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Política

- Publicada em 09 de Dezembro de 2015 às 21:49

Após reunião fechada, Dilma Rousseff quer evitar novos atritos com vice-presidente

Preocupada com as derrotas que o governo tem sofrido na Câmara durante a tramitação de seu processo de impeachment, a presidente Dilma Rousseff (PT) pretende fazer um gesto em direção a seu vice, Michel Temer (PMDB), e propor "um acordo de convivência institucional" entre os dois neste período de crise.
Preocupada com as derrotas que o governo tem sofrido na Câmara durante a tramitação de seu processo de impeachment, a presidente Dilma Rousseff (PT) pretende fazer um gesto em direção a seu vice, Michel Temer (PMDB), e propor "um acordo de convivência institucional" entre os dois neste período de crise.
Em reunião ontem no Palácio do Planalto, Dilma e Temer tiveram o primeiro encontro reservado depois que o vice enviou à presidente uma carta para dizer que, nos últimos anos, foi "decorativo" no governo e explicitar a desconfiança que a petista tem em relação a ele e seu partido.
Segundo a reportagem apurou, Dilma ficou "assustada" com o conteúdo da carta de Temer, mas disse a aliados que é importante "tentar trazê-lo de volta para onde ele sempre esteve, na posição de vice-presidente da República".
Temer, por sua vez, disse a interlocutores que não vai adotar um posicionamento hostil diante de Dilma ou do Planalto e que terá de cumprir alguns papéis que competem a um vice-presidente.
Nos bastidores, auxiliares de Dilma dizem que estão cientes do comportamento "conspiratório" de Temer, mas que não é interessante agora criar animosidades com o vice ou seus aliados. Isso porque, na terça-feira e ontem, o governo sofreu derrotas significativas na Câmara dos Deputados, com o plenário aprovando a chapa oposicionista para compor a comissão que vai avaliar o processo de impeachment de Dilma - rito que foi suspenso por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Edson Fachin - e a destituição do líder do PMDB na Casa, o fluminense Leonardo Picciani, alinhado ao Planalto.
O Planalto escalou, inclusive, o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), amigocomum de Dilma e Quintão, para ajudar na missão de fazer com que o peemedebista não vire um inimigo do governo federal.
Um dia depois da conturbada eleição da chapa oposicionista para a comissão do impeachment, Temer disse ontem que o país vice uma "normalidade democrática extraordinária". Foi a primeira declaração pública do vice após o vazamento de sua carta a Dilma, cujo conteúdo não quis comentar diante de jornalistas. Temer negou que seu partido vá tirar o apoio à presidente.
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