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Opinião

- Publicada em 30 de Dezembro de 2015 às 18:07

Da série só acontece no Brasil

Pelo título, pode-se escrever sobre diversos temas. Só aqui se esquece a roubalheira de políticos que não tardam a serem reeleitos, ignora-se que a quantidade de homicídios é endêmica e supera ou iguala países em conflito armado (como a Síria: em 2012, morreram no Brasil mais de 56 mil pessoas, enquanto que, na Síria, no mesmo período, morreram cerca de 60 mil), dentre outros. Mas o episódio de hoje da série diz respeito à liberdade de expressão e é um tanto mais mundano, mas nem por isso menos alarmante.
Pelo título, pode-se escrever sobre diversos temas. Só aqui se esquece a roubalheira de políticos que não tardam a serem reeleitos, ignora-se que a quantidade de homicídios é endêmica e supera ou iguala países em conflito armado (como a Síria: em 2012, morreram no Brasil mais de 56 mil pessoas, enquanto que, na Síria, no mesmo período, morreram cerca de 60 mil), dentre outros. Mas o episódio de hoje da série diz respeito à liberdade de expressão e é um tanto mais mundano, mas nem por isso menos alarmante.
A Suprema Corte estadunidense recentemente decidiu, por maioria, a favor do casamento entre pessoas do mesmo sexo. Isso confere um novo direito civil a todos os cidadãos daquele país, trazendo unidade à polêmica questão que dividia os estados da federação. O Brasil, através do Supremo Tribunal Federal, já havia decidido no mesmo sentido em maio de 2011, reconhecendo a união entre pessoas do mesmo sexo com todas suas consequências jurídicas. Há farta lista de países que já compartilham desse entendimento. Trata-se de direito que de longa data já deveria ter sido regulado. Quanto a isto, não há discussão.
Depois da decisão, houve uma torrente de manifestações pelos EUA e pelo mundo. A Casa Branca ficou iluminada com as cores do arco-íris. No facebook, um aplicativo permite que as fotos dos usuários sejam 'filtradas' por essas mesmas cores. Milhares de usuários fizeram uso da ferramenta. Até aí, normal. O curioso é que os usuários que não efetuaram a mudança na sua foto foram rapidamente taxados de homofóbicos. Aqui, não aderir de primeira hora a uma causa, justificada que seja, faz crer que se é contra ela. O raciocínio é absurdo e apenas demonstra que aqueles que clamam por tolerância não a possuem em nenhuma medida. Afirmar que, antes de ser contra ou a favor (em qualquer assunto!), deve-se estudar o tema para só depois tomar uma posição ou simplesmente deixar de aderir ao movimento da massa, ainda que se concorde com ele, é visto como conduta execrável. Só no Brasil.
Advogado e professor universitário
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