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Impeachment

- Publicada em 06 de Dezembro de 2015 às 19:17

Plenário vai votar comissão especial hoje

Parlamentares estão divididos e esperam uma disputa acirrada dos partidos para indicar representantes

Parlamentares estão divididos e esperam uma disputa acirrada dos partidos para indicar representantes


ALEX FERREIRA/CÂMARA DOS DEPUTADOS/JC
Em meio a uma disputa acirrada entre os deputados federais pela indicação para compor a comissão especial que vai analisar o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), a Câmara dos Deputados votará hoje a criação do colegiado. Devido à grande demanda de parlamentares e aos cálculos que as bancadas ainda fazem para compor os 65 titulares da comissão, o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), decidiu prorrogar o prazo final para a apresentação dos nomes de 14h para até as 18h.
Em meio a uma disputa acirrada entre os deputados federais pela indicação para compor a comissão especial que vai analisar o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), a Câmara dos Deputados votará hoje a criação do colegiado. Devido à grande demanda de parlamentares e aos cálculos que as bancadas ainda fazem para compor os 65 titulares da comissão, o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), decidiu prorrogar o prazo final para a apresentação dos nomes de 14h para até as 18h.
Pelo critério da proporcionalidade, PT e PMDB terão o maior número de representantes: oito cada. Aliado do Palácio do Planalto, o líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ), deve indicar deputados com perfis "moderados" e contra o afastamento da presidente. Parlamentares próximos de Cunha não devem ter espaço na lista de indicados de Picciani, que deve ser um dos oito membros da comissão.
Com o maior número de representantes, PT e PMDB avaliam abrir mão de indicar o comando do colegiado. O objetivo é trabalhar para emplacar nomes de partidos aliados na coordenação dos trabalhos. Um dos cotados pelo PT para presidir o colegiado é o deputado Paulo Magalhães (PSD-BA), próximo ao ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner (PT).
Tradicionalmente, as duas maiores siglas ou blocos partidários indicam o presidente e o relator das comissões especiais. Mas, dessa vez, a eleição será aberta a todas as siglas e haverá disputa. PT e PMDB estudam não participar com o argumento de que têm interesses direto no processo em análise, uma vez que Dilma é filiada ao PT e o vice-presidente Michel Temer, ao PMDB.
"A chave de toda a coisa é o PMDB. É o PMDB que terá peso na evolução do processo do impeachment", comentou o líder do DEM, Mendonça Filho.
Líder do PSD e com quatro vagas titulares a serem preenchidas, Rogério Rosso (DF) deve seguir a tendência dos partidos e também integrar a comissão. Rosso disse que vai escolher nomes "independentes", "técnicos" e com experiência de Congresso. Um dos nomes certos é o deputado Paulo Magalhães.
Após a indicação de todos os titulares e suplentes, Cunha abrirá sessão plenária hoje para votar a criação da comissão. A sessão de instalação do colegiado será no dia seguinte, com a eleição do relator e do presidente da comissão. Qualquer titular da comissão poderá se candidatar.

Ciro e Flávio Dino lançam 'Rede da Legalidade'

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) e outras lideranças da sigla lançaram ontem, em São Luís (MA), o movimento "Golpe Nunca Mais", contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).
O grupo lançou uma página no Facebook e disse se inspirar na Rede da Legalidade, movimento comandado por Leonel Brizola (1922-2004) que garantiu a posse de João Goulart na Presidência em 1961, depois da renúncia de Jânio Quadros, com a ajuda de uma cadeia de rádios.
Ciro fez duras críticas ao vice-presidente Michel Temer (PMDB). "Temos que proteger a democracia, não tolerar um grupo de mafiosos utilizando protocolos formais, mistificações grosseiras, como já tentaram no Paraguai, como fizeram na Venezuela".
O ex-ministro citou diretamente o vice-presidente. "Não por acaso, o beneficiário dessa ruptura da democracia e dessa imensa e potencial crise para durar 20 anos é ninguém menos do que o senhor Michel Temer, o capitão do golpe."
Dino disse que a ordem democrática está ameaçada pelo "golpismo" e que não há base constitucional para o afastamento.
O PDT pretende lançar Ciro Gomes à Presidência da República em 2018.

Tucanos fecham apoio ao vice Michel Temer

Divididos desde o início da crise que ameaça o mandato da presidente Dilma Rousseff (PT), os três presidenciáveis tucanos decidiram apoiar e, em alguns casos, encorajar o vice-presidente Michel Temer (PMDB) a trabalhar pelo impeachment.
Agora, os senadores tucanos Aécio Neves (MG) e José Serra (SP) e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), devem fechar uma estratégia comum com o objetivo de levar o Temer à presidência.
Em resposta às últimas articulações que estão sendo feitas pelo vice, a presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou, no sábado, no Recife (PE), que espera "integral confiança do Michel Temer".
Até meses atrás, apenas Serra era um entusiasta da ideia de ver o peemedebista no Planalto. Aécio jogava para tirar Temer e a presidente de uma só tacada e disputar uma nova eleição. Alckmin queria manter Dilma no cargo até 2018, quando também termina o mandato dele no Palácio dos Bandeirantes.
O vice-presidente Michel Temer vai se encontrar publicamente com Geraldo Alckmin amanhã, na cerimônia do grupo de líderes empresariais Lide, presidido por João Doria Júnior.