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Saúde

- Publicada em 14 de Dezembro de 2015 às 21:48

Porto Alegre aguarda confirmação de casos de zika

Bloqueio foi realizado ontem no Centro

Bloqueio foi realizado ontem no Centro


FREDY VIEIRA/JC
Já são sete os casos suspeitos de zika vírus em Porto Alegre. Seis deles foram notificados neste mês, e um deles, em outubro todos seriam importados. Enquanto a confirmação não chega, a Coordenadoria-Geral de Vigilância em Saúde (CGVS) da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) investe em ações preventivas, que incluem a aplicação de inseticida e a eliminação de criadouros do mosquito transmissor da dengue, do zika vírus e da febre chikungunya, o Aedes aegypti.
Já são sete os casos suspeitos de zika vírus em Porto Alegre. Seis deles foram notificados neste mês, e um deles, em outubro todos seriam importados. Enquanto a confirmação não chega, a Coordenadoria-Geral de Vigilância em Saúde (CGVS) da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) investe em ações preventivas, que incluem a aplicação de inseticida e a eliminação de criadouros do mosquito transmissor da dengue, do zika vírus e da febre chikungunya, o Aedes aegypti.
Ontem, o veneno foi aplicado em 18 casas no Centro Histórico, localizadas em trechos das ruas Fernando Machado e Demétrio Ribeiro e da avenida Borges de Medeiros. Antes do chamado bloqueio de transmissão, agentes de combate a endemias da SMS realizaram visitas domiciliares para identificação e eliminação de criadouros do inseto.
O coordenador-geral da CGVS, Anderson Araújo de Lima, ressalta que o trabalho de prevenção ocorre o ano todo. "Muitos se perguntam os motivos pelos quais o inseticida não é aplicado em todos os lugares. Não queremos que ele crie resistência ao veneno, por isso, não podemos aplicá-lo indiscriminadamente", esclarece. Além disso, afirma, a maioria dos focos de reprodução são domiciliares. "A população não pode esperar por uma iniciativa do poder público. É preciso que cada morador siga as orientações e ajude a combater a reprodução do mosquito."
Por orientação do Ministério da Saúde, desde o começo do mês, as coletas da Capital e do Estado para exames laboratoriais para o zika vírus estão sendo enviadas ao laboratório da Fiocruz em Curitiba, no Paraná, a fim de diminuir o prazo de investigação. Até agora, as amostras eram enviadas para o laboratório do Instituto Evandro Chagas, no Pará. "Nesta época, as pessoas viajam muito, então é preciso que todos fiquem atentos aos sinais e sintomas e busquem unidades de saúde o mais rápido possível. O atendimento de um indivíduo tem desdobramentos epidemiológicos e ambientais. Se a suspeita é 'quente', ou seja, se a pessoa viajou a um local endêmico, todo o controle ambiental passa a ser realizado também."
Também ontem, a prefeitura iniciou o processo de expansão do monitoramento inteligente da dengue no Jardim Botânico, com a instalação da primeira armadilha no bairro. Até o final da semana, o trabalho deve estar concluído. A expectativa é de que sejam instalados até 25 equipamentos na região. Já existem 794 armadilhas em 25 bairros da Capital. Depois do Jardim Botânico, o bairro Petrópolis será o próximo a ser contemplado.

Protocolo prevê ecografia e tomografia em bebês com microcefalia

O Ministério da Saúde (MS) divulgou ontem o Protocolo de Atenção à Saúde e Respostas à Ocorrência de Microcefalia Relacionada à Infecção pelo Vírus Zika, que será usado por profissionais de saúde dos sistemas público e privado no cuidado de mulheres em idade fértil, de gestantes e de bebês com suspeita de microcefalia. Uma das principais mudanças é a indicação da ecografia transfontanelar e da tomografia para os recém-nascidos com menos de 32 centímetros de perímetro cefálico. Primeiramente, será feita a ecografia. Caso ela mostre que os ossos do crânio estão selados, será feita a tomografia.
O documento prevê ainda uma maior distribuição de testes rápidos de gravidez, a busca ativa de gestantes para o pré-natal e o registro dos sintomas do zika na caderneta da gestante, no caso de eles serem relatados durante a gravidez. A estimulação precoce dos recém-nascidos com microcefalia e outras má-formações também está prevista. A estimulação deverá ser feita até os três anos de idade, quando se completa o ciclo de desenvolvimento neurológico e cerebral da criança. A intenção é reduzir danos. O secretário de Atenção à Saúde do MS, Alberto Beltrame, confirmou que já há registros de cegueira congênita, má-formação do globo ocular e surdez congênita nos bebês.