Segundo estimativas da Polícia Militar, cerca de 7 mil pessoas compareceram à manifestação.
Florianópolis reuniu 2 mil pessoas neste domingo, menos de 10% do registrado anteriormente. No Recife, 7 mil foram às ruas, e em Belo Horizonte, 3 mil. Belém e Salvador registraram menos de 1 mil manifestantes cada.
Em Belém do Pará, o deputado federal Eder Mauro (PSD-PA), que também é delegado de polícia licenciado, chamou a atenção dos cerca de 6 mil manifestantes - segundo a Polícia Militar, 1.200 - ao simular a prisão do ex-presidente Lula, algemando-o, durante o protesto pró-impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Em Salvador, a manhã quente e ensolarada deste domingo, se mostrou bem mais atraente para o banho de mar do que para manifestações na cidade, onde a Polícia Militar estimou em 500 o número de pessoas que participaram do protesto a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff. O público foi bem menor que o de eventos anteriores, e que o esperado pelos organizadores dos movimentos Vem Pra Rua e Na Rua.
Em Goiás, a Polícia Militar do Estado informou que 2 mil pessoas participaram de manifestações pró-impeachment de Dilma Rousseff, neste domingo, nas ruas de Goiânia. Os manifestantes se reuniram na Praça Tamandaré, uma das principais da cidade, e caminharam em direção à Praça do Ratinho, no setor Marista. A PM informou ter mobilizado cerca de 150 policiais para acompanhar a manifestação.
O ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Edinho Silva, afirmou neste domingo que as manifestações realizadas a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff estão "dentro da normalidade" democrática. Ele evitou comentar o sucesso ou fracasso dos atos desde domingo. Tudo dentro da normalidade em um país democrático, que respeita a legalidade, que respeita as instituições, um Brasil que estamos construindo com muita dedicação democrática", afirmou o ministro.

Evo Morales avalia que está havendo uma tentativa de 'golpe de estado parlamentar' no Brasil

O presidente boliviano Evo Morales disse, no fim de semana, que está em preparação um "golpe de estado parlamentar" contra a presidente Dilma Rousseff (PT) no Brasil. Em entrevista ao jornal argentino simpático ao kirchnerismo Página 12, ele comparou a situação atual do Brasil com a do Paraguai de Fernando Lugo, deposto em 2012 após um processo de impeachment relâmpago. É um golpe parlamentar em preparação. Já houve um golpe no Congresso do Paraguai, e agora está acontecendo (o mesmo) no Brasil (...) são os grupos oligárquicos os que detêm poder político", afirmou. O boliviano disse ainda que lhe "dói" o atual estágio do Mercosul, referindo-se à vitória do centro-direitista Mauricio Macri na Argentina. "Nos sentimos sós com Maduro. Me dói muito ver este panorama político regional", lamenta.