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economia

- Publicada em 17 de Dezembro de 2015 às 19:04

Depois de período difícil, agências veem retomada

 Visita a redação do Jornal do Comércio do Presidente da Associação Brasileira de Agências de Publicidade (Abap) no Rio Grande do Sul    na foto: Daniel Skowronsky, presidete da Abap/RS

Visita a redação do Jornal do Comércio do Presidente da Associação Brasileira de Agências de Publicidade (Abap) no Rio Grande do Sul na foto: Daniel Skowronsky, presidete da Abap/RS


ANTONIO PAZ/JC
A turbulência econômica no Brasil em 2015 afetou em cheio o mercado publicitário. Números da Associação Brasileira de Agências de Publicidade (Abap), capítulo Rio Grande do Sul, apontam para uma queda de 8% a 10% nos investimentos em mídia pelas companhias no período.
A turbulência econômica no Brasil em 2015 afetou em cheio o mercado publicitário. Números da Associação Brasileira de Agências de Publicidade (Abap), capítulo Rio Grande do Sul, apontam para uma queda de 8% a 10% nos investimentos em mídia pelas companhias no período.
Apesar disso, a expectativa é que as agências possam entrar no próximo ano mais organizadas para um cenário que deve permanecer adverso. "Vai ser um ano difícil, mas as agências colocaram muita energia para promover os ajustes necessários nos últimos meses, como reduzir custos e alinhar projetos, e estarão melhor preparadas", acredita o sócio-diretor de estratégia da Global e presidente da Abap no Rio Grande do Sul, Daniel Skowronsky.
A Global vai seguir seu plano de trabalho. Em 2015, a empresa passou por uma grande transformação, que envolveu mudança de marca, de processos, a adoção de uma nova cultura de trabalho e a oferta de novas soluções e serviços, especialmente para o mundo digital. "Tivemos um trabalho grande de qualificação da nossa equipe e um maior foco na entrega. Conseguimos alcançar resultados positivos", comemora. Ele cita a conquista de contas importantes, como a do Shopping Iguatemi, Casa Valduga e Harman, empresa internacional de soluções de áudio.
O presidente da agência AMA, Zeca Honorato, destaca que, apesar de o cenário econômico do País permanecer adverso, 2016 será um ano mais positivo. "As agências tornando as suas operações enxutas e as estruturas mais ágeis. Nossa expectativa é que, a partir de agora, veremos uma recuperação nos negócios", comenta ele, que assume em janeiro como novo presidente da Associação Riograndense de Propaganda (ARP).
O cenário mais positivo já está sendo sentido na preparação dos planejamentos de mídia. "As marcas mais ausentes estão retornando com diversificação nos investimentos, buscando novos formatos de posicionamento", destaca Honorato.
 

Comportamento de compra muda com a era digital

Além do cenário conjuntural do Brasil, as marcas e as agências vivem um desafio gigante na era digital: entender os novos comportamentos de compra dos consumidores e desenvolver estratégias certeiras para conseguirem se posicionar de forma relevante em todos os pontos de busca por produtos e serviços.
Hoje, as pessoas pesquisam produtos e preços nas lojas físicas e compram pela internet. E o inverso também acontece. Muitos usam a web para avaliar preços entre dezenas de varejistas e efetivam a compra na loja física. "São questões que impactam diretamente a forma como as marcas precisam gerenciar a sua comunicação, gerar conteúdo e planejar as suas ações. É preciso estar presente em todos os momentos de busca pelos produtos", comenta Daniel Skowronsky.
O estudo Connected Life, realizado pela consultoria TNS com mais de 60 mil consumidores conectados em 50 países, quase nove entre 10 compradores no Brasil fazem algum tipo de pesquisa antes de fazer uma compra. Cerca de 74% fazem isso on-line.
Os compradores estão cientes da quantidade de opções que existem. Por isso, a especialista da TNS, Juliana Honda, observa que as marcas, os varejistas e os fabricantes precisam de um profundo entendimento de como e onde as pessoas pesquisam suas compras, para assegurar o tipo certo de informação, no lugar certo e na hora certa. "Os consumidores estão adotando uma abordagem mais ponderada em suas compras, e as marcas devem fornecer as informações e os incentivos necessários para convencê-los", relata.