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Opinião

- Publicada em 16 de Dezembro de 2015 às 17:59

Terra sem lei

Paulo Franquilin
Esta expressão já foi usada diversas vezes pela mídia quando a situação da segurança pública apresentou fatos graves em algumas cidades ou bairros dos municípios gaúchos, causando pânico aos moradores e causando prejuízo às economias locais. No entanto, quando o caos se alastra pelo Rio Grande do Sul, setores da mídia não registram esta situação, inclusive até elogiam o esforço dos integrantes da Brigada Militar por manterem funcionando uma estrutura deficitária, como se tudo estivesse dentro da normalidade.
Esta expressão já foi usada diversas vezes pela mídia quando a situação da segurança pública apresentou fatos graves em algumas cidades ou bairros dos municípios gaúchos, causando pânico aos moradores e causando prejuízo às economias locais. No entanto, quando o caos se alastra pelo Rio Grande do Sul, setores da mídia não registram esta situação, inclusive até elogiam o esforço dos integrantes da Brigada Militar por manterem funcionando uma estrutura deficitária, como se tudo estivesse dentro da normalidade.
A penúria alegada pelo governo atingiu a BM desde o início de janeiro, quando foram cortadas as diárias da Operação Golfinho, fazendo com que efetivos fossem reduzidos, em sentido inverso ao movimento sazonal da população para o Litoral gaúcho. Depois, nos meses seguintes, houve redução das horas-extras pagas aos brigadianos, reduzindo o número de policiais nas ruas e os valores recebidos no final do mês por grande parte dos integrantes da Brigada Militar. E para "estimular" o trabalho policial, foram parcelados os salários da maioria dos que trabalham diuturnamente para garantir a segurança do povo gaúcho.
A morte de um soldado, recentemente transferido para Porto Alegre, mostra outro aspecto do caos, pois as transferências pontuais, além de não resolverem os problemas dos grandes centros urbanos, criam problemas para aqueles municípios que perderam policiais. Esperam para entrar na Brigada Militar e Polícia Civil quase 3 mil aprovados nos concursos públicos, mas não são chamados pela alegada falta de recursos, aumentando o esforço daqueles que se superam para cobrir as lacunas decorrentes da falta de pessoal. Não posso esquecer que Polícia Civil, Susepe e IGP também estão com os mesmos problemas: corte de diárias e de horas-extras, com transferências para cobrir falta de efetivo, aumentando o nível de insegurança pública nesta terra sem lei.
Jornalista e escritor
 
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