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Economia

- Publicada em 03 de Janeiro de 2016 às 22:02

Contexto altera o perfil de contratação de executivos

Empresas têm optado pela fusão de áreas, explica Poziomczyk

Empresas têm optado pela fusão de áreas, explica Poziomczyk


JOÃO MATTOS/JC
Marina Schmidt
A formação em Ciências da Computação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) somada à experiência de mais de 15 anos na área comercial, com passagem pela Microsoft e Dell, são destaques no currículo de Fabiano Seyboth Mallmann, que, no início de dezembro, assumiu o cargo de gerente sênior de Relacionamento para a região Sul da Wolters Kluwer, multinacional especializada em fornecimento de informações para profissionais e estudantes da área da Saúde.
A formação em Ciências da Computação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) somada à experiência de mais de 15 anos na área comercial, com passagem pela Microsoft e Dell, são destaques no currículo de Fabiano Seyboth Mallmann, que, no início de dezembro, assumiu o cargo de gerente sênior de Relacionamento para a região Sul da Wolters Kluwer, multinacional especializada em fornecimento de informações para profissionais e estudantes da área da Saúde.
O cargo, sediado em Porto Alegre, surgiu em função da expansão da empresa, que identificou a região Sul como estratégica para os negócios. A ampliação do quadro de funcionários que propiciou a contratação de Mallmann é praticamente uma exceção no mercado de seleção de executivos no Estado, de acordo com a percepção dos agentes que atuam no setor. No decorrer de 2015, a procura de candidatos para aumento das operações foi ofuscada pelas substituições de mão de obra, sinal de que as organizações estão revendo os quadros em busca de maior eficiência.
Diante do cenário de crise, a mudança do mercado foi acentuada, detalha Fernando Poziomczyk, gerente executivo regional da consultoria Michael Page, empresa líder mundial em recrutamento executivo de média e alta gestão. Responsável pelas operações na região Sul, Poziomczyk conta que quando as operações do grupo foram iniciadas no Rio Grande do Sul, em 2011, cerca de 70% das posições daquele ano eram para aumento de quadro e 30% voltadas para substituição. "As empresas mais capitalizadas, em um momento econômico e político mais propício, costumam expandir as operações", ressalta. Naquele período, o setor que mais se destacava quanto às novas contratações era a indústria.
Em 2015, a regional Sul da Michael Page trabalhou com foco muito maior em substituições. "Registramos que 93% das posições, em 2015, foram de substituição. E somente 7% eram para aumento de quadro ou novas contratações", demonstra. "Não é uma substituição de seis por meia dúzia: as empresas estão buscando eficiência", acrescenta. Poziomczyk é categórico em afirmar que "as organizações sempre contratam, independentemente do contexto". Mas há, evidentemente, focos diferentes em cada um dos cenários. Se, na bonança, as empresas buscam ampliação do mercado, na retração, se ajustam para fazer mais com menos.
"O recurso está mais escasso, então, em uma empresa que tem um gerente contábil e um gerente de controladoria pode acontecer a fusão dessas duas áreas com a criação de uma função mais sênior, porque sai mais barato", exemplifica. Para quem está em busca de colocação profissional, isso se traduz em demonstrar, nos processos de seleção, o potencial para melhorar resultados e integrar áreas com afinidades.
É exatamente nessa situação que Mallmann se encaixa. Com conhecimento em Ciências da Computação e experiência na área comercial, ele concentra características favoráveis a uma empresa que tem softwares como produto. Na função de gerente sênior de Relacionamento da Wolters Kluwer, ele alia as descrições técnicas ao processo de divulgação e de vendas, concretizando contatos mais promissores. "A empresa estava procurando alguém que viesse da área de Tecnologia da Informação, pois vinha trabalhando com pessoas da área da Saúde, mas sentia falta de um relacionamento mais focado no produto", resume.
O executivo substituiu um emprego em uma empresa nacional pela vaga que surgiu na multinacional. Acompanhando os principais processos de seleção do ano, ele identifica que as contratações estão mais criteriosas. "O que eu noto é que as empresas estão planejando muito bem os próximos movimentos."
Ao longo de 2015, duas áreas que se destacaram nas contratações, segundo o gerente executivo da Michael Page, foram as da administração financeira e comercial. "A área administrativo-financeira é fácil identificar que tem se movimentado pela necessidade de reduzir custo, aumentar a eficiência e melhorar relacionamento bancário. E a área comercial ganha atenção por ser o departamento que gera receita", sublinha, reforçando que 2015 foi um ano atípico. Porém, 2016 não será diferente, estima Poziomczyk, que projeta continuidade das substituições e da procura por executivos das áreas de finanças e comercial.
Projetando o cenário de contratação de executivos para 2016, a consultoria Michael Page fez análises de mercado para identificar os cargos que serão os mais procurados. Segundo Henrique Bessa, diretor da Michael Page, as empresas estão priorizando profissionais que possuem larga experiência e que sejam capazes de gerar mais valor e eficiência ao negócio. "O executivo que entender este momento e se colocar à disposição para absorver uma nova função ou dar apoio em mais de uma área pode se destacar facilmente dentro da companhia."

Profissões em alta para 2016

Gerente/Coordenador de Infraestrutura

  • O que faz: É responsável por toda a gestão de infraestrutura de TI
  • Perfil: Formação em sistemas/ciência da informação e pós-graduação na área é um diferencial
  • Salário: Entre R$ 12 mil e R$ 16 mil
Gerente/Coordenador de Plataformas Mobile e Web
  • O que faz: Lidera equipe de desenvolvedores de aplicativos, ferramentas web, visa aproximar o usuário da marca/empresa
  • Perfil: Para web, conhecimento no desenvolvimento em Java, Groovy, DevOps, entre outras tecnologias. Para mobile, conhecimentos IOS e Android, principalmente
  • Salário: Entre R$ 9 mil e R$ 11 mil 
Gerente Tributário
  • O que faz: Garante que a empresa esteja em dia com as obrigações fiscais, dá suporte as áreas internas em consultoria tributária e mantém foco no estudo de incentivos, regimes especiais e novas legislações com o objetivo de reduzir a carga tributária
  • Perfil: Formação em Contábeis ou Direito, com especializações em direito tributário e bom domínio do inglês
  • Salário: Entre R$ 12 mil e R$ 17 mil
Controller
  • O que faz: Acompanha toda a operação da empresa sob o ponto de vista financeiro, cria relatórios e indicadores, além de liderar os relatórios dos números
  • Perfil: Graduado em Ciências Contábeis, Administração de Empresas ou Economia
  • Salário: Entre R$ 16 mil e R$ 21 mil
Gerente de Tesouraria (com foco em operações estruturadas)
  • O que faz: Responsável em fazer a gestão e controle da estrutura de capital das empresas, com ampla bagagem de relacionamento bancário de médio/longo prazo, de projeção e controle do fluxo de caixa
  • Perfil: Graduado Ciências Contábeis, Administração de Empresas, Economia ou Engenharia, normalmente com MBA em Finanças Corporativas e/ou Investments
  • Salário: Entre R$ 16 mil e R$ 25 mil
Head do Departamento Jurídico
  • O que faz: É o responsável por toda e qualquer demanda jurídica da empresa, e atua tanto no consultivo como na gestão do contencioso, em todas as frentes
  • Perfil: Generalista, com foco em Consultivo. Inglês indispensável. Habilidade em gerir escritórios. Facilidade em relacionamento com as outras áreas de negócio
  • Salário: Entre R$ 10 mil e R$ 15 mil
Gerente de Contencioso de Volume
  • O que faz: Lidera operações com um alto volume de processos, faz a gestão da contingência processual, analisando e administrando os riscos de cada carteira, traça estratégias para melhor rentabilidade e a gestão das equipes que atuam nestas células
  • Perfil: O profissional terá que ter um perfil híbrido, pois deve conciliar a questão técnica com a habilidade administrativo-financeira de gerir um alto volume de processos
  • Salário: Entre R$ 9 mil e R$ 14 mil
     
Advogado Sênior/Gerente na área de M&A
  • O que faz: Normalmente compõe a área jurídico-consultiva da empresa ou escritório, sendo responsável pela elaboração dos atos que compõem as operações de M&A
  • Perfil: Habilidade técnica e experiência em execução de fusões. Inglês indispensável, já que muitas das operações envolvem investidores estrangeiros
  • Salário: Entre R$ 11 mil e R$ 17 mil
Gerente de Inteligência de Mercado
  • O que faz: Gerencia as atividades relacionadas à inteligência de mercado, envolvendo análise de dados sobre concorrência, consumidores, tendências e cenários
  • Perfil: É bastante analítico e com raciocínio lógico diferenciado, sempre atualizado em relação a tendências, inovações e práticas do mercado
  • Salário: Entre R$ 10 mil e R$ 15 mil
Gerente de Marketing Digital
  • O que faz: Realiza gestão da estratégia digital, atua com prospecção de leads e vendas, faz análise de mercados e tendências além do suporte consultivo gerencial, identifica as novas oportunidades de produtos, serviços, informações e soluções através do digital
  • Perfil: Profissionais com conhecimento em usabilidade e experiência do usuário e compra de mídia online
  • Salário: Entre R$ 10 mil e R$ 14 mil
Gerente de Logística
  • O que faz: Controla, organiza e garante a integridade do estoque, faz a gestão de toda a equipe operacional, contrata serviço de manutenção e operação
  • Perfil: Ideal um Engenheiro de Produção com pós-graduação em Logística
  • Salário: Entre R$ 10 mil e R$ 15 mil
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