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Esportes

- Publicada em 22 de Dezembro de 2015 às 19:17

'Demorei cinco anos para aprender', diz Mineirinho

Surfista Adriano de Souza desembarcou ontem em São Paulo

Surfista Adriano de Souza desembarcou ontem em São Paulo


MIGUEL SCHINCARIOL/AFP/JC
Aos 28 anos, Adriano de Souza, o Mineirinho, é o mais velho da nova geração de surfistas do País. Ontem, logo após desembarcar em São Paulo, o campeão mundial ressaltou a diferença de preparação da época em que começou a sua carreira em relação ao que se aprende agora.
Aos 28 anos, Adriano de Souza, o Mineirinho, é o mais velho da nova geração de surfistas do País. Ontem, logo após desembarcar em São Paulo, o campeão mundial ressaltou a diferença de preparação da época em que começou a sua carreira em relação ao que se aprende agora.
"O que eu demorei cinco anos para aprender, essa nova molecada aprende em seis meses. É por isso que as coisas foram mais dolorosas e sofridas para mim. Eu demorei mais para aprender, mas foi o suficiente para ser campeão mundial", disse Mineirinho durante entrevista na sede de um dos seus patrocinadores, em São Paulo.
O surfista, que conquistou o título mundial na semana passada, em Pipeline, no Havaí, se refere aos recursos que os surfistas de hoje possuem. Desde pequeno, eles já têm oportunidade de viajar para os lugares com as melhores ondas, como Havaí e Austrália, aprendem inglês e ganham preparação física.
"Nós vemos, hoje, uma grande evolução no surfe. Temos que ressaltar os pioneiros do surfe no Brasil. Eles deixaram alguns buracos. Claro, eles não sabiam como chegar a um título mundial, mas eles traçaram o caminho. E essa nova geração tapou esse buraco. A gente deve muito a eles. Viraram referência", afirmou.
Mineirinho disputou o Mundial pela primeira vez em 2006 e ficou em quinto lugar em três ocasiões (em 2009, 2011 e 2012). O surfista ressaltou que se espelhou em Gabriel Medina, campeão do mundo em 2014, e em outros dois estrangeiros para conquistar o título deste ano.
"O Mick Fanning é o cara mais forte mentalmente. Já passou por diversos problemas pessoais e, mesmo assim, não se abalou. O Kelly Slater é como o vinho. Quanto mais velho, melhor. E tem o Gabriel Medina, que mostrou que era possível ser campeão. Eu peguei um pouco de cada um desses caras", disse Mineirinho.
O surfe sempre foi dominado por australianos e norte-americanos. No entanto, o Brasil conquistou dois títulos seguidos e, neste ano, teve quatro surfistas no top 10 do ranking. Para Mineirinho, os estrangeiros não estão nada felizes com essa situação. "Eles enxergam como se estivesse tirando o espaço deles. Estão indignados, não estão nada felizes. Mas vamos lutar muito para estar ali de novo no ano que vem", disse o brasileiro, que tem uma boa relação com os adversários.
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