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Economia

- Publicada em 30 de Dezembro de 2015 às 21:38

Colheita do tabaco avança sem acordo de preço

Produção de fumo deve ter queda de produtividade, alcançando 270 mil toneladas

Produção de fumo deve ter queda de produtividade, alcançando 270 mil toneladas


AFUBRA/DIVULGAÇÃO/JC
Luiz Eduardo Kochhann
A colheita do tabaco iniciou no Rio Grande do Sul sem que os produtores saibam quanto receberão pela matéria-prima. Duas rodadas de negociação - em novembro e dezembro - foram realizadas, mas não houve acordo em relação ao reajuste. A comissão dos fumicultores, formada pelas federações da Agricultura do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e do Paraná (Farsul, Faesc e Faep) e dos Trabalhadores Rurais (Fetag, Fetaesc e Fetaep) e Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), exige valorização de 17,7%. As propostas apresentadas pela indústria, por outro lado, atingem, no máximo, 12%.
A colheita do tabaco iniciou no Rio Grande do Sul sem que os produtores saibam quanto receberão pela matéria-prima. Duas rodadas de negociação - em novembro e dezembro - foram realizadas, mas não houve acordo em relação ao reajuste. A comissão dos fumicultores, formada pelas federações da Agricultura do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e do Paraná (Farsul, Faesc e Faep) e dos Trabalhadores Rurais (Fetag, Fetaesc e Fetaep) e Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), exige valorização de 17,7%. As propostas apresentadas pela indústria, por outro lado, atingem, no máximo, 12%.
De acordo com o presidente da Afubra, Benício Albano Werner, as negociações serão retomadas em janeiro. "Esperamos que a indústria perceba que temos uma defasagem na tabela devido ao aumento dos custos de produção, que foi superior a 12%", destaca. As reuniões com as seis compradoras - JTI, Philip Morris, China Brasil Tabacos, Universal Leaf, Alliance One e Souza Cruz - são realizadas separadamente. Apenas duas delas, a Souza Cruz e a Philip Morris, formalizaram suas intenções de aumento, respectivamente, de 9% e 12%. A primeira, inclusive, já iniciou o recebimento do produto pagando o valor reajustado.
Werner não descartar que a comissão de fumicultores apresente uma contraproposta nos próximos encontros. Mas, enquanto isso, a colheita avança, principalmente, nas lavouras do Vale do Rio Pardo. Nas áreas baixas dessa região, cerca de 75% do processo está finalizado. Nas áreas altas, assim como na região Sul, em municípios como Canguçu e São Lourenço, a média está acima de 40%. A expectativa da Afubra é finalizar 2015 com 60% da colheita finalizada no Rio Grande do Sul, onde foram plantados 139,9 mil hectares. O restante da safra do Estado deve ser fechada até a segunda quinzena de fevereiro.
A produção, entretanto, deve ser menor, sendo estimada em pouco mais de 270 mil toneladas. As lavouras foram afetadas pelo excesso de chuvas e, com isso, a expectativa é de queda na produtividade. A média dos três estados da região Sul deve ficar em 2,2 mil quilos por hectare. De acordo com a Emater, a baixa radiação durante o ciclo da planta colaborou para os resultados negativos. No região Noroeste, há relatos de aparecimento de doenças e morte de plantas em locais onde houve encharcamento. A umidade também ocasiona o apodrecimento de folhas colhidas e armazenadas.
A Afubra não descarta uma retração ainda maior, pois, conforme Werner, além da umidade, o granizo castigou as lavouras em 2015. Também é preciso esperar para ver como o clima se comportará durante o avanço da colheita. Foram registrados 25 mil casos de associados gaúchos com propriedades atingidas, ou seja, 46,5% a mais do que no ano passado. Em todos o Sul do País, com destaque para o Paraná, 36 mil agricultores sofreram com os danos causados pela adversidade climática.
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