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Opinião

- Publicada em 28 de Dezembro de 2015 às 16:37

Rio Grande tem dificuldades, mas deve se reerguer

O sistemático movimento do funcionalismo público por melhores salários, os saques usuais do Executivo nos depósitos judiciais, a multibilionária dívida do Estado com a União, a falta de presídios, as rodovias em mau estado e a escassez de recursos para o atendimento de saúde são problemas básicos do Rio Grande do Sul.
O sistemático movimento do funcionalismo público por melhores salários, os saques usuais do Executivo nos depósitos judiciais, a multibilionária dívida do Estado com a União, a falta de presídios, as rodovias em mau estado e a escassez de recursos para o atendimento de saúde são problemas básicos do Rio Grande do Sul.
E baixaram a autoestima dos gaúchos. Não é de hoje que o pessimismo é maior no Estado do que o otimismo. O desequilíbrio fiscal gaúcho vem de muitos anos. Continuamos dependendo das safras e, para elas, do tempo, das chuvas, da seca e dos preços internacionais.
Em Brasília, com a presença do governador José Ivo Sartori (PMDB) e outros oito colegas, o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), cobrou que o governo federal publique os novos indexadores que serão utilizados no cálculo da dívida dos estados e dos municípios hoje reajustadas por IGP-DI 6% como medida para aliviar a crise enfrentada por todas as unidades da Federação.
A revisão dos indexadores da dívida dos estados já foi aprovada pelo Congresso Nacional, mas ainda é preciso que os novos parâmetros sejam publicados no Diário Oficial para que entrem em vigor em 2016.
No Rio Grande do Sul, não é surpresa o déficit das contas estaduais, pois ele ocorre, repetimos, há muitos anos, com algumas exceções. Nos últimos 44 anos, o Estado fechou no vermelho em 37 exercícios financeiros. Mais gastos com menos arrecadação só pode ter este resultado, seja para uma pessoa, uma família, uma empresa e, muito mais, para o governo.
Sempre dependemos de boas safras, mesmo com a industrialização ocorrida nas últimas décadas. Dependemos dos bons preços internacionais para o milho, a soja e o arroz, no mínimo. O elemento decisório será a uma renovada expansão econômica da China, que consome quase metade de metais do mundo, entre outras commodities.
Então, que o Rio Grande do Sul se erga entre as dificuldades que enfrenta, hoje como no passado. A Lei de Responsabilidade Fiscal estadual reforça a federal, que estipula em até 60% os gastos com servidores. A rigor, um percentual alto, poderia ser menor, em torno de 50%.
As medidas propostas são antipáticas para muitos, mas nenhum dos que as criticam dão soluções viáveis para tirar o Estado do atoleiro financeiro em que se meteu e no qual, pelo visto, ficará por todo 2016.
A reação do funcionalismo é forte, assim como de parte do empresariado e do até hoje quase silencioso Judiciário, que vociferou contra aquilo que julgou como uma intromissão no Poder.
As medidas incluem regras mais rigorosas na relação receita/despesa, aumento da transparência e restrição a determinadas vantagens existentes no serviço público em geral.
A ignorância de certos segmentos sociais no Estado e no Brasil é o símbolo do enigma que esconde e, ao mesmo tempo, prova o motivo pelo qual estamos sempre a reboque dos acontecimentos. Devemos ser protagonistas, não apenas seguidores do que os outros estão realizando.
Há um dilema de se dizer ou não o que se pensa. É quando uma frase ou um pensamento pesa e o político reflete sobre a conveniência de falar nos meios de comunicação e para as demais pessoas.
Precisamos de trabalho, ação, gestão e planejamento. Talvez, aí, seja pedir demais.
 
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