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Economia

- Publicada em 28 de Dezembro de 2015 às 22:45

Produtores de arroz pedem ajuda ao governo federal

Enchentes geraram perdas nas áreas produtoras, como Uruguaiana

Enchentes geraram perdas nas áreas produtoras, como Uruguaiana


DANIEL BADRA/AGÊNCIA FREE LANCER/AE/JC
As chuvas ocasionadas pelo El Niño voltaram a prejudicar as lavouras de arroz no Estado. O diretor técnico do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), Maurício Fischer, estima que as enchentes dos últimos dias afetaram 140 mil hectares, consolidando perdas de área plantada e de produtividade, ainda a serem calculadas precisamente. Por isso, a Federação de Arrozeiros do Estado (Federarroz), através do prefeito de Uruguaiana, Luiz Fuhrmann, solicitou, em documento entregue à presidente Dilma Rousseff, que visitou regiões atingidas, ajuda aos orizicultores prejudicados pelas precipitações.
As chuvas ocasionadas pelo El Niño voltaram a prejudicar as lavouras de arroz no Estado. O diretor técnico do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), Maurício Fischer, estima que as enchentes dos últimos dias afetaram 140 mil hectares, consolidando perdas de área plantada e de produtividade, ainda a serem calculadas precisamente. Por isso, a Federação de Arrozeiros do Estado (Federarroz), através do prefeito de Uruguaiana, Luiz Fuhrmann, solicitou, em documento entregue à presidente Dilma Rousseff, que visitou regiões atingidas, ajuda aos orizicultores prejudicados pelas precipitações.
"Fatalmente precisaremos de apoio na equalização dos financiamentos e encargos, além de um prazo mais longo de pagamento para alguns produtores, com objetivo de mantê-los adimplentes e na atividade", salienta o presidente da Federarroz, Henrique Dornelles. A entidade deve encaminhar um relatório da situação ao Ministério da Agricultura assim que for possível fazer uma avaliação dos estragos. As informações do fim da tarde de ontem dão conta de que o nível da água começou a baixar em Cachoeirinha, um dos municípios mais afetados, mas seguia estável ou subindo em outras regiões, como na Fronteira-Oeste.
Há casos de produtores que replantaram três vezes a mesma lavoura e, inclusive, de áreas localizadas em regiões mais altas que também foram atingidas. As chuvas elevadas ocorridas nas cabeceiras dos rios Uruguai, Ibirapuitã e Ibicuí foram as principais responsáveis pelos danos recentes. Além disso, a Depressão Central sofre com as cheias do rio Jacuí e afluentes. Segundo Dornelles, é preciso esperar para fazer uma avaliação completa, mas as perdas serão significativas, implicando em redução da produção. "Temos lavouras atingidas nas mais variadas fases, desde recém-plantadas até outras entrando em estágio reprodutivo", explica.
Os números da segunda quinzena de dezembro davam conta de que mais de 30% da área foi plantada fora da janela ideal, concluída no dia 15 de novembro. A projeção de 1,3 milhão de hectares havia caído para 1 milhão de hectares, com a produtividade saindo de 7,5 toneladas por hectare, no ano passado, para 7 toneladas por hectare em 2015/2016. "Em anos com El Niño semelhante ao deste ano, tivemos perdas de produtividade na ordem de 14%", compara Fischer. Com isso, os gaúchos dificilmente colherão mais do que 8 milhões de toneladas, na projeção das duas entidades ligadas ao setor.
Além disso, as precipitações em outubro e novembro também fizeram com que o Mapa ampliasse o calendário oficial de plantio, com objetivo de garantir a cobertura do seguro rural. As datas variavam conforme o município, mas, de acordo com o Irga, cerca de 96% da área estava pronta antes dos problemas das chuvas nos últimos dias, dentro do prazo estabelecido. "No máximo 4% dos agricultores plantaram fora do calendário estendido. Nesses casos, daqui para frente, é por conta e risco do produtor. Se tinham financiamento, não terão direito a seguro. Isso se não desistirem de plantar", destaca Fischer.
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