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Tecnologia

- Publicada em 21 de Dezembro de 2015 às 22:15

E-commerce ameniza a queda do varejo em 2015

Nos dias da Black Friday, desempenho do comércio on-line foi 21,7% maior em relação a data em 2014

Nos dias da Black Friday, desempenho do comércio on-line foi 21,7% maior em relação a data em 2014


JOÃO MATTOS/JC
O e-commerce foi um dos poucos pontos positivos no cenário varejista brasileiro em 2015. Com a Black Friday, as vendas pela internet ganharam ainda mais fôlego em novembro, registrando alta de 15,7% na comparação com o mesmo período de 2014.
O e-commerce foi um dos poucos pontos positivos no cenário varejista brasileiro em 2015. Com a Black Friday, as vendas pela internet ganharam ainda mais fôlego em novembro, registrando alta de 15,7% na comparação com o mesmo período de 2014.
Esse resultado elevou o crescimento dos últimos três meses para 9,1%. Mas, além de ter sido abaixo dos 11,8% do terceiro trimestre, não foi suficiente para evitar que as vendas totais do varejo tivessem a maior queda da série histórica do estudo SpendingPulse, da MasterCard Advisors, que mensalmente avalia o desempenho do setor no Brasil. O levantamento se baseia nas atividades de vendas na rede de pagamentos MasterCard, juntamente com as estimativas para todas as outras formas de pagamento, incluindo dinheiro e cheque.
"O ambiente econômico brasileiro enfrenta grandes desafios e continua a se deteriorar por conta do aumento da taxa de desemprego, inflação alta e um conturbado ambiente político", analisa o diretor de pesquisa econômica da MasterCard Advisors, Kamalesh Rao. "Há pouca razão para acreditar que a situação vá ter uma reviravolta em curto prazo." O Black Friday, que teve promoções tanto em lojas físicas quanto on-line, resultou em um aumento temporário das vendas. As comercializações do final de semana da promoção (quinta-feira ao domingo da liquidação) caíram 1,1% nas vendas totais do varejo; enquanto as do e-commerce cresceram 21,7%. No entanto, os ganhos não foram suficientes para aumentar o resultado total do mês de forma significativa.
Em uma análise geral do setor, a SpendingPulse mostra que as vendas pela internet superam com folga o total do varejo. O estudo ainda aponta que três dos sete setores tiveram crescimento acima do indicador de vendas totais: artigos farmacêuticos, material de construção e artigos de uso pessoal e doméstico. Os setores de vestuários, supermercados, móveis e eletrodomésticos e combustíveis tiveram desempenho abaixo.
No último trimestre, as vendas no varejo caíram 8% em relação ao ano anterior, abaixo do declínio de 5,6% no terceiro trimestre. O primeiro semestre de 2015 apresentou redução de 1,9% em relação ao mesmo período de 2014, enquanto de julho a novembro houve queda de 6,9% sobre 2015, o que ilustra o quanto o crescimento desacelerou nos últimos meses.
Nenhuma região obteve números positivos em novembro. Norte (-9,7%), Nordeste (-8,8%) e Centro-Oeste (-8,1%) tiveram desempenho acima da média, enquanto Sul (-12,1%) e Sudeste (-11,5%) ficaram abaixo do registrado pelo varejo, na comparação com o mesmo período de 2014.

Vendas de artigos de Natal crescem 93% no MercadoLivre

As vendas de artigos de Natal no MercadoLivre - shopping on-line - cresceram 93% em novembro de 2015. Entre os produtos mais vendidos estão árvores de Natal, luz pisca-pisca, mangueiras de luz e Papai Noel de diversos tipos, formatos e modelos.
"O consumidor se planejou para comprar pelo menor preço possível. A internet tem sido um ambiente muito propício para isso, pois permite a comparação e a pesquisa de preços e o acesso a uma grande variedade de ofertas com parcelamentos sem juros", afirma o diretor de Marketplace do MercadoLivre, Leandro Soares.
Segundo ele, o comércio eletrônico, que ainda representa 4% do varejo total no País, tem fôlego para crescer muito mais. "Podemos queimar estoques e oferecer megapromoções. Há muitos vendedores e produtos disponíveis na web", completa. Segundo o e-Bit, o comércio eletrônico registrou R$ 1,6 bilhão em vendas na Black Friday - alta de 38% sobre 2014. No MercadoLivre, o crescimento foi de 244%.