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Fórmula 1

- Publicada em 29 de Dezembro de 2015 às 17:25

Saúde de Schumacher permanece uma incógnita

Em 2015, completaram-se 20 anos do segundo título do alemão na F-1

Em 2015, completaram-se 20 anos do segundo título do alemão na F-1


JOSEP LAGO/AFP/JC
O piloto mais vitorioso da história da Fórmula 1 completou ontem dois anos de um período cercado de mistério, especulações e poucas informações. O acidente de esqui de Michael Schumacher, em 29 de dezembro de 2013, na França, deixou o heptacampeão com a saúde debilitada e hoje faz os fãs permanecerem incertos sobre qual é a real condição do alemão.
O piloto mais vitorioso da história da Fórmula 1 completou ontem dois anos de um período cercado de mistério, especulações e poucas informações. O acidente de esqui de Michael Schumacher, em 29 de dezembro de 2013, na França, deixou o heptacampeão com a saúde debilitada e hoje faz os fãs permanecerem incertos sobre qual é a real condição do alemão.
Nos últimos meses, o estado de saúde de Schumacher não teve atualizações oficiais. No fim de 2014, ele foi transferido para a sua casa, na Suíça, onde recebe atendimento médico e tem contato apenas com os familiares. Durante o último ano, a imprensa europeia publicou informações bastantes variadas sobre a condição do ex-piloto.
Enquanto em setembro o jornal britânico Daily Express afirmou que o alemão estava frágil e pesando apenas 45kg, em dezembro a revista alemã Bunte revelou que ele já estava melhor e começava a caminhar. Outras notícias recentes trataram mais de pessoas próximas a Schumi do que sobre as condições dele.
O ex-agente do piloto, Willi Weber, reclamou de não ter autorização para visitá-lo e apontou a esposa do alemão, Corinna, como a responsável pela proibição. "A situação é terrível para mim e minha família também está sofrendo. Nossas famílias estiveram ligadas fortemente por 25 anos e agora ninguém consegue entender", escreveu o agente em desabafo na rede social Facebook.
Por sua vez, o advogado Felix Damm defendeu o direito da família de preservar informações sobre o estado de saúde de Schumacher. "O acidente em si foi um evento da história contemporânea e deveria ser reportado. Mas não existe essa exigência (de dar informações) quando a recuperação é iniciada", explicou em entrevista à agência alemã de notícias DPA.
Em dezembro de 2013, Schumacher bateu a cabeça em uma pedra enquanto esquiava na estação de Méribel, nos Alpes Franceses. O ex-piloto teve uma séria lesão no crânio e foi transferido de helicóptero para um hospital na cidade de Grenoble. Por lá ficou seis meses. O local atraiu a presença de vários fãs, que pernoitavam na frente do centro médico e faziam vigília. Depois de sair do coma, o alemão passou três meses na cidade suíça de Lausanne até ir para casa.

Filho do campeão aparece como destaque no automobilismo

Em 2015, o alemão completou também 20 anos de seu segundo título mundial de Fórmula 1, conquistado ainda pela Benetton. Enquanto isso, seu filho Mick Schumacher continua se destacando em sua precoce carreira no automobilismo, com bons resultados na Fórmula 4 alemã. O garoto tem 16 anos.
No ambiente da F-1, os pilotos evitam comentar sobre o estado de Schumacher. Alguns antigos colegas mais próximos, como o brasileiro Felipe Massa, por exemplo, dizem respeitar a decisão de família de não divulgar informações. A categoria também passou por um ano difícil, com a morte do piloto francês Jules Bianchi em julho, nove meses após sofrer um grave acidente no Grande Prêmio do Japão.

Chefe da Red Bull afirma que domínio da Mercedes prejudica a categoria

O domínio exibido pela Mercedes na duas últimas temporadas incomoda e preocupa o chefe da equipe Red Bull, Christian Horner. Segundo o dirigente, a série de vitórias do time do inglês Lewis Hamilton e do alemão Nico Rosberg - foram 32 nas últimas 38 provas - deixa a Fórmula 1 pouco atrativa. "Resultados previsíveis e vitórias em série são difíceis para qualquer esporte", disse.
Antes da Mercedes, porém, quem dominava a F-1 era a Red Bull, que venceu os quatro campeonatos de pilotos - todos eles com o alemão Sebastian Vettel - e de construtores entre 2010 e 2013. Horner defendeu, porém, que o domínio da sua equipe era diferente, avaliando que havia mais equilíbrio entre as equipes. "Fomos acusados por isso, mas nós desfrutamos do sucesso contínuo e da longevidade no esporte. Dois dos nossos campeonatos mundiais foram definidos na última corrida e nunca terminamos em primeiro e segundo em um campeonato", afirmou.
Horner lembrou que pilotos que foram protagonistas em campeonatos anteriores, como o espanhol Fernando Alonso, se tornaram meros coadjuvantes no grid. "Acho que ninguém quer ver Alonso apenas participar, queremos vê-lo competir. Queremos ver Daniel Ricciardo competir, queremos ver Sebastian Vettel lutando com Lewis Hamilton e Nico Rosberg", disse.
Por isso, o dirigente defendeu que a categoria passe por mudanças para voltar a atrair a atenção do público. "Você não pode esperar que as equipes alcancem isso, mas que o órgão regulador e o corpo diretivo cheguem a um conjunto de regras que permitam atingir esses objetivos", concluiu Horner.