O Tribunal de Justiça (TJ) concedeu nesta quinta-feira (3) o pedido feito pela Assembleia Legislativa (AL) do Rio Grande do Sul de reconsideração da suspensão de 180 dias do deputado Mário Jardel (PSD), anunciada no início da semana, após deflagrada a Operação Gol Contra.
O desembargador Newton Brasil de Leão, do Tribunal de Justiça do Estado (TJ-RS), reformou sua decisão e decidiu que o deputado não está mais afastado do cargo. Os representantes da casa alegaram que não seria competência da Justiça interferir em questões do legislativo.
Com a reviravolta, caberá à Assembleia Legislativa decidir sobre o futuro de Jardel. O corregedor da Casa, deputado Marlon Santos (PDT), já começou a análise do processo. O depoimento de Jardel que estava agendado para a manhã de hoje na Comissão de Ética foi adiado para a próxima semana.
Segundo o Ministério Público (MP), Jardel exigiria, em média, R$ 3 mil dos vencimentos de cada funcionário do gabinete e da bancada do partido. O dinheiro seria arrecadado pelo chefe de gabinete e repassado diretamente ao deputado. Jardel também é acusado de praticar lavagem de dinheiro, peculato, concussão, falsidade documental e organização criminosa.