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Internacional

- Publicada em 07 de Dezembro de 2015 às 16:33

Oposição vai anistiar presos políticos

Resultado das eleições, visto como uma rejeição em massa ao governo, foi comemorado nas ruas

Resultado das eleições, visto como uma rejeição em massa ao governo, foi comemorado nas ruas


LUIS ROBAYO/AFP/JC
A oposição venezuelana prometeu fazer uso de sua maioria na Assembleia Nacional, conquistada nas eleições de domingo, para libertar os políticos antichavistas detidos no país. O secretário-executivo da coalizão MUD (Mesa da Unidade Democrática), Jesús Torrealba, declarou ontem que será prioridade da oposição a aprovação de uma lei de anistia em favor dos políticos perseguidos ou presos no país. Ele prometeu devolver os direitos "dos que foram injustamente perseguidos, encarcerados, exilados ou excluídos da política".
A oposição venezuelana prometeu fazer uso de sua maioria na Assembleia Nacional, conquistada nas eleições de domingo, para libertar os políticos antichavistas detidos no país. O secretário-executivo da coalizão MUD (Mesa da Unidade Democrática), Jesús Torrealba, declarou ontem que será prioridade da oposição a aprovação de uma lei de anistia em favor dos políticos perseguidos ou presos no país. Ele prometeu devolver os direitos "dos que foram injustamente perseguidos, encarcerados, exilados ou excluídos da política".
A oposição tem uma lista de mais de 70 presos políticos. O mais conhecido deles é Leopoldo López, condenado a 14 anos de prisão sob a acusação de incitar protestos violentos que atingiram o país em 2014.
Torrealba também disse que os deputados da MUD, que assumem seus cargos em 5 de janeiro, devem abrir uma investigação sobre a prisão por tráfico de drogas de dois sobrinhos da primeira-dama da Venezuela, Cilia Flores. Ambos foram detidos no Haiti com 800 quilos de cocaína, em uma operação conjunta da polícia haitiana e da Agência Antidrogas dos Estados Unidos (DEA), que se encarregou de levá-los em um avião para Nova Iorque.
O líder da MUD também tratou de rebater acusações do governo, reafirmando que a oposição não vai tentar desmontar os programas sociais implementados durante o governo do ex-presidente Hugo Chávez (1999-2013). "Nós estivemos divididos por anos, e o país não ganhou nada com esse erro histórico", disse Torrealba, pedindo unidade após as eleições. "A MUD não está aqui para destratar ninguém."
Com 96% dos votos apurados, a MUD obteve ao menos 99 das 167 cadeiras do Parlamento unicameral. O chavista PSUV (Partido Socialista Unido da Venezuela) conseguiu eleger 46 deputados. A maioria simples já é suficiente para aprovar a anistia aos presos políticos, eleger o presidente da Assembleia, avaliar decretos de estado de exceção e convocar referendos.
Durante a madrugada, apoiadores da oposição foram as ruas comemorar o resultado, visto como uma rejeição em massa a um governo que é responsabilizado pela degradação abrupta das condições de vida, acirrada com a degringolada dos preços petroleiros a partir de 2014. A Venezuela enfrenta recessão, desabastecimento generalizado e índices de violência dignos de países em guerra.
A oposição era dada como favorita, mas as últimas pesquisas indicavam fortalecimento da intenção de voto chavista. O processo eleitoral foi marcado por abusos e irregularidades. A participação dos eleitores foi de 74,25%, um número que superou com folga as projeções.
 
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