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Política

- Publicada em 13 de Dezembro de 2015 às 22:10

Deputados gaúchos pedem impeachment de Dilma

Movimento Brasil Livre lidera manifestação no Monumento ao Expedicionário, no parque Farroupilha

Movimento Brasil Livre lidera manifestação no Monumento ao Expedicionário, no parque Farroupilha


FREDY VIEIRA/JC
Marcus Meneghetti
Três parlamentares favoráveis ao impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) o deputado estadual Marcel Van Hattenn (PP) e os deputados federais Nelson Marchezan (PSDB) e Darcísio Perondi (PMDB) fizeram discursos acalorados ontem à tarde, no parque Farroupilha, durante um protesto organizado pelo Movimento Brasil Livre (MBL) pela cassação da presidente.
Três parlamentares favoráveis ao impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) o deputado estadual Marcel Van Hattenn (PP) e os deputados federais Nelson Marchezan (PSDB) e Darcísio Perondi (PMDB) fizeram discursos acalorados ontem à tarde, no parque Farroupilha, durante um protesto organizado pelo Movimento Brasil Livre (MBL) pela cassação da presidente.
Os políticos discursaram em um caminhão de som estacionado próximo ao Monumento aos Expedicionários, onde os manifestantes ocupavam todo o calçadão ao redor da obra em formato de arcos.
Em cima do veículo, também havia uma banda que entusiasmou o público com letras como "estamos na rua para derrubar o PT" e "avisei, vou repetir que o impeachment da Dilma vai sair". Os participantes seguravam cartazes e cantavam em coro os cânticos que criticavam o PT, elogiavam a Operação Lava Jato, entre outras mensagens. Havia um pequeno grupo que segurava uma faixa pedindo a "intervenção constitucional militar".
Embora também houvesse cartazes e cânticos pedindo a cassação do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) correligionário de Perondi que está sendo investigado por ter contas secretas no exterior , o público aplaudiu com veemência as palavras do peemedebista gaúcho. 
"Meu voto é consequência da mobilização de vocês. Meu voto está absolutamente garantido a favor do impeachment", bradou o deputado federal. E continuou: "E não é só o meu voto que está a favor do impeachment, mas também minha capacidade de articulação para angariar mais votos para isso".
O deputado estadual Marcel Van Hatten (PP) cujo partido teve todos os deputados federais gaúchos relacionados na lista de políticos da Operação Lava Jato também foi aclamado. Van Hatten contra-atacou a tese difundida pela base aliada ao governo Dilma, que tem classificado o processo de impeachment como um "golpe à paraguaia", em uma menção ao que teria acontecido no Paraguai em 2012, quando o presidente Fernando Lugo foi destituído pelo parlamento. 
O deputado estadual disse que "impeachment não é golpe" e citou várias medidas tomadas pelo governo petista que, na sua opinião, caracterizariam um golpe. "Golpe é o PT ter sido contra a Lei de Responsabilidade Fiscal, contra o Plano Real. Golpe é o PT ter tentado criar um conselho nacional para censurar os jornalistas que os incomodavam. Golpe é ter aceitado o terrorista Cesare Battisti como refugiado e mandado de volta a Cuba os boxeadores cubanos", apontou.
Ao pegar o microfone no carro de som, Marchezan disse que, "durante muito tempo, era perigoso um político andar entre as manifestações organizadas pelo PT, com a sua militância paga". E concluiu: "Nos protestos deste ano (contra Dilma), nunca me senti tão seguro circulando no meio das pessoas".
O tucano fez ainda uma provocação: "Quando a militância paga pelo PT chegava no Congresso e pressionava os parlamentares, alguns deputados cediam e votavam junto com os manifestantes. Quero ver se agora, diante dessas manifestações, com pessoas que vieram por vontade própria, se esses mesmos deputados vão votar com o povo".
Apesar da participação dos políticos, os organizadores do ato garantiram que a manifestação era apartidária. "O movimento é independente. O que aconteceu foi que a gente viu alguns políticos que votam sim (pelo impeachment) lá embaixo (no meio dos outros manifestantes) e pediu para eles darem uma 'palinha'", disse um dos coordenadores do MBL no Rio Grande do Sul, Felipe Pedri.
Pedri considerou um sucesso o ato e convocou os presentes para a próxima manifestação, que deve ocorrer em 13 de março de 2016. A Brigada Militar estimou a multidão em cerca de 500 pessoas. Os organizadores, em cerca de 5 mil. O movimento angariou assinaturas para a campanha do Ministério Público do Paraná, que visa apresentar ao Congresso Nacional 10 medidas contra a corrupção. 
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