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- Publicada em 16 de Dezembro de 2015 às 19:29

Em ato anti-impeachment, entidades voltam críticas a Temer, Cunha e Levy


Miguel Schincariol/AFP/JC
Entidades que foram às ruas nesta quarta-feira (16), a fim de defender a presidente Dilma Rousseff contra o processo de impeachment, voltaram críticas ao vice-presidente, Michel Temer, ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy.
Entidades que foram às ruas nesta quarta-feira (16), a fim de defender a presidente Dilma Rousseff contra o processo de impeachment, voltaram críticas ao vice-presidente, Michel Temer, ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy.
"Quer escrever carta, vai trabalhar nos Correios", discursou Guilherme Boulos, coordenador do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) e colunista da Folha, em São Paulo. Ele se referia à carta enviada por Temer a Dilma, no último dia 7.
"Esse impeachment é ilegítimo, é fruto de chantagem de Eduardo Cunha. É uma saída à direita para a crise", disse Boulos. "Ser contra o impeachment não significa ser a favor da política implementada por esse governo. Esse ajuste fiscal faz o povo pagar a conta da crise", concluiu.
Também em São Paulo, o presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Vagner Freitas, disse que Temer também é responsável pelo ajuste e que Eduardo Cunha é "uma piada nacional". Segundo ele, a presença de Cunha na presidência da Câmara passa para a população a imagem de que o congresso "é um grande picadeiro".
Em Brasília, Ismael César, também da CUT, afirmou que o protesto é uma defesa da democracia contra o golpe, pela saída de Cunha da Câmara e por mudança na política econômica do governo. O presidente nacional do PT, Rui Falcão, subiu no carro de som da entidade.
"Nós temos moral para falar de impeachment porque fomos os caras pintadas que derrubaram Collor", discursou Carina Vitral, presidente da UNE (União Nacional dos Estudantes). Segundo ela, a situação atual é diferente da de 1992, quando o então presidente renunciou antes de ser impedido, pois hoje não haveria provas de que Dilma tenha praticado crimes.
No Rio, os manifestantes se reuniram na Cinelândia, centro da cidade. Um palco foi montado na praça, onde oradores se revezaram na defesa da manutenção da presidente no poder.
Soldados da PM estimaram o público em mil pessoas por volta das 18h10. Para os organizadores, o ato reuniu, às 18h30, 6.000 pessoas.
Um dos líderes do MST, Gilmar Mauro afirmou que o ato deve "colocar uma pá de cal" no impeachment e que, o próximo passo, será cobrar de Dilma Rousseff que sejam discutidas as "pautas dos trabalhadores".
"A batalha das ideias deve continuar no próximo período. Precisamos disputar mentes e corações [após derrubar o impeachment]", disse, sinalizando que o movimento espera uma "guinada à esquerda" do PT.
Alguns dos movimentos sociais que foram aos atos nesta quarta se disseram credenciados a apresentar uma pauta de reivindicações a Dilma na quinta-feira (17), quando 66 entidades se reunirão com a presidente.
Coordenador-geral da Central de Movimentos Sociais, Raimundo Bonfim disse que a reunião é uma oportunidade para a presidente: "Dilma precisa entender quem está com ela". Algumas das entidades presentes nos atos desta quarta condicionaram suas participações à possibilidade de criticar o ajuste fiscal promovido pelo governo, sob a batuta do ministro Levy.
Além de São Paulo e Brasília, por enquanto há também protestos no Recife, em Salvador, João Pessoa, Florianópolis, Fortaleza, Natal, Vitória, Belo Horizonte, Aracaju, São Luís, Boa Vista, Macapá, Curitiba e Porto Alegre. Em Maceió e em Goiânia, os atos já foram encerrados.
Folhapress
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