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Opinião

- Publicada em 23 de Dezembro de 2015 às 18:12

Ainda dá tempo

A capacidade do Natal é extraordinária. Entra peito adentro e faz uma faxina no coração. E na cabeça também. É como abrir as gavetas da alma com a disposição de quem deseja tudo limpo. Por lá, encontram-se surpresas e o que se quis escondido. Frustrações não perdoadas. Medos transformados em monstros, feridas abertas. Saudade que a falta de alguém ressuscitou. Aquele amigo que a fúria demasiada jogou fora. Projetos inacabados pela cegueira da ousadia. Uma liberdade deliciosa, porém encarcerada pela falta de convicção de que é tempo de voar. E o mais importante: há uma fé viva que aviva a vida.
A capacidade do Natal é extraordinária. Entra peito adentro e faz uma faxina no coração. E na cabeça também. É como abrir as gavetas da alma com a disposição de quem deseja tudo limpo. Por lá, encontram-se surpresas e o que se quis escondido. Frustrações não perdoadas. Medos transformados em monstros, feridas abertas. Saudade que a falta de alguém ressuscitou. Aquele amigo que a fúria demasiada jogou fora. Projetos inacabados pela cegueira da ousadia. Uma liberdade deliciosa, porém encarcerada pela falta de convicção de que é tempo de voar. E o mais importante: há uma fé viva que aviva a vida.
É preciso entregar ao Papai Noel as algemas do comodismo, como um dia se deixou a mamadeira como rastro da inocência e da infância. Esse período é como um ponto de interrogação ligado na consciência. Indaga se os dias do ano foram de aprendizado. Ou se apenas se foram. E não foram mais nada. Questiona sobre a doação pelos outros e por você mesmo; afinal, ser solidário com o seu bem é a maior provação do que é o amor. Pergunta por que a gente sobrevive. Se nossos gestos pagam o ar que se respira.
Se existir ainda tem graça. Faça agora sonhos novos e os vigie a cada oração. Pegue uma folha em branco assim como é o ano que desperta e passe a limpo suas ambições. O que tem valor, de verdade. Só não confunda as coisas. O valor é humano e não monetário. Até porque dinheiro vai e vem. E sentimentos, como o de vitória, são o que existe de perene e transformador. É a resposta das preces, do que se pede ao céu.
Protocole com Deus os seus planos. Comprometa-se de fazer o que não foi feito. Jogue fora o que não serve mais. Reforme o que carece de reparo: o sim que ainda não foi dito. O perdão que não veio. O abraço na sua mãe que ainda não chegou em 2015. O joelho dobrado na igreja que não deu tempo. O almoço em família que você não se permitiu.
A lágrima e o sorriso que o semblante de amargura sepultou. A felicidade que é possível e, ainda assim, você apertou no pause. Reclame menos e se jogue. O tamanho das façanhas é tal qual a dimensão que se dá aos sonhos. Os anos são reféns da calendarização, mas você não é refém de nada. Ainda dá tempo!
Jornalista
 
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