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Agronegócios

- Publicada em 23 de Dezembro de 2015 às 22:00

Novo modelo de inspeção pode ser adotado em 2016

Médicos veterinários prestarão serviços por meio de empresas, diz Polo

Médicos veterinários prestarão serviços por meio de empresas, diz Polo


ANTONIO PAZ/JC
A adoção de um novo sistema de inspeção dos produtos de origem animal deve ser tornar realidade no Estado a partir do próximo ano. A perspectiva foi divulgada pelo secretário estadual da Agricultura, Pecuária e Irrigação, Ernani Polo, na tarde de quarta-feira, durante coletiva de imprensa realizada na sede do órgão.
A adoção de um novo sistema de inspeção dos produtos de origem animal deve ser tornar realidade no Estado a partir do próximo ano. A perspectiva foi divulgada pelo secretário estadual da Agricultura, Pecuária e Irrigação, Ernani Polo, na tarde de quarta-feira, durante coletiva de imprensa realizada na sede do órgão.
Depois de fazer um balanço das ações e projeções sobre a safra 2015/2016, Polo comentou que, ao longo deste ano, a pasta já se articulou para esse processo. "Tem uma outra questão que trabalhamos silenciosamente durante o ano e que está em fase de publicação de decreto, que é a criação de um Conselho Gestor de Modernização do Serviço de Inspeção de Origem Animal", declarou já no final do encontro com os jornalistas.
O documento já está redigido e, segundo o próprio secretário, deve ser publicado nos próximos dias (até o fim do ano). "No ano que vem, começamos a discutir um novo modelo para o Estado", afirmou. Polo projeta que essas discussões serão encerradas ainda em 2016, que pode ser o ano que marcará a adoção de novos processos. De acordo com Polo, o conselho gestor será integrado por representantes da Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi), da Assembleia Legislativa do Estado, do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio Grande do Sul (CRMV/RS), da Farsul, da Fetag, da Fetraf e do Fundesa.
As discussões sobre a adoção de um modelo de inspeção que seja menos oneroso para o Estado vem se desenrolando no Rio Grande do Sul mais acentuadamente no segundo semestre deste ano. O próprio secretário visitou o modelo de Santa Catarina, o mais debatido entre representantes do setor agropecuário gaúcho, e que é caracterizado pela chamada inspeção privada - sistema em que o poder público credencia empresas e habilita médicos profissionais para a realização da inspeção, assim os servidores públicos dedicam-se apenas à fiscalização. O modelo catarinense foi o primeiro do tipo adotado no País e está em vigência há cinco anos.
"Nós olhamos os modelos de Santa Catarina, do Paraná, do Mato Grosso e do Espirito Santo, que também estão implantando", confirmou, ressalvando que pretende que o conselho gestor desenvolva um procedimento adequado à realidade gaúcha. "Nós queremos conhecer as experiências para definir um modelo bom, que seja confiável e seguro e que não seja uma trava para o desenvolvimento do setor", afirmou.
Polo corrigiu o termo difundido sobre a mudança e detalhou como deve ser o modelo adotado pelo Estado. "Não é inspeção privada, nem terceirizada e nem privatizada. É uma inspeção delegada", definiu. O secretário esclareceu que médicos veterinários deverão prestar serviços por meio de empresas. "Esses profissionais são treinados e credenciados pelo poder público, e o próprio Estado fica com o controle da fiscalização e a prerrogativa de excluir o médico veterinário ou a empresa prestadora do serviço quando não fizer o trabalho adequado."
Ressaltando que a qualidade dos produtos é uma responsabilidade das empresas, o secretário diagnosticou que é inviável ao Estado ampliar os quadros da inspeção e da fiscalização. "Vamos discutir isso de uma forma muito madura para que a gente possa avançar e desenvolver um modelo em que o Estado seja um facilitador de procedimentos, com responsabilidade, ações efetivas e fiscalização mais eficaz, que é um papel indelegável."
Polo também confirmou a projeção de que a safra deste ano será menor do que a última, com perspectiva de ficar entre 29 milhões e 30 milhões de toneladas de grãos. 

Unidades inoperáveis da Cesa serão leiloadas pelo governo

Durante encontro com jornalistas na tarde de quinta-feira, o secretário da Agricultura, Ernani Polo, afirmou que a Companhia Estadual de Silos e Armazéns (Cesa) passa por um processo de transição que deve resultar na venda de unidades que estão com dificuldade de operar ou com muita limitação e na formação de Parcerias Público-Privadas nas unidades que ainda atuam no processo de armazenagem. De acordo com o secretário, metade das unidades da Cesa está com muitas limitações de operacionalidade por estar dentro de cidades. "Então, não têm condições, do ponto de vista ambiental, de operar."
No dia 22, o Conselho de Administração da Cesa aprovou a venda das unidades localizadas em Santa Rosa, Júlio de Castilhos e Nova Prata. O processo ocorrerá por meio de um leilão, e o secretário confirmou que para essas três unidades já há interessados. O valor das três estruturas somadas está em torno de R$ 21 milhões, segundo Polo. "A intenção é sairmos da ponta de fazer de armazenagem", defendeu. "Vamos vender parte das unidades, que têm interesse mobiliário e outro tipo de interesse. Quanto às estruturas que estão operando, tentaremos parceria com interessados." De acordo com o secretário, a Cesa possui 19 unidades, com capacidade total de 600 mil toneladas.