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Esportes

- Publicada em 07 de Dezembro de 2015 às 18:06

Eurico assume responsabilidade da queda mas põe culpa em Dinamite

Em sua primeira e muito esperada entrevista após o rebaixamento do Vasco para a Série B do Brasileiro, o presidente do Vasco, Eurico Miranda, chamou para si a 'exclusiva responsabilidade' sobre a queda e comentou o que considera ser uma mancha em seu currículo. Ao detalhar os motivos do rebaixamento, porém, afirmou que a situação econômica do clube deixada por Roberto Dinamite o impediu de fazer mais pelo time.
Em sua primeira e muito esperada entrevista após o rebaixamento do Vasco para a Série B do Brasileiro, o presidente do Vasco, Eurico Miranda, chamou para si a 'exclusiva responsabilidade' sobre a queda e comentou o que considera ser uma mancha em seu currículo. Ao detalhar os motivos do rebaixamento, porém, afirmou que a situação econômica do clube deixada por Roberto Dinamite o impediu de fazer mais pelo time.
"Primeira coisa que quero falar, para que não fique dúvidas: o único e exclusivo responsável pelo rebaixamento do Vasco sou eu. Não quero transferir para ninguém e dizer que isso é uma mancha irreparável no meu currículo de 50 anos de Vasco. Esperava não ter que passar por essa situação", disse Eurico em São Januário nesta segunda-feira, ainda antes das perguntas dos jornalistas.
"É algo que não queria levar comigo, mas vou ter de levar comigo este rebaixamento. É uma mancha no meu currículo que eu não esperava ter", comentou.
O presidente vascaíno confirmou que já acertou com o técnico Jorginho e o auxiliar Zinho a permanência dos dois no comando da equipe na próxima temporada. Ainda em seu pronunciamento, o dirigente tomou a iniciativa de comentar as inúmeras vezes - seja na sua campanha eleitoral no clube ano passado, ou já durante a péssima fase do Vasco no Brasileiro - em que ele afirmou que o Vasco jamais seria rebaixado sob seu comando.
"Tenho algumas frases de efeito. É não apenas o meu estilo, mas também pela necessidade e obrigação que eu tinha de levantar a auto-estima dessa instituição. Todos ouviram e gostam de falar que eu afirmava que comigo o Vasco não cai... É claro que você aumenta a responsabilidade quando fala isso, mas levanta a auto-estima. E o Vasco, quando eu assumi, precisava disso. Que eu colocasse o Vasco no lugar dele no contexto nacional: uma instituição que participe do processo decisório e não fique no plano secundário", contou.
Eurico comentou ainda a expectativa de que se licenciasse da presidência para tratar de um tumor. Embora sem entrar em detalhes sobre sua saúde, ele garantiu que não se afastará da presidência.
"Eu tô bem. Posso não estar 100%, mas estou bem. Nada que impeça que eu continue a honrar o compromisso que assumi desde o ano passado. Aqueles que esperavam que eu chegasse aqui e me afastasse, nenhuma chance. Vou ter que carregar isso para mim, e o Vasco, sem nenhuma dúvida, o Vasco vai retornar para o lugar que é dele. O comando continua, tenho a solidariedade de toda a diretoria, e vamos dar a volta por cima", assegurou.
Até sobre a "ida para a Sibéria", uma de suas frases de efeito para garantir que o Vasco não cairia, Eurico comentou:
"Tem uns caras que devem estar tristes porque gostariam de ir comigo para a Sibéria. Alguns até que têm problemas freudianos comigo. Falei Sibéria, poderia falar qualquer lugar distante. O que eu disse é que, se eu não tivesse as razões que levaram a isso (rebaixamento), se eu tivesse tido as condições de evitar, eu não teria ficado um dia", afirmou Eurico. "Quando eu atribuo a responsabilidade a mim, não é a culpa. São coisas diferentes. A culpa, já expliquei os motivos que levaram. Não podia investir no futebol sem regularizar a situação do clube", disse.
Ao entrar no mérito das causas que levaram o Vasco ao rebaixamento, Eurico citou o estado de "terra arrasada" em que, segundo ele, seu antecessor Roberto Dinamite deixou o clube. Citou a falta de dinheiro para investir no time e a grande quantidade de débitos que surgiram durante o ano.
"Encontrei o Vasco num quadro de terra arrasada. Achei, quando assumi, que era uma situação difícil, mas era muito pior do que encontrei. Este cidadão que passou aqui, chamado Roberto Dinamite, passou sete anos no Vasco e não recolheu um centavo de imposto nem um centavo de fundo de garantia. Fora outras situações, me deixou com três meses de atrasos de salário e do quadro funcional", disse Eurico.
"Não havia a menor condição, sem regularizar essa situação, da gente fazer os investimentos necessários para ter um time competitivo. Depois, quando pudemos nos concentrar no time,começamos a ter inúmeras surpresas. Débitos que apareciam. Vou citar só um: água, tivemos de fazer um parcelamento de R$ 10 milhões. Hoje posso dizer que o Vasco tem sua situação fiscal regularizada, seus impostos recolhidos normalmente, e os salários estão em dia, até antecipados", explicou.
O presidente vascaíno não deixou também de criticar a arbitragem do Brasileiro:
"Ninguém foi mais prejudicado pela arbitragem do que o Vasco. Até no último jogo, tem um pênalti que não foi duvidoso, todos disseram que foi, e não foi marcado. Isto foi em função de que, apesar de nós termos alertado, nenhuma providência foi tomada pela CBF. Falo isso não para me justificar pessoalmente, mas em homenagem a um grupo de jogadores e comissão técnica que se dedicaram e não tiveram o objetivo concretizado no final", reclamou.
Sobre o elenco para 2016, Eurico respondeu sobre dois jogadores, o goleiro Martín Silva e o camisa 10 Nenê, que, segundo ele, permanecerão no elenco no ano que vem.
"Martín Silva e Nenê são jogadores do Vasco, vinculados ao Vasco, não têm por que sair. Claro que um jogador só fica onde quer, mas no caso eles têm vínculo, e o Vasco não tem interesse em liberar", finalizou.
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