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Consumo

- Publicada em 22 de Dezembro de 2015 às 21:33

Vendas de veículos vão melhorar só em 2017

Fleury Filho (e) e Esbroglio falaram sobre o mercado de automóveis

Fleury Filho (e) e Esbroglio falaram sobre o mercado de automóveis


ANTONIO PAZ/JC
A crise afeta, praticamente, todos os setores da economia. No entanto, alguns sofrem mais, como é o caso das vendas de veículos. Conforme dados do Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos (Sincodiv) Regional Fenabrave Rio Grande do Sul, no acumulado do ano, de janeiro a novembro, o número de emplacamentos de veículos no Estado caiu 28,73% em relação ao mesmo período em 2014; e no País, a queda foi de 21,20%. Para o responsável pelas relações institucionais da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), Luiz Antônio Fleury Filho, o quadro somente deverá melhorar a partir de 2017.
A crise afeta, praticamente, todos os setores da economia. No entanto, alguns sofrem mais, como é o caso das vendas de veículos. Conforme dados do Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos (Sincodiv) Regional Fenabrave Rio Grande do Sul, no acumulado do ano, de janeiro a novembro, o número de emplacamentos de veículos no Estado caiu 28,73% em relação ao mesmo período em 2014; e no País, a queda foi de 21,20%. Para o responsável pelas relações institucionais da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), Luiz Antônio Fleury Filho, o quadro somente deverá melhorar a partir de 2017.
Para 2016, a meta dentro do mercado nacional é alcançar um resultado semelhante ao de 2015 (que, até o momento, é um pouco mais de 3,6 milhões de unidades emplacadas). Fleury Filho salienta que em torno de 980 concessionárias fecharam as portas neste ano e que aproximadamente 26 mil empregos diretos deixaram de existir. Atualmente, existem cerca de 400 mil funcionários atuando nas concessionárias de veículos no Brasil. O presidente do Sincodiv/Fenabrave RS, Fernando Esbroglio, também é pessimista quanto ao próximo ano. "Continuaremos com as mesmas dificuldades", projeta. O empresário adianta que essa perspectiva somente irá se alterar se houver uma mudança no cenário político. Esbroglio ressalta que a atual situação acaba inibindo a geração de emprego, levando a uma condição de desemprego. O dirigente estima que o setor gaúcho das concessionárias de veículos já verificou, neste ano, cerca de 1,5 mil demissões (aproximadamente 10% do total empregado no Rio Grande do Sul).
Fleury Filho argumenta que as marcas que trabalham com modelos mais populares, que são comercializados para uma classe emergente, como a Fiat, Volkswagen e GM, sofreram os maiores impactos. Também o segmento de caminhões teve uma enorme queda, devido ao revés da economia. Buscando uma recuperação, a Fenabrave está debatendo com o governo federal um projeto de renovação da frota de caminhões, já que a idade média desses veículos hoje é de 20 anos. Fleury Filho enfatiza que a iniciativa não envolverá incentivo fiscal. A ideia está sendo modelada e pode abranger, por exemplo, a implantação de um fundo para realizar a mudança gradativamente.
Sobre o acordo automotivo que o Brasil deve firmar em breve com o Paraguai (único membro do Mercosul que não possui ainda acerto semelhante com o País), Fleury Filho considera uma proposta interessante. O dirigente recorda que o PIB paraguaio crescerá cerca de 3% neste ano, e essa nação não tem produção local de veículos. Fleury Filho participou ontem de almoço promovido em Porto Alegre pelo Sincodiv/Fenabrave RS.

Ex-governador considera difícil a confirmação do impeachment de Dilma no atual momento

A concretização do impeachment tornou-se muito difícil, dentro dos próximos meses, devido à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), afirma o integrante da Fenabrave e ex-governador de São Paulo, Luiz Antônio Fleury Filho. A instituição definiu que, aprovado o encaminhamento do processo pela Câmara dos Deputados, a matéria vai para o Senado, e os senadores, por maioria simples, podem impedir o prosseguimento da ação. Fleury Filho considera isso um absurdo jurídico.
O dirigente argumenta que o maior problema com o cenário atual é a mistura das dificuldades políticas e da economia e por se tratar de uma crise de confiança. "Há muita gente que poderia investir e não investe por não ter confiança no futuro", aponta. Fleury Filho acrescenta que o governo perdeu a credibilidade com uma rapidez brutal e agora está tentando reagir. "Se, em vez do Nelson Barbosa, a Dilma tivesse nomeado (para ministro da Fazenda) Santo Expedito, o santo das causas perdidas, ela estaria sendo criticada e ninguém iria acreditar no pobre do santo", brinca. O ex-governador de São Paulo alerta que, atualmente, o medo está vencendo a esperança.
Na sua opinião, existe um fato jurídico que justificaria o impeachment, mas muita gente sustenta o contrário. O integrante da Fenabrave manifesta-se a favor desse processo se houver apoio popular e político, além do fato jurídico. Contudo, Fleury Filho, que era governador de São Paulo durante o processo enfrentado pelo ex-presidente Fernando Collor de Mello, admite que a situação agora é diferente. Naquela ocasião, havia a evidência do mau uso de recursos públicos, e a economia estava ainda pior.