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- Publicada em 22 de Dezembro de 2015 às 21:46

Unidades de triagem da Capital ganham 260 computadores

Parceria entre o Banco do Brasil e o programa foi formalizada ontem

Parceria entre o Banco do Brasil e o programa foi formalizada ontem


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Isabella Sander
As unidades de triagem (UTs) de Porto Alegre receberão a doação de 260 computadores usados por parte do Banco do Brasil. A parceria entre o BB e o programa Todos Somos Porto Alegre, da prefeitura, foi formalizada ontem. Os equipamentos serão usados tanto para qualificar o sistema do programa, onde ficam reunidas informações sobre os catadores e ações previstas, quanto para agilizar o trabalho e a organização das cooperativas.
As unidades de triagem (UTs) de Porto Alegre receberão a doação de 260 computadores usados por parte do Banco do Brasil. A parceria entre o BB e o programa Todos Somos Porto Alegre, da prefeitura, foi formalizada ontem. Os equipamentos serão usados tanto para qualificar o sistema do programa, onde ficam reunidas informações sobre os catadores e ações previstas, quanto para agilizar o trabalho e a organização das cooperativas.
Segundo a coordenadora do Todos Somos Porto Alegre, Denise Costa, os computadores ajudarão as UTs a se organizarem melhor. "Muitas delas não têm informatização e agora poderão trabalhar com planilhas, controles e formulários. Eles também poderão fazer treinamentos internos entre os próprios componentes das unidades e das comunidades", enfatiza. Hoje, há 18 unidades de tratamento vinculadas à prefeitura.
Além disso, as equipes de busca ativa do programa, que reúnem em torno de 50 pessoas, terão mais acesso a computadores. Ficou definida a disponibilização de um aparelho por profissional nas entidades conveniadas com o Todos Somos Porto Alegre, uma em cada um dos 17 Centros Administrativos Regionais (CARs) e o restante espalhado pelas UTs.
"As equipes de busca ativa fazem todo o acompanhamento e precisam lançar no sistema todo o trabalho feito diariamente. Esses grupos abordam as pessoas e as encaminham a um processo de transição, que vai sendo construído em conjunto", explica Denise.
Conforme o diretor adjunto do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU), Vercidino Albarello, o programa beneficia pessoas que realmente precisam desse apoio. "Não estimulamos o coitadismo. Queremos, com esse projeto, incentivar o empreendedorismo social, caminhar junto com os catadores, para eles terem oportunidade de encontrar seus próprios caminhos", observa.
Para o secretário municipal de Governança Local, Cézar Busatto, o programa é a maneira de a prefeitura de enfrentar a pobreza de forma sustentável. "Às vezes, as pessoas tratam os pobres como incapazes, mas eles são tão capazes quanto os ricos. A única diferença é que não tiveram as mesmas oportunidades. Devemos oferecer oportunidades, e não sermos assistencialistas", defende.
A cooperativa Mãos Verdes é parceira do Todos Somos Porto Alegre, fornecendo uma equipe com experiência em processos de reciclagem e inclusão produtiva de catadores. O gerente de projetos da entidade, Cassiano Pizetta, revela que ela também faz a gestão técnica do programa, apresentando dados para a prefeitura tomar suas decisões e efetivar ações. "Hoje, os catadores não têm tanto controle sobre o que fazem em seu dia a dia. Eles produzem e fazem a partilha da renda gerada no final do mês, mas, até agora, todo esse processo era manual, causando erros nas contas e problemas na partilha, no controle da produção e no envio das prestações de conta", aponta. Uma pessoa que levava cinco horas para contabilizar a partilha, por exemplo, demorará apenas uma. "Essas quatro horas ganhas serão usadas no que realmente dá retorno, de produção de recurso."
Os computadores foram doados através de um programa de reaproveitamento de equipamentos do Banco do Brasil. "Como precisamos de tecnologia avançada para o nosso atendimento, alguns computadores que não servem mais para nossa atividade, mas ainda estão em muito boas condições para o uso comum, são reaproveitados. Então, o banco limpa toda a programação das máquinas, as deixa em ótimas condições e faz a doação a projetos beneficentes", relata o superintendente regional do BB, Vanderlei Barbiero.
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