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- Publicada em 07 de Dezembro de 2015 às 19:38

Enfrentamento à epidemia de Aids no Rio Grande do Sul passa por vontade política

Suzy Scarton
Menos conversa, mais ação. Foi principalmente esse o pedido dos participantes da audiência pública que debateu a situação das políticas de atenção à saúde dos portadores de HIV/Aids no Rio Grande do Sul. O índice de detecção da doença no Estado é duas vezes maior do que o número nacional. No Brasil, em 2014, a taxa de detecção era de 19,7 casos a cada 100 mil habitantes. No Rio Grande do Sul, de 38,3 casos por 100 mil pessoas. Entre as capitais, Porto Alegre tem o índice mais alto (94,2).
Menos conversa, mais ação. Foi principalmente esse o pedido dos participantes da audiência pública que debateu a situação das políticas de atenção à saúde dos portadores de HIV/Aids no Rio Grande do Sul. O índice de detecção da doença no Estado é duas vezes maior do que o número nacional. No Brasil, em 2014, a taxa de detecção era de 19,7 casos a cada 100 mil habitantes. No Rio Grande do Sul, de 38,3 casos por 100 mil pessoas. Entre as capitais, Porto Alegre tem o índice mais alto (94,2).
A Secretaria Estadual de Saúde (SES) destacou a implantação do teste rápido como uma das principais armas de apoio ao diagnóstico. Ricardo Charão, ex-coordenador do Programa Estadual de DST/Aids da SES, alertou para a importância da atenção básica e questionou o papel da sociedade na cobrança de ações mais enérgicas. Para ele, o Estado colhe anos de ausência de investimento, não só de recursos, mas de políticas públicas, de capacitação de agentes técnicos e de gestão. "Todos esses fatores afetam diretamente a epidemia da doença. Além disso, temos a menor cobertura de estratégia de saúde do Brasil. Não adianta pensar em conter sífilis, hepatite, sem dar espaço à atenção básica, ao pré-natal. É uma vergonha termos, todos os anos, centenas de casos por transmissão vertical", ponderou.
A consideração, no entanto, foi rebatida por Rubens Raffo, coordenador técnico do Fórum de ONGs Aids do Estado. "Se a sociedade não participasse, não estaríamos aqui debatendo isso. É fácil culpar a sociedade por algo que é responsabilidade do governo", afirmou. Para ele, não há falta de investimento, e sim, de vontade de agir.
O coordenador da área técnica de DST/Aids e Hepatites Virais da Secretaria Municipal de Saúde da Capital, Gerson Winkler, apontou problemas no modo como a epidemia é tratada. "Nosso modelo assistencial de Aids é ultrapassado. Estamos nos focando nas dificuldades reais enfrentadas pelos portadores", explicou. Winkler também citou a escassez de infectologistas.
Para os participantes é notório que a eficácia das políticas públicas é precária. "Fica tudo no papel. Falta o querer fazer", comentou José Hélio Castalunga, da Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV/Aids. Os proponentes sugeriram a reativação da Frente Parlamentar de Luta contra Aids e a união forças para que dezembro passe a ser conhecido como Dezembro Vermelho, aos moldes do Outubro Rosa.
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