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Internacional

- Publicada em 21 de Dezembro de 2015 às 15:59

Partido Podemos impõe condições para formar governo

O partido de esquerda Podemos traçou ontem as condições para formar um novo governo na Espanha. O posicionamento, vindo do terceiro partido com mais assentos no Parlamento, dificultará as negociações destas próximas semanas.
O partido de esquerda Podemos traçou ontem as condições para formar um novo governo na Espanha. O posicionamento, vindo do terceiro partido com mais assentos no Parlamento, dificultará as negociações destas próximas semanas.
Espanhóis votaram, no domingo, em eleições gerais históricas que puseram um fim ao bipartidarismo. Os tradicionais PP (Partido Popular, conservador) e Psoe (Partido Socialista Operário Espanhol, de centro-esquerda) vinham há décadas se revezando no poder.
O PP venceu o pleito, mas com apenas 123 cadeiras. Um governo de maioria absoluta é formado por 176 assentos, número que o partido conservador não conseguiria somar nem caso se aliasse ao Ciudadanos, de centro-direita (40 postos).
No quebra-cabeças que líderes políticos espanhóis precisarão montar nas próximas semanas, uma das possibilidades seria uma aliança entre Psoe (90 assentos), Podemos (69) e siglas menores de esquerda. Mas Pablo Iglesias, líder do Podemos, dificilmente fará um pacto com os rivais para tal.
Ontem, ele insistiu em exigências, que incluem um referendo na Catalunha e reformas no sistema eleitoral. A jornalistas, Iglesias disse que não está pensando em "negociações", mas no estabelecimento de compromissos entre todos os partidos. "Quem está pensando que a política é sobre assentos no Parlamento não entendeu a nova época que começou", afirmou, referindo-se ao fim do bipartidarismo na Espanha e à necessidade de pactos entre atores políticos.
Algumas das linhas vermelhas traçadas pelo Podemos podem ser cumpridas em uma aliança com Psoe ou Ciudadanos. A reforma da lei eleitoral, que hoje distorce os resultados e privilegia zonas rurais, é uma das grandes bandeiras do Ciudadanos.
Como os votos têm peso diferente, de acordo com a região, os resultados prejudicam alguns dos partidos. A Esquerda Unida, por exemplo, conquistou dois assentos com 923 mil votos. O Partido Nacionalista Basco, com apenas 301 mil votos, elegeu seis deputados.
Mas será extremamente difícil convencer o Psoe de Pedro Sánchez a concordar com um referendo na Catalunha. O separatismo dessa região espanhola também combatido pelo Ciudadanos é um tema delicado no país.
A impossibilidade de um acordo entre o Podemos e outros partidos pode forçar diversos cenários, incluindo uma insólita aliança entre PP e Psoe, com dano político a ambos. Os partidos são historicamente antagonistas. Outra possibilidade é que, se for impossível montar um governo com os resultados do pleito de domingo, a Espanha tenha que realizar novas eleições no início de 2016.
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