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- Publicada em 22 de Dezembro de 2015 às 18:11

CSN demitirá 3 mil e reduzirá contratos com fornecedores

A direção da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), do empresário Benjamin Steinbruch, indicou ao Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense que vai demitir 3 mil funcionários e reduzirá em 35% o valor dos contratos com fornecedores, o que deve repercutir em demissões de terceirizados. Segundo o sindicato, a empresa alega passar por uma crise econômica que exige a redução de custos. Os cortes viriam de uma paralisação no alto-forno 2 da usina de Volta Redonda, que já vinha sendo ventilada.
A direção da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), do empresário Benjamin Steinbruch, indicou ao Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense que vai demitir 3 mil funcionários e reduzirá em 35% o valor dos contratos com fornecedores, o que deve repercutir em demissões de terceirizados. Segundo o sindicato, a empresa alega passar por uma crise econômica que exige a redução de custos. Os cortes viriam de uma paralisação no alto-forno 2 da usina de Volta Redonda, que já vinha sendo ventilada.
O argumento da companhia é que o estoque está baixo e as vendas de aço no mercado interno caíram drasticamente. Além disso, a CSN informou aos sindicalistas que o mercado externo não compensa as perdas no mercado doméstico. Procurada, a CSN não comenta a informação.
"Diante disso, o sindicato não aceita, de maneira alguma, essas demissões arbitrárias. Esse é o nosso posicionamento. Tomaremos todas as medidas legais e políticas para que tal fato não aconteça. Mobilizaremos toda a cidade, conclamando as autoridades políticas e entidades civis", informou o sindicato em comunicado oficial.
A CSN tem três altos-fornos, mas o mais antigo deles já havia sido desativado durante o processo de privatização da companhia nos anos 1990. Em Volta Redonda, funcionam atualmente o alto-forno 2 e o 3, que representam os 70% restantes da produção da fábrica. De acordo com uma fonte, os dois equipamentos não operam atualmente com 100% de sua capacidade, por isso não é possível afirmar que a parada do segundo forno redundará necessariamente no corte de 30% dos 10 mil funcionários diretos da usina. A companhia emprega outros 10 mil funcionários terceirizados em Volta Redonda, contratados por empreiteiras.

Confiança da indústria da construção recua em dezembro

O Índice de Confiança da Construção (ICST) recuou 0,7 ponto em dezembro na comparação com novembro, para 68,9 pontos, na série com ajustes sazonais, divulgou ontem a Fundação Getulio Vargas (FGV). Na comparação com dezembro de 2014, o ICST registrou retração de 19,1.
Em dezembro, a baixa do índice na comparação com novembro decorreu, principalmente, da piora da percepção do empresariado em relação à situação futura dos negócios. O Índice de Expectativas (IE) caiu 2,6 pontos, para 70,3 pontos em dezembro, o nível mais baixo da série histórica iniciada em julho de 2010. O resultado do IE foi consequência da baixa de 4,0 pontos no item que mede tendência dos negócios para os próximos seis meses, que chegou ao 70,3 pontos.
Já o Índice da Situação Atual (ISA), que mede a percepção das empresas quanto à situação corrente dos seus negócios, subiu pelo segundo mês consecutivo, para 68,0. Segundo a FGV, a maior contribuição para a alta do ISA em dezembro veio do indicador que capta informações sobre a carteira de contratos no momento, que subiu 2,9 pontos em relação ao mês anterior, atingindo 68,6 pontos. "Este indicador, no entanto, permanece muito abaixo da média histórica e do patamar observado há um ano", observa a instituição.
Na avaliação de Ana Maria Castelo, Coordenadora de Projetos da Construção da FGV/IBRE, houve uma pequena melhora na percepção corrente dos negócios, porém outros fatores contribuem para o mau momento do setor, como persistente excesso de estoques no mercado imobiliário, o ajuste fiscal e a queda na arrecadação, que penalizam a infraestrutura e levam ao adiamento dos planos de investimentos das empresas. "Assim, as expectativas das empresas voltaram a piorar neste final de ano, atingindo a confiança. Os empresários chegam ao final do ano bastante pessimistas em relação à possibilidade de reversão da crise setorial no curto prazo", avalia.