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Economia

- Publicada em 14 de Dezembro de 2015 às 20:12

Avanço argentino no agronegócio exige estímulo ao produtor brasileiro

Marina Schmidt
Ao estimular a exportação de produtos agropecuários - com a eliminação do imposto de exportação de trigo, milho, girassol e carne bovina, além da redução do percentual cobrado sobre a venda de soja dos atuais 35% do faturamento para 30% - a Argentina tende a recuperar um espaço que vinha perdendo no comércio exterior e começa a se projetar como forte competidor do setor primário.
Ao estimular a exportação de produtos agropecuários - com a eliminação do imposto de exportação de trigo, milho, girassol e carne bovina, além da redução do percentual cobrado sobre a venda de soja dos atuais 35% do faturamento para 30% - a Argentina tende a recuperar um espaço que vinha perdendo no comércio exterior e começa a se projetar como forte competidor do setor primário.
Para o agronegócio brasileiro, as mudanças relativas à taxa de exportação (conhecidas como retenciones) foram recebidas como uma "notícia negativa", mas sinalizam para a necessidade de adoção de medidas que ampliem a competitividade nacional, avalia o economista da Farsul, Antônio da Luz. "O governo Kirchner fez um movimento de fechamento e o resultado foi um desastre para os produtores argentinos. No ano passado, a Argentina plantou a menor área em 110 anos", contextualiza.
O cenário que se seguiu foi o que Luz chama de "quebradeira" dos produtores, consolidando uma medida que não trouxe os benefícios esperados nem mesmo para a indústria, explica. O ponto que enfraqueceu os produtores argentinos acabou gerando para os brasileiros uma maior margem competitiva, e que agora está sendo retirada. "A Argentina é um competidor em potencial e perdia espaço por conta das retenciones. Agora, ela está buscando retomar o espaço que possuía."
Esse cenário já vinha sendo observado pela Farsul, conta o economista. "Desde abril, quando o Macri começou a anunciar seus projetos, estamos trabalhando em conjunto com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) para mostrar ao governo brasileiro e para às trades o impacto das medidas previstas e a importância em aumentar a nossa competitividade." Fazer frente a esse desafio exigirá do governo brasileiro um esforço maior para reduzir o criticado Custo-Brasil, argumenta.
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